O Ibovespa (IBOV) avançou na manhã desta quinta-feira (20), após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros na noite anterior e com os investidores de olho na repercussão da posse da nova CEO da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard.

De acordo com informações do portal Bloomberg Línea, o principal índice de ações do mercado brasileiro subiu 0,45%, negociado aos 120.797 pontos. O dólar, por sua vez, caiu 0,05%, a R$ 5,43.

Ontem, o Banco Central (BC) manteve a taxa de juros inalterada em 10,50%, interrompendo o ciclo de reduções da Selic iniciado em agosto passado. Em comunicado, o Copom indicou que se manterá “vigilante” e que a política monetária deve se manter contracionista “por tempo suficiente” para desinflação e ancoragem das expectativas.

Além disso, o BC incorporou um “cenário alternativo” às projeções, que sinaliza convergência da inflação para a meta em 2025 no caso de manutenção da Selic no patamar atual.

A unanimidade e a sinalização de juros altos por mais tempo devem servir para acalmar os ativos domésticos, segundo analistas. Podem ainda aliviar as expectativas de inflação, que passaram a refletir dúvidas sobre a sucessão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, especialmente depois da divergência dos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reunião anterior.

No cenário internacional, os contratos futuros do Nasdaq 100 subiam 0,27% e os do S&P 500 tinham alta de 0,2%, enquanto a Nvidia (NVDA) — agora a empresa mais valiosa do mundo — chegou a subir até 4,1% antes da abertura dos mercados em Nova York. Outras ações de tecnologia, incluindo Dell e Super Micro Computer, também registraram ganhos.

Na Europa, o índice Stoxx 600 subiu 0,4% no mesmo horário, após o Banco Nacional Suíço reduzir as taxas de juros pela segunda vez este ano, alimentando esperanças de afrouxamento da política monetária em todo o mundo desenvolvido. O Banco da Inglaterra manteve as taxas de juros estáveis, como esperado, mas insinuou que mais de seus formuladores de políticas monetárias estão próximos de apoiar cortes.

 

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