Mossoró está experimentando um dos melhores invernos dos últimos tempos. É o que apontam os registros pluviométricos Estação Meteorológica Automática da Universidade Federal Rural do Semiárido (EMA/Ufersa). De acordo com os dados, de janeiro a abril deste ano, choveu 828 milímetros em Mossoró, quase o dobro esperado para o período, que era de 493,2 milímetros.

Segundo o professor de climatologia da Ufersa, Saulo Tasso de Araújo Silva, o mês de abril foi o que apresentou maior volume de chuvas, com um total de 262,9 milímetros. “Realizado o comparativo com a Normal Climatológica dos últimos 55 anos (1964-2019) do respectivo mês, cujo valor considerado é de 168,4 mm, as chuvas registradas no mês passado (2020), superam o esperado para média climatológica do período” afirmou.

Saulo de Tasso destaca que dos 30 dias de abril 24 foram com chuva. “Um quantitativo significantemente superior à média climatológica (1964-2019) que é de 13 dias” pontuou adiantando que o período chuvoso prossegue até o mês de maio.

Os dados coletados pela EMA apontam ainda que dos 121 dias do primeiro quadrimestre desse ano, houve a ocorrência de chuvas em 73 dias, sendo 9 dias no mês de janeiro, 16 dias em fevereiro, 24 dias em março e 24 dias no mês de abril. “É possível observar que apesar de janeiro ficar abaixo da média, em que o desvio percentual calculado é de -52,2%, o trimestre fevereiro-março-abril apresentou totais pluviométricos que superaram as normais climatológicas mensais, cujos desvios percentuais calculados foram de 225.9%, 37.7% e 56.1% respectivamente” explica o professor Saulo Tasso.

Ao considerar a quadra chuvosa compreendida entre os meses de fevereiro até maio, em termo anual, a precipitação acumulada de 828,0 mm já supera a Normal Climatológica Anual (1964-2019) que é de 689,8 mm. De acordo com os dados coletados pela EMA/Ufersa há uma prevalência de um período chuvoso acima da média. “Até a presente data, considerando o total pluviométrico registrado e o número de dias com chuvas, podemos classificar a quadra como muito chuvosa” ratifica. O professor atribui o inverno a boa regularidade na distribuição espacial das precipitações pluviométricas.