O Ibovespa teve forte alta nesta quarta-feira, 21, recuperando o patamar de 101 mil pontos, impulsionado por ações da Petrobrás, diante de notícias sobre possível privatização, em sessão também marcada pela ata da última reunião do Federal Reserve.

Em dia de calmaria no exterior, com alta das bolsas americanas e das taxas dos Treasuries, o mercado acionário doméstico se sentiu à vontade para celebrar o plano de privatização de 17 empresas estatais mencionado na terça-feira, 20, à noite pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O Ibovespa subiu 2,00% no fechamento, alcançando 101.201,90 pontos.

Em trajetória ascendente desde a etapa matutina, em meio à valorização expressiva do chamado ‘Kit privatização’, com destaque para a Eletrobrás, o Ibovespa acelerou o ritmo de alta ao longo da tarde, após notícia de que a equipe econômica almeja privatizar a Petrobrás até o fim do governo Jair Bolsonaro.

Apesar de analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast mostrarem certo ceticismo em relação à venda da estatal, as ações da petroleira dispararam, levando o Ibovespa a fechar em alta de 2%, aos 101.201,90 mil pontos – maior patamar desde o dia 13.

Dólar

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,52% (R$ 4,0301), em meio à perda de força da moeda americana em relação à maioria das divisas emergentes, como o peso mexicano. Operadores minimizaram o impacto da atuação do Banco Central na formação da taxa de câmbio. O BC ofertou US$ 550 milhões em venda de moeda à vista conjugado com swaps cambias reversos, mas o mercado absorveu apenas US$ 200 milhões.

O restante (US$ 350 milhões) foi colocado em leilão de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de outubro. Analistas afirmaram que venda apenas parcial de dólares reflete dúvidas do mercado sobre a nova estratégia de atuação do BC. Não há definição, por exemplo, sobre a realização de leilão para rolagem de linhas em dólares com cláusula de recompra que vão vencer em setembro e outubro, somando mais de US$ 7 bilhões.

Estadão Conteúdo