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O governo Jair Bolsonaro fará uma troca no comando da Secom (Secretaria de Comunicação). O almirante Flávio Rocha, que foi nomeado interinamente para a vaga há 1 mês no lugar de Fábio Wajngarten, será substituído.

Rocha continuará, no entanto, na chefia da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), cargo que ocupa desde fevereiro de 2020 e escolheu permanecer. O almirante é uns dos nomes mais próximos de Bolsonaro, e, na função, continuará respondendo diretamente ao presidente.

Na Secom, por sua vez, o almirante era subordinado ao ministro das Comunicações, Fábio Faria. O sucessor de Rocha ainda não foi definido. O Poder360 apurou que o substituto deve ser um civil, e não um militar, como ventilado pela imprensa.

Além de acumular as funções em duas secretarias, Rocha ganhou destaque na assessoria internacional do governo. Ele fez parte de missões diplomáticas a países com os quais o Brasil tem uma relação complicada ou que já tiveram atritos com o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

Em janeiro, Rocha foi à Argentina. Ele se encontrou com o secretário Gustavo Osvaldo Beliz e com o presidente Alberto Fernández. Um pouco antes, em novembro, recebeu em um jantar o embaixador da Argentina e ex-vice-presidente de Nestor Kirchner, Daniel Scioli, com o deputado Eduardo Bolsonaro.

Também coube a Rocha integrar a comitiva brasileira que foi à Ásia e à Europa visitar as instalações de companhias interessadas em participar do leilão do 5G no Brasil. A viagem, aliás, foi uma das ocasiões que aproximaram o almirante do ministro Fábio Faria.

O secretário ainda acompanhou o ex-presidente Michel Temer ao Líbano, em agosto de 2020. Rocha é o 3º nome a comandar a área de comunicação do governo. O 1º chefe da Secom foi o publicitário Floriano Amorim, substituído por Wajngarten em abril de 2019.