O plenário da Câmara dos Deputados barrou, nesta quinta-feira (12), a proposta que pretendia acabar com o segundo turno nas eleições majoritárias no país. O texto da relatora Renata Abreu (Podemos-SP) previa a adoção desse sistema a partir de 2024, mas o destaque da PEC da Reforma Eleitoral – apresentado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) –, que pedia a manutenção do segundo turno, foi aprovado por 388 votos a favor e 36 votos contra.

No modelo de voto preferencial proposto por Renata Abreu, o eleitor escolheria até cinco candidatos a presidente, governador ou prefeito, em ordem decrescente de preferência. Seria considerado eleito o candidato que obtivesse a maioria absoluta das primeiras escolhas do eleitor, não computados os votos em branco e os nulos.

Votaram para manter o segundo turno: PT, PSL, PL, PP, PSD, MDB, Republicanos, PSB, PDT, Solidariedade, PSC, PROS, PTB, PSOL, PCdoB, Cidadania, Rede.

Votaram para extinguir o segundo turno: Podemos, Novo, PV.

Abstenções: PSDB, DEM, Avante, Patriota.

Na quarta-feira (11), o texto-base da reforma eleitoral foi aprovado, por 339 votos a 123. A PEC da Reforma Eleitoral previa a adoção do sistema conhecido como distritão para a eleição de parlamentares. A proposta havia sido rejeitada em primeiro turno na noite de quarta-feira (11).

O Plenário aprovou, ainda, um ajuste na redação da PEC, que define que a posse dos governadores passará do dia 1º para o dia 6 de janeiro. A decisão ocorreu por 365 votos a 3, sendo concluída em primeiro turno. A mudança passa a valer a partir de 2027.

 CNN Brasil