As chuvas no mês de maio aconteceram acima da média esperada no Rio Grande do Norte, em termos de volume acumulado e distribuição territorial. A média observada no estado durante o período foi de 145,6 milímetros (mm), enquanto a esperada era de 108,8 mm. Natal, localizada na região Leste, teve o seu segundo maior índice pluviométrico desde 1963 com o acumulado de 426,1mm, ficando atrás somente do volume 2011, quando choveu 447,4mm.

O chefe da unidade instrumental de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, explica que as chuvas ocorridas durante o mês de maio de 2020 no Estado tiveram pouca influência do sistema Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). “Essa condição se manteve em praticamente todo o mês, a ZCIT deslocada ao norte, afastada da Região Nordeste do Brasil. Outra condição que colaborou para a formação das chuvas tem relação com as condições das águas superficiais nos oceanos Atlântico, mais aquecidas, e Pacífico, resfriando normalmente”.

A região Leste foi a que registrou a maior média de precipitações observadas com 274,4 mm enquanto  que o esperado era de 171,1 mm. Em seguida veio a região Agreste com média de 119,1 mm, Central com 90,1 mm, todas essas regiões com volumes observados acima do esperado. Somente a região Oeste do Estado ficou um pouco abaixo do esperado que era 101,4mm, e o observado foi de 98,8 mm.
Os municípios com maiores volumes de chuvas no período, por região, foram Natal (Leste) com 426,1 mm, seguido de Upanema (Oeste) com 276,8 mm, depois João Câmara (Agreste) com 260,4 mm e por fim São João do Sabugi (Agreste) com 180,1 mm.

Chuvas em 2020

Este ano vem registrando bons volumes acumulados de chuvas, beneficiando a agropecuária do estado, bem como a recarga das reservas hídricas e a diminuição da área territorial atingida pela seca.

Em janeiro, a média das chuvas observadas no estado foi de 100,7 mm, em fevereiro o índice chegou a 110,9 mm, em março foi de 204,7 mm, abril com 154,6 mm e maio com 145,6 mm