13
dez

100 Anos de Gonzagão !!!

Postado às 11:26 Hs

A arte de Luiz Gonzaga soube retratar os tipos existentes no Nordeste como um todo, do sertão ao litoral, de maneira fidedigna. O padre sertanejo, os costumes, os coronéis, os agricultores, as riquezas e peculiaridades dos estados nordestinos e, por vezes, foi a voz mais forte da região com o seu canto e clamor aos mais necessitados. Não é de se estranhar, por exemplo, que quando ouvimos uma canção como “Estrada de Canindé” não nos peguemos a imaginar aquela estrada de terra batida, as pessoas a seguir por seu percurso seja em animais diversos ou a pé observando toda a bucólica paisagem que compõe tal letra.

 

É por essas e por outras qualquer tentativa de mensurar a importância do legado da obra de Luiz Gonzaga para a música brasileira particularmente a nordestina será sempre em vão. A onipresença do Rei do baião nos mais diversos contextos musicais brasileiro é a maior prova disto. Recentemente o cantor e compositor Gilberto Gil disse em entrevista, que sem a existência de Gonzagão a sua obra não existiria; do mesmo modo, Geraldo Azevedo reiterou essa afirmação na última segunda-feira ao participar de um programa de rádio carioca. Eu vou mais além defendendo a teoria que sem a presença de Gonzaga na música brasileira não haveria essa unidade existente hoje na cultura da região.

 

Toda uma geração de nordestinos, principalmente a que alcançou o auge do baião na década de 50, sofreu a influência da sonoridade do Rei do baião. Há exemplos artísticos nos nove estados que compõem a região. Luiz soube fundir de modo preciso a sua região em versos e acordes, tornando-se a mítica figura que hoje, na data do seu centenário, todos reverenciam. Que o legado desse filho tão ilustre de nossa região. Resta-nos reverenciar Gonzaga e a sua obra não só em seu centenário, mas pelos anos que estão por vir e por muitos centenários que ainda virão, atestando cada vez mais que Gonzaga como Rei da música nordestina é absoluto. Evoé a toda uma geração que hoje defende o legado do nosso velho Lula de modo tão genuíno.

06
nov

Dilma presta homenagem a Luiz Gonzaga

Postado às 10:41 Hs

Espaço de lançamento de programas governamentais com autoridades da política e da economia, o Salão Nobre do Palácio do Planalto foi ocupado nesta segunda-feira (5) por artistas e intelectuais durante a entrega da Ordem do Mérito Cultural, informa a Agência Brasil. No total, foram 41 premiados entre intelectuais e instituições. Todos os anos, a Ordem do Mérito Cultural homenageia uma personalidade. Este ano, o escolhido foi o compositor popular e instrumentista Luiz Gonzaga, pelo centenário de seu nascimento. Mandacarus, planta comum no Nordeste, compunham a decoração e músicas interpretadas pelo Rei do Baião foram tocadas durante a cerimônia. Elba Ramalho e Chambinho do Acordeão entoaram Asa Branca, música consagrada na voz de Gonzaga. “Alguns dos agraciados não estão mais no nosso convívio, mas deixaram o legado que nos marca para sempre. A cultura tem a característica de ser atemporal ao mesmo tempo em que reflete o tempo histórico mais do que qualquer outra manifestação da atividade humana”, destacou a presidenta Dilma Rousseff. “Acultura brasileira é um mosaico muito rico de tradições, criações e inovações de diferentes etnias e costumes”, completou a presidenta.
Vai ter muito marmanjo querendo esconder as lágrimas ao ver Gonzaga – De pai para filho, cinebiografia dirigida por Breno Silveira (2 filhos de Francisco), que finalmente chega às salas de cinema de todo o Brasil a partir desta sexta-feira. Pensado para emocionar, o filme mostra a relação tumultuada entre Luiz Gonzaga e o filho, Gonzaguinha, na super produção que custou R$ 12 milhões. No ano em que o “Rei do Baião” completaria 100 primaveras sob o sol do Sertão – e do Rio e de tantos outros recantos do país aonde foi, levando o forró, o xote e outros ritmos nordestinos – é um presente para o público, pela fidelidade com que a trama é construída, pela roupagem musical, pelo registro da “intimidade” de um ídolo.
02
ago

23 Anos sem Gonzagão

Postado às 12:55 Hs

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.”

As palavras que ocuparam o parágrafo acima foram ditas por Luiz Gonzaga, o artista mais completo de Pernambuco. Cantor, compositor e instrumentista, o Rei do Baião falou como ninguém sobre as peculiaridades do Sertão. Hoje fazem exatamente 23 anos da morte de Luiz Gonzaga, que despontou de Exu para o mundo.

Nascido em 1912 na zona rural de Exu, o mestre de todos os sanfoneiros nordestinos aprendeu a tocar acordeão com o pai Januário, que trabalhava na roça e nas horas vagas tocava sanfona, além de consertar o instrumento. Sua canção mais emblemática é “Asa Branca”, que compôs em parceria com o cearense Humberto Teixeiro. Este ano o Brasil comemora os 100 anos do centenário do Rei do Baião.

Por Xico Sá

 

“Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo…”

Essa é a música junina mais bonita de todos os tempos. Mas hoje, aqui na queima da fogueira caseira do inconsciente, lembrei de um belo episódio.O dia em que inventaram, e foi seguramente em uma festa no Nordeste, que os Beatles haviam gravado “Asa Branca”.

Eu era um garoto que amava os Beatles e curtia Luiz Gonzaga, como muitos do meu tempo no interior do Nordeste. Alguém aí do fundão se levante agora, please, para dizer que não estou mentindo? Quem era mais invocado, radical, digo, trocava os Beatles por Rolling Stones, mas dificilmente desprezava Gonzaga.

Como um tio, o Nelson, apresentava um programa de rádio, no Cariri, que só tocava Beatles, fiquei mais chegado aos “cabelinhos pastinha”, assim eram tratados lá em casa os meninos de Liverpool.

O comum era misturar a música universal de Gonzaga com a música regional inglesa ou a música regional americana, caso de Elvis e outros tantos.

Somava-se a essa tertúlia sonora os cubanos do bolero, vide Bienvenido Granda, “el bigode que llora”, o preferido do meu pai até hoje.

Muitas vezes tomávamos conhecimento dos gringos, falo da parte do rock, por intermédio de “Os Incríveis”, “Os Pholhas”, “Renato & seus blue caps”… e tantas outras pérolas derivativas.

Foi no “Beatles, ontem, hoje e sempre”, programa do meu tio citado acima, que acabei com a lenda de que o afamado conjunto inglês havia feito uma gravação em disco de “Asa branca”, grande sucesso dos nossos vizinhos Gonzaga (Exu, Pernambuco) e Humberto Teixeira (Iguatu, Ceará).

A imprensa havia espalhado a mística.Chegaram a dizer que nada passou de uma graça do radialista Carlos Imperial, da cidade do Rio de Janeiro, maluco genial e folgazão metido a fazer esse tipo de lorota.Nada disso, amigos, meu tio matou a charada.

Foi lindo e inesquecível aquele dia: é que os trinados iniciais de “The Inner Light”, de George Harrison, lembram por instantes “Asa Branca”. E o mais importante, o que talvez tenha dado início ao boato: a música é quase igualzinha a “Mulher Rendeira”, outro clássico do cancioneiro nordestino. Por volta de 1985, na condição de jovem repórter, encontrei Gonzagão no Recife. E caí na besteira de perguntar sobre o assunto. No que ele sorriu, me deu um abraço carinhoso, havia conversado várias vezes com o gênio, e me disse, mirando os mares do Pina, lá no restaurante Maxime´s:

“Escute essas coisas não, meu fio, mas que é verdade é. Era os Beatles tentando se promover às minhas custas”.Imagina a gaitada que o Rei soltou nesta hora.

10
jun

GONZAGÃO é homenageado em MOSSORÓ

Postado às 17:10 Hs

Dando continuidade ao Mossoró Cidade Junina 2012, hoje tem uma grande e  justa homenagem ao rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Logo mais as 19 horas , haverá um concerto no Teatro Dix-Huit Rosado para convidados e imprensa em homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga. As músicas mais famosas do compositor serão interpretadas pelas cantoras Camila Masiso, Valéria Oliveira, Khrystal, Caio Padilha, dentre outros cantores. Os artistas serão acompanhados pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O evento é oferecido pelo Sesc, dentro do Projeto Parcerias Sinfônicas.

Entre os dias 1º de junho e 1º de julho, a ordem é arrastar o pé na Festa Junina de Campina Grande, cidade paraibana que ostenta a fama de maior São João do mundo. A edição, com mais de mil horas de forró,vai homenagear o centenário de Luiz Gonzaga, considerado o Rei do Baião.

Em meio ao cenário com bandeirinhas coloridas, uma fogueira gigante de 18 metros de altura e uma réplica da Catedral Nossa Senhora da Conceição, apresentações de artistas regionais e nacionais, grupos folclóricos e shows pirotécnicos prometem animar dois milhões de pessoas esperadas no Parque do Povo, uma área de 42,5 mil metros quadrados que foi totalmente reformada para receber a festa.

A abertura do evento ficará por conta do compositor paraibano Flávio José, do grupo forró pé-de-serra Os 3 do Nordeste e do cantor Capilé. Entre os destaques estão Dominguinhos, Waldonys, Elba Ramalho, Santanna, Zé Ramalho e Garota Safada. Os artistas e 150 trios de forró se dividirão entre o palco principal e outros três espaços: Ilhas Seu Vavá, Zé Bezerra e Zé Lagoa. A programação completa será divulgada no dia 15 de maio.

Como manda a tradição, nenhum arraiá é completo se não tiver as quadrilhas juninas. Em Campina Grande, grupos se apresentam todas as noites, na Pirâmide Jackson do Pandeiro, e disputam um concurso que vai eleger a melhor dança de São João.

09
Maio

Homenagem a Gonzagão

Postado às 23:00 Hs

 

Em fase de gravação de seu próximo álbum, Elba Ramalho pôs voz no xote No Meu Pé de Serra (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1946) no estúdio que construiu em sua casa, no Rio de Janeiro (RJ). Mas o xote foi gravado pela cantora – vista em foto de Renato Filho – para o disco triplo produzido por Thiago Marques Luiz para festejar o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga (1912 – 1989).

Das 50 gravações inéditas, 49 estão prontas. Ontem foi a vez de Fafá de Belém – que ficou de pôr voz na toada A Volta da Asa Branca (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1950)concluindo desse forma a gravação do disco.

mar 29
sexta-feira
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