Poucas horas após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preste informações, em até 72h, sobre a análise de um pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia para o combate à Covid-19, um encontro com representantes da farmacêutica União Química foi marcado.

Integrantes da Anvisa se reúnem com representantes da farmacêutica União Química, responsável pela produção da Sputnik V na América Latina, nesta quinta-feira (21/1). A pauta da reunião será o pedido de uso emergencial do imunizante no país.

A expectativa é que a União Química sane as dúvidas da Anvisa sobre o imunizante e que ainda entregue documentos que faltam para a liberação. Em 16 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter restituído os documentos referentes ao pedido de uso emergencial da vacina no Brasil.

O órgão alegou que a ação se deve à ausência de “requisitos mínimos” para submissão e análise pela agência. Segundo a Anvisa, “não basta o pedido de autorização de estudo clínico da fase 3 estar protocolado para pedir uso emergencial”. “É necessário que tais estudos estejam em andamento no país, além de outras medidas condicionantes já previstas”, pontuou.

“O pedido foi restituído à empresa por não atender aos critérios mínimos, especialmente pela falta de autorização para a condução dos ensaios clínicos fase 3, a condução em andamento no país e questões relativas às boas práticas de fabricação”, ressaltou.

Em 17 de janeiro, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), informou que enviaria “em breve” os dados adicionais sobre a Sputnik V para buscar a aprovação do uso emergencial da vacina, que será produzida no DF, contra a Covid-19. O encontro entre a Anvisa e a União Química deve ocorrer no fim da tarde desta quinta-feira (21/1).

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