O Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central, completa o primeiro ano de operação no próximo dia 16. Ao longo desses primeiros 365 dias de funcionamento, os números mostram um salto no uso do sistema. Cresceu 639% em quantidade de usuários, indo de 13,7 milhões de pessoas físicas em novembro de 2020 para 101,3 milhões em setembro deste ano.

O sistema rivaliza com cartões de débito e dinheiro em espécie como principal meio de pagamento dos brasileiros. Veja os principais números e um balanço do Pix em seu primeiro ano a seguir.

São os seguintes os dados divulgados pelo Banco Central, comparando novembro de 2020 com setembro de 2021:

  • Chaves cadastradas: 95, 3 milhões (novembro/20) x 330,8 milhões (setembro/21).
  • Transações feitas por pessoas físicas e jurídicas: 33,5 milhões x 1,04 bilhão
  • Valores transferidos: R$ 29,6 milhões x R$ 559 milhões
  • Pessoas físicas clientes: 13,7 milhões x 101, 3 milhões
  • Empresas clientes: 1,14 milhão x 7,6 milhões

“O conjunto da obra foi extremamente positivo. Vem crescendo quase 10% ao mês, caiu no gosto popular. Houve uma adesão por parte do consumidor, o que é extremamente positivo, o que demonstra que acertamos no processo e na implementação”, diz Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Ione Amorim, economista e coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), diz que os clientes tiveram uma redução de custos.

“Um DOC/TED custa de R$ 10 a R$ 20. Então, a economia para os consumidores algo muito bom”, declarou.

Novos produtos

Em 2 de setembro, o Banco Central anunciou dois novos produtos dentro do portfólio do Pix: o Pix Saque e o Pix Troco.

Ambos serão implementados em 29 de novembro e, tal como as mudanças anteriores, terão limitação de valor: R$ 500 durante o dia e R$ 100 entre 20h e 6h.

O Pix Saque funcionará de forma semelhante a um saque bancário tradicional. O cliente precisará fazer um Pix para o agente de saque (qualquer loja ou caixa eletrônico que ofereça o serviço), a partir da leitura de um QR Code.

Dessa forma, a pessoa terá acesso ao dinheiro em notas. Estabelecimentos comerciais e caixas eletrônicos poderão oferecer o saque.

O Pix Troco será parecido. A única diferença é que o dinheiro vivo pode ser sacado durante o pagamento de uma compra no estabelecimento. O Pix, então, seria no valor composto pela compra em si mais o valor a ser sacado. No extrato, as duas quantias serão discriminadas.

De acordo com o Banco Central, os dois novos produtos terão oferta opcional. A decisão será dos estabelecimentos comerciais, empresas e instituições bancárias que possuam caixas eletrônicos.

UOL