Via Thaisa Galvão

O encontro do ex-presidente Lula com o ex-senador Garibadi Filho, no jantar oferecido por Garibaldi e o filho deputado federal Walter Alves nesta terça-feira, poderá ter o rumo que até agora não foi discutido, pelo menos de público.

Walter seria o nome viável do MDB para ser o vice da governadora Fátima Bezerra na chapa da reeleição. Não é a primeira vez que Walter tem o nome atrelado a Fátima na formação de uma chapa.

Na campanha de 2008, quando Fátima foi candidata a prefeita de Natal, Walter teve o nome sondado para ser vice mas não aceitou. Chegou a ir à casa da então governadora Wilma de Faria para ser convidado, mas disse não.

Agora a história é outra. Walter sendo vice e Fátima sendo reeleita, ele assume o governo quando ela se desincompatibilizar para disputar o Senado.

A vaga de deputado federal seria disputada pelo ex-senador Garibaldi Filho. Garibaldi como candidato a deputado federal, já teria o discurso pronto para conquistar os votos de quem sente saudades dele no Senado: foi senador, governador, prefeito de Natal, deputado estadual…só falta ser deputado federal.

A entrada de Garibaldi para concorrer a uma vaga na Câmara deverá mudar o tom do ex-deputado Henrique Alves, que vem trabalhando uma candidatura a federal, não importando se vai atrapalhar ou não a votação do primo Walter.

Já com Garibaldi, Henrique daria uma freada. Seria a hora de Henrique ir para o sacrifício ao qual submeteu Garibaldi por anos. Garibaldi ficou conhecido na política como o nome forte da família Alves que sempre disputou o mandato que o grupo queria

Nunca o mandato que ele queria. Sempre foi “para o sacrifício”, e por trás das articulações estava sempre o bom articulador Henrique Alves.

Depois de quase 50 anos de vida pública, Garibaldi escolhe o desejo: ver o filho Walter governador. Cabe a Henrique ser a bola da vez no sacrifício, e deixar o caminho aberto para os bacuraus votarem em Garibaldi. Ou ele romperia de vez com o primo-irmão?