O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atingiu sua melhor avaliação desde o início do mandato, segundo pesquisa Datafolha divulgada, ontem, pelo jornal “Folha de S. Paulo”. A pesquisa indica alta no número de eleitores que consideram o governo ótimo ou bom (aprovação ao governo) e queda entre os que veem o governo como ruim ou péssimo (reprovação). Os percentuais da pesquisa são: Ótimo/bom: 37%; Regular 27%, Ruim/péssimo: 34%; Não sabe/não respondeu: 1%. A pesquisa Datafolha foi realizada em 11 e 12 de agosto, com 2.065 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O diretor geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse que o programa de auxílio emergencial teve impacto na aprovação de Bolsonaro. “Com a economia em crise, o auxílio emergencial torna-se necessidade básica para os mais pobres. Diretamente identificado [o auxílio] como um feito do governo Bolsonaro, pode virar marca negativa quando o valor diminuir ou deixar de existir”, afirmou, para completar: “Qualquer mudança de humor nessa faixa de renda mais baixa tem forte reflexo na avaliação presidencial pelo peso relativo que possui. Hoje, mais da metade dos brasileiros têm renda familiar mensal abaixo de dois salários mínimos”.

A proporção de brasileiros que desaprovam o atual governo caiu de 44% para 34% de uma pesquisa a outra. Os percentuais indicam que há empate técnico entre os grupos que aprovam e desaprovam Bolsonaro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Tanto a aprovação recorde de Bolsonaro quanto o empate entre os dois grupos já haviam sido apontados pelo PoderData, site do jornalista Fernando Rodrigues.

A divisão de estudos estatísticos do Poder360, que monitora a avaliação do trabalho do presidente e outras questões de interesse público a cada 15 dias, mostra que 45% aprovam e 45% desaprovam o governo. A pesquisa Datafolha foi realizada por telefone, com 2.065 pessoas. O último levantamento PoderData, feito de 3 a 5 de agosto, ouviu 2.500 brasileiros, também por telefone. Leia mais sobre as metodologias adotadas no fim deste texto.

Tanto o Datafolha quanto o Poder360 apontam um quadro que já comentei aqui: governo bem avaliado é aquele que distribui renda com o povão. Lula foi reeleito em consequência do Bolsa Família e graças ao poder de distribuição de renda desse programa elegeu e reelegeu Dilma, que parecia um poste. Se Bolsonaro continuar ajudando o povo com programas sociais não há quem impeça a sua reeleição, mesmo que, eventualmente, sua língua incontrolável venha, supostamente, a prejudicá-lo.

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