O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou neste domingo que vai analisar a denúncia de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi avisado com antecedência sobre uma operação da Polícia Federal que atingiria seu então assessor Fabrício Queiroz. Ainda segundo o relato do empresário Paulo Marinho, ex-aliado da família Bolsonaro, o senador disse que a Operação Furna da Onça foi adiada para que não ocorresse durante o segundo turno da eleição presidencial e atrapalhasse a campanha do então candidato Jair Bolsonaro.

“O procurador-geral da República analisará o relato junto com a equipe de procuradores que atua em seu gabinete em matéria penal”, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR), em nota.

De acordo com Marinho, o senador disse que Bolsonaro foi comunicado sobre o encontro. Em nota, Flávio negou que tenha sido avisado sobre a operação e afirmou que o “desespero de Paulo Marinho causa um pouco de pena”. Segundo o senador, Marinho, que é seu suplente, tem “interesse” em prejudicá-lo. “Ele sabe que jamais teria condições de ganhar nas urnas e tenta no tapetão”, disse o senador, que acusa o empresário de “inventar” a história.

O Globo