Com 11,5 milhões de doses distribuídas nesta semana, o Brasil deve vacinar 25% do grupo apto a ser imunizado contra a Covid-19. A população adulta brasileira corresponde a 163.981 milhões de pessoas e, se as secretarias estaduais aplicarem as novas doses recebidas, 40,9 milhões dos maiores de 18 anos terão a primeira dose nos próximos dias.

A entrega de vacinas aos estados no início de maio é a maior desde o começo da pandemia de coronavírus. Serão mais de 11 milhões de doses. Desse total, 6,5 milhões foram produzidos pela Fiocruz; 4 milhões, pelo consórcio Covax Facility, encabeçado pela Organização Mundial da Saúde (OMS); 1 milhão, pela Pfizer/BioNTech; e 420 mil pelo Butantan.

Desde quando a campanha de imunização começou, em 18 de janeiro deste ano, a semana de 28 de março a 3 de abril detinha o recorde de maior número de doses distribuídas, com 9,2 milhões de vacinas repassadas aos estados. A quantidade estimada para os primeiros sete dias de maio é 25% superior a esse montante.

O cronograma do Ministério da Saúde prevê uma aceleração na distribuição de doses até o fim do primeiro semestre deste ano. De acordo com a última atualização, realizada na quarta-feira (28/4), neste mês devem ser repassados 34,5 milhões de vacinas, 7,9 milhões a mais do que em abril.

Desse total, 21,5 milhões serão produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); 5,6 milhões, pelo Instituto Butantan; 4,9 milhões serão enviadas pela Covax Facility; e outros 2,5 milhões virão da Pfizer. Assim, a previsão é de que a Pfizer envie mais 1,5 milhão de doses até o fim do mês.

A expectativa para o mês de junho é de que 52,2 milhões de unidades sejam distribuídas. Mais da metade desse total diz respeito a imunizantes da Fiocruz (34,2 milhões); enquanto o Butantan deve repassar 6 milhões de doses; e a Pfizer, outros 12 milhões. São aguardados mais 162,9 milhões de vacinas entre julho e setembro.

O médico infectologista Julival Ribeiro aponta que mesmo com a imunização é necessário manter o uso de outras medidas que reduzem o contágio pela Covid-19. “As vacinas precisam estar associadas ao uso de máscara e a medidas de distanciamento social, não há nenhuma vacina com eficácia de 100%”, apontou.

De acordo com o especialista, até o fim do ano ou início de 2022, o Brasil deve atingir um patamar de imunização suficiente para restringir de maneira significativa o espalhamento da doença. “As pessoas precisam tomar todas as doses para serem consideradas vacinadas”, lembrou.

Hoje, das 48,3 milhões de vacinas aplicadas, 16,1 milhões foram de segunda dose. Essa é a população imune atualmente no país.

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