Embora pressionado por aliados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não bateu o martelo em relação ao nome que apoiará à sua sucessão na Mesa Diretora da Casa. Resolveu ampliar a consulta aos partidos de oposição ao governo, como o PT e o PC do B, antes de anunciar o candidato para guerrear com o Governo, em fevereiro de 2021. O favorito de Maia é o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), mas o nome enfrenta resistências internas, principalmente por parte do MDB de Baleia Rossi (SP).

O bloco montado por Maia reúne seis partidos (PSL, DEM, MDB, PSDB, Cidadania e PV) e aproximadamente 157 deputados. O candidato do Progressistas, Arthur Lira (AL) afirma, por sua vez, ter cerca de 170 votos de nove siglas -Progressistas, PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, Pros e Patriota. Chefe do Centrão, Lira tem o respaldo do Palácio do Planalto.

Após reunião realizada na residência oficial de Maia com líderes de vários partidos aliados, segunda-feira passada, não houve acordo. Os votos da oposição são considerados como “fiel da balança” na disputa e por isso o presidente da Câmara foi atrás da opinião desses partidos, antes de bater o martelo.

O presidente da Câmara prefere lançar Aguinaldo, mas a escolha tem sido contestada. No comando do MDB, Baleia Rossi, por exemplo, tem a expectativa de entrar no páreo com a benção de Maia. Vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP) deixou o grupo na semana passada por avaliar que estava sendo escanteado. Pereira dirige o Republicanos e, ontem, resolveu apoiar o candidato do Planalto, Arthur Lira, desapontando Maia e os partidos de oposição.

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