Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e protagonista do primeiro escândalo da gestão de Jair Bolsonaro, foi localizado pela reportagem da revista Veja no hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, na zona oeste de São Paulo, onde realiza tratamento para combater um câncer no intestino.

No final do ano passado, ele realizou uma cirurgia no mesmo hospital, pouco antes de estourar o escândalo da movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta. Queiroz também está morando no mesmo bairro do hospital para facilitar os deslocamentos até lá.

Apesar de ter celebrado o sucesso de uma cirurgia para retirada do tumor, dançando em um vídeo no início de janeiro, a Veja afirma que a operação não resolveu o problema, que foi agravado em função das “férias forçadas” que teria tirado para se manter longe dos holofotes nos últimos meses. Segundo a revista, um de seus amigos, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), trocou mensagens com Queiroz há alguns meses. “Ele escreveu que ainda estava baqueado”, conta o deputado.

O sumiço de Queiroz, desde janeiro deste ano, tornou popular o bordão “cadê o Queiroz?” entre políticos da oposição e nas redes sociais sempre que querem provocar o governo e seus apoiadores. Ao ser perguntado sobre o tema, o senador Flávio Bolsonaro respondeu que também gostaria de saber onde está o ex-assessor.

De acordo com a publicação, apesar do sumiço, não há nenhuma ordem de prisão contra ele nem mesmo uma determinação para que deponha. “Queiroz, sua mulher, suas filhas e Flávio Bolsonaro alegaram diferentes razões para não comparecer ao MP, mas nenhum deles foi denunciado à Justiça por isso. Os promotores também não chegaram a pedir a prisão temporária ou preventiva dos investigados”, complementa a Veja. Procurado pela revista, Queiroz não quis se pronunciar. “Por enquanto, permanece calado.”