A mobilização nacional de vacinação contra sarampo, com foco na população de 5 a 19 anos, termina no dia 13 de março. Dados preliminares apontam que, a partir do início da ação (10/2) até o dia 2 de março, foram vacinadas 28.783 pessoas nessa faixa etária. Este é o número informado, até o momento, pelas secretarias estaduais de saúde.

Nesta terceira etapa, a meta é vacinar 3 milhões de pessoas. Desde o início da campanha, em janeiro, até o dia 02 de março, 99,6 mil pessoas receberam a vacina. A principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, disponível durante todo o ano nos 42 mil postos de saúde do país. Para viabilizar a campanha, além das demandas de rotina, o Ministério da Saúde enviou neste ano 3,9 milhões de doses da vacina, 9% a mais que o solicitado pelos estados.

Mesmo com o novo coronavírus (Covid-19) em evidência no Brasil e no mundo, o Ministério da Saúde também está atento e tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo. A doença é grave e de alta transmissibilidade. Para se ter uma ideia, uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas que não estejam imunes. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.

As crianças são mais suscetíveis às complicações da doença. Nesta semana, o país registrou o terceiro óbito por sarampo, sendo todos de crianças. Por isso, desde agosto de 2019, o Ministério da Saúde passou a adotar, como medida preventiva, a chamada ‘dose zero’. Assim, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Basta que os responsáveis procurem os postos de saúde durante todo o ano. Esta dose não é considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada, a partir dos 12 meses (1ª dose), a vacina tríplice viral; e aos 15 meses (2ª dose) a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.

De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (4/3), neste ano foram confirmados 338 casos de sarampo em oito estados: São Paulo (136 casos – 40,4%), Rio de Janeiro (93 – 27,3%), Paraná (64 – 19,0%), Santa Catarina (22 – 6,5%), Rio Grande do Sul (11 – 3,3%), Pernambuco (7 – 2,0%), Pará (4 – 1,2%) e Alagoas (1 – 0,3%). Atualmente, 10 estados (incluindo Minas Gerais e Bahia com casos confirmados de 2019) estão com circulação ativa do vírus do sarampo. No momento, o país registra três óbitos por sarampo no Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica (SE) de 1 a 6 de 2020 (até 8 de fevereiro).