O BC (Banco Central) optou nesta quarta-feira (9) pela segunda manutenção consecutiva da taxa básica de juros em 2% ao ano. O veredito unânime do Copom (Comitê de Política Monetária) atende às expectativas do mercado financeiro e mantém a Selic no menor patamar da história.

A manutenção da Selic no patamar atual indica que o BC está confortável com as medidas adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus, período que resultou em quedas acentuadas da taxa para incentivar a produtividade e o consumo.

A decisão do Copom também confirma a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a autoridade monetária está ‘relativamente tranquila’ com a inflação atual. Atualmente, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) figura com alta de 4,31% no acumulado dos 12 meses finalizados em novembro.

Ao justificar o veredito, o Copom avalia que os indicadores apontam para a “continuidade da recuperação desigual entre setores”. Os diretores também destacam que existe uma incerteza “acima da usual” sobre o ritmo de crescimento econômico, sobretudo após o fim de 2020 com o fim dos auxílios emergenciais.

O comunicado também reconhece que os atuais resultados da inflação foram “acima do esperado” e prevê que os preções seguirão em alta neste mês de dezembro, apesar de um alívio no valor dos alimentos. “Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção”, destaca.

Os juros de 2% ao ano seguem vigente até a próxima e última reunião do Copom, marcada para os dias 19 e 20 de janeiro, quando deve ser iniciada uma sequência de altas da taxa de juros. A aposta das instituições financeiras é de que a Selic termine 2021 em 3% ao ano.

Votaram a favor da decisão o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

R7