As manchas de óleo que têm atingido as praias nordestinas desde 2 de setembro não provocaram problemas ao turismo no Rio Grande do Norte. A informação é da Secretaria de Turismo do RN e se baseia em levantamento feito junto a hotéis de Natal e de Pipa pela Associação Brasileira de Hotéis (ABIH).

De acordo com o presidente da entidade, José Odécio, não houve nenhum cancelamento e alguns hotéis estão com ocupação de 100% até este fim de semana. “Estamos sempre em contato com os órgãos municipais e agentes de turismo que estão nas praias. A ABIH está monitorando esse processo para divulgarmos notícias verdadeiras, por meio de vídeos”, disse.

Ele acrescentou que “as principais praias que o turista frequenta não estão sofrendo com esse acidente”. “Sabemos que é algo pontual, mas estamos cobrando que os culpados sejam responsabilizados”, comentou.

A secretária de Turismo do RN, Ana Maria Costa, disse que as providências por parte do Governo do RN, em parceria com os municípios e os entes federais estão sendo tomadas. Para ela, pelo menos por enquanto, o que preocupa mesmo são informações erradas com relação às manchas.

“Para o turismo é muito prejudicial dissiparmos a ideia de que estamos com nossas praias completamente sujas de óleo; o que é uma inverdade. Devemos ter muito cuidado ao disseminar uma notícia para saber se ela condiz com a realidade ou não”, afirmou.

A secretária alertou que “o que pode afetar a economia e afastar o turista são essas fakenews que precisam ser combatidas”. Desde sexta-feira (11) o Instituto de Meio Ambiente do RN (Idema) promove um levantamento sobre o problema no litoral potiguar.

“A proposta é obtermos informações mais elucidativas, além dos relatórios que temos recebido do Ibama. Estamos unindo esforços para elaborarmos um diagnóstico da situação do Rio Grande do Norte em relação aos impactos desse material em nosso litoral”, explicou o diretor-presidente do Instituto, Leonlene Aguiar.

De acordo com levantamento que vem sendo feito pelo IBama, o Rio Grande do Norte aparece como um dos estados menos afetados pelas manchas, apesar da alta frequência de registros. Pelo levantamento do Instituto, o RN possui 44 pontos inspecionados.

Fonte: OP9