A Boeing anunciou na manhã deste sábado (25) a rescisão de contrato com a Embraer. Pelo acordo, as empresas pretendiam fazer uma fusão na área de aviação comercial da companhia brasileira e criar um segunda joint venture em busca de desenvolver mercado para aeronave C-390 Millenium, avião de porte médio usado em ações militares.

De acordo com o comunicado oficial dos americanos, as duas partes poderiam cancelar o contrato até o dia 24 de abril. Como a Embraer não atendeu às condições necessárias para a união, a Boeing exerceu seu direito.

“A Boeing trabalhou diligentemente por mais de dois anos para finalizar sua transação com a Embraer. Nos últimos meses, tivemos negociações produtivas, mas sem sucesso para atender as condições do contrato. Todos pretendíamos resolver as pendências até a data determinada para rescisão, mas não o fizemos. É profundamente decepcionante. Mas chegamos a um ponto em que a negociação continuada no âmbito do contrato não resolverá os problemas pendentes”, afirmou na nota Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer.

As empresas haviam anunciado o acordo de US$ 4,2 bilhões em julho de 2018 e a fusão tinha recebido aprovação incondicional de todas as autoridades reguladoras necessárias, exceto da Comissão Europeia.

A Boeing também informou que o contrato de comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millennium está mantido. O acordo foi feito em 2012 e renovado em 2016. A Embraer ainda não se pronunciou sobre a rescisão.

R7