Via  Portal RN

As medidas de restrição contidas no último decreto do Governo do RN que restringe o funcionamento de vários setores e serviços, está mobilizando os professores de educação física de Mossoró. É que as academias foram incluídas nos serviços não essenciais e, pelo decreto não podem funcionar.

Porém, baseados na Lei Federal, 9.696/98, que determina que as atividades físicas estão incluídas na área da saúde, portanto, por lei, sendo um serviço essencial, os profissionais de educação física estão reivindicando a inclusão das atividades oferecidas nas academias na lista de essenciais, podendo funcionar durante a vigência do decreto.

O profissional de Educação Física, professor universitário, coreógrafo e dono de academia, Hykaro Mendonça, vem se posicionando contra a exclusão dos serviços durante o decreto, reforçando que as atividades físicas são muito importantes, principalmente neste período de pandemia por auxiliarem no processo de prevenção e tratamento dos doentes de covid. “Eu não só acho que fazer atividade física é essencial, como considero como atividade vital para manter a saúde”, ressaltou.

Em um vídeo, publicado nas redes sociais, Hykaro expõe a contradição entre a importância dos serviços oferecidos nas academias, amparados por lei federal como essencial por fazer parte da área da saúde, e a restrição contida no decreto estadual que determina o fechamento das academias. As novas restrições, com o objetivo de reduzir a contaminação pelo coronavírus, passarão a valer a partir de sábado, 20, se estendendo até o dia 3 de abril.

Hykaro explica ainda que em Natal, existe uma lei municipal que garante o cumprimento da lei federal e por isso, na capital os serviços oferecidos nas academias não vão parar. Segundo ele, aqui em Mossoró um Projeto de Lei  tramita na câmara para que o serviços oferecidos pelos profissionais de educação físicas sejam, a exemplo de Natal, garantidos como essenciais. “Se temos uma lei que coloca a educação fica como serviço de saúde, não devia nem ser mais alvo de discussão e muito menos estar na lista de não essenciais”, frisou. Hykaro adiantou que o projeto de lei será votado na Câmara na próxima semana em Mossoró.