Por Antonio Magalhães*

Poucos podem reclamar de falta de informação sobre o que vai acontecer em outubro de 2022, quando acontecerão as eleições presidenciais no Brasil. Não cola mais aquele clichê no qual os candidatos são desconhecidos, que não sabem suas intenções, nem o passado e o presente de cada um. As redes sociais, mostrando verdades e mentiras, já desnudaram tudo ou quase tudo da essência desses postulantes.

Portanto, não venham me dizer em  quem devo votar ou sufragar no fulano que cometeu erros no passado mas já está arrependido ou liberado pela Justiça. Não há o que esconder. Quem apoia um ou outro está consciente do que vai fazer.

Num tempo polarizado como o nosso – o que não demérito a polarização – o pré-candidato hoje no Governo pode ter muito a mostrar em ações efetivas na esfera governamental administrativa, longe da “bolha do desaforo”. E é isso que interessa a maioria dos brasileiros que vive distante de Brasília e da extrema imprensa.

Ah! Mas os adversários de sempre mantêm um bombardeio de saturação de impropérios, potencializados por parte da imprensa. Sempre têm uma queixa do dia: a inflação, o desemprego, a falta de habitações e outras queixas reais ou irreais. Sequer escutam argumentos plausíveis com explicações sobre o tal estado de coisas. Descartam o efeito maléfico do vírus chinês na economia que drenou reservas financeiras para atender justamente às vítimas da pandemia, que terminou sendo parcialmente saqueadas por quem esteve no comando direto do processo de atendimento à população.

Mas isso pouco interessa para esse pessoal. O negócio é bater e continuar batendo de todos os lados e em todas as situações para enfraquecer a administração federal. O resultado não tem sido eficaz de todo. Os apoiadores governistas têm se mostrado fiéis a seus olhos e ouvidos. Eles leem, ouvem e entendem o que está acontecendo. E isto tem deixado os adversários perplexos e com a criatividade esgotada de falsas crises.

Na oposição, o principal pré-candidato tem circulado com a cara limpa, não a ficha criminal, como se seu passado tivesse sido apagado da memória do povo brasileiro.  Só não acreditam nos fatos os que o idolatram, mas não o chamam de mito.

Os partidários desse sujeito têm pressa em destituir o poder de quem está há mais de 1 mil dias no cargo. Procuram com artifícios extravagantes acusá-lo disso e daquilo sem qualquer consistência. O querem “fora” com impeachment ou qualquer outro mecanismo que possa retirá-lo do cargo.

Nunca passa pela cabeça desses “democratas” que já estamos a um ano da eleição, quando a decisão será pelo número de votos captados em urnas eletrônicas. A agonia pelo caminho mais fácil está sempre no pensamento deles. A impaciência é visível. Mas, como diz o ditado, o apressado come cru, mesmo porque ainda não digeriu o resultado da eleição anterior.

Citando a polarização política como um mal, quando na maior democracia ocidental, os Estados Unidos, o poder é revezado entre dois partidos, militantes de uma chamada 3ª Via procuram espaço entre o que não existe. Aí, realmente, há a desinformação cidadã. Esse grupo não tem candidatos viáveis e o programa de governo para oferecer à população é de ataques ao atual presidente.

O cidadão comum sabe que a disputa vai se dar entre Bolsonaro e Lula. Mas pouca gente entende o que é esta opção alternativa aos dois pré-candidatos. A minha diarista, por exemplo, disse entender que a 2ª via é uma cópia de documentos perdidos. De 3ª via nunca tinha ouvido falar.

Portanto, cabe a todos a consciência do voto. Os possíveis candidatos são bem conhecidos. Ninguém vai votar enganado. Vença um ou outro o futuro é previsível. A responsabilidade é nossa também e não apenas de quem assumir. É isso.

*Jornalista