Foto: Cristiano Mariz/O Globo

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirma que não há ambiente para avançar uma proposta de rever a autonomia do Banco Central, alvo de críticas do presidente Lula.  Chefe do Poder Legislativo diz que é preciso atacar as causas da alta taxa de juros ao invés de criticar o Banco Central, como tem feito Lula.

“Interpreto as afirmações do presidente Lula em relação ao Banco Central como um descontentamento com a taxa de juros do Brasil. É um descontentamento geral, que imagino que seja também do próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. A alta taxa de juros, que já vem desde o ano passado, é fruto de certa negligência em relação ao controle da inflação e do aumento de gastos públicos. Afirmações em relação às pessoas que compõem o Banco Central não contribuem. No final, o que temos que atacar são as causas da alta taxa de juros”, disse Rodrigo Pacheco em entrevista ao jornal O Globo.

“A autonomia do BC é um projeto aprovado pelo Senado e por ampla maioria na Câmara. Na sequência, houve uma discussão sobre a constitucionalidade do projeto no Supremo Tribunal Federal. Considero a mudança positiva. É muito mais importante identificarmos as causas do aumento da taxa de juros, e buscarmos atacá-las, do que a rediscussão da autonomia do BC. Não vejo ambiente para essa discussão. Para muitos, inclusive para mim, poderia representar um retrocesso no ordenamento jurídico brasileiro”, afirmou Pacheco ao ser questionado sobre a possibilidade de o Senado rever a decisão que deu autonomia ao Banco Central.

 O Globo

Foto: Marcelo Camargo

Depois de ser alvo de sucessivas críticas do presidente Lula e de membros do governo, Roberto Campos Neto teria concordado em rever a meta de inflação para 2023.

Segundo fontes do governo, o presidente do Banco Central indicou que vai propor meta de inflação de 3,5% para este ano. Hoje, a meta estabelecida para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A informação é do colunista do Metrópoles, Igor Gadelha.

A notícia caiu como bomba no mercado. A Bolsa de Valores, que operava em alta na manhã desta quinta-feira (9/2), mergulhou para uma queda de 1% após a divulgação da notícia. Os juros futuros, medidos pelo índice DI, estão operando com alta de até 2 pontos percentuais. As projeções para a Selic em 2027, por exemplo, saltaram da casa dos 11% para 13%.

Uma meta de inflação mais “frouxa” seria um sinal verde para o Banco Central começar a cortar os juros, como é desejo do presidente Lula. A Selic em 13,75% é um entrave para o crescimento da economia, mas é o único freio para uma inflação que alcançou os dois dígitos no final de 2021.

No médio prazo, como mostram as taxas DI, a nova meta deve causar um repique inflacionário, o que obrigaria o BC a voltar a subir os juros.

Batalhas perdidas

A decisão de Campos Neto possivelmente pretende evitar duas batalhas perdidas. As metas de inflação são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujos membros voltarão a ser o presidente do Banco Central, o ministro da Fazenda e o ministro do Planejamento. No desenho atual, os membros são Roberto Campos Neto, Fernando Haddad e Simone Tebet. Os ministros de Lula formam, portanto, maioria para qualquer decisão sobre a meta inflacionária.

No governo Bolsonaro, quando os ministérios da Fazenda e Planejamento foram fusionados no ministério da Economia, a terceira cadeira era do secretário especial da Fazenda, o que, na prática, também conferia ao governo a maioria. A decisão de voltar ao modelo anterior, com Fazenda, Planejamento e BC, foi tomada ainda na primeira semana de governo Lula.

Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a parar de jogar contra seu próprio time. O alerta é de empresários ouvidos reservadamente pelo blog do Valdo Cruz nos últimos dias.

Eles afirmam que já foram convencidos por Haddad de que o governo terá uma gestão de responsabilidade fiscal. Falta, agora, convencer o próprio presidente Lula a encampar o discurso.

Na avaliação dos empresários, Lula está certo no conteúdo ao fazer críticas aos juros altos no país, mas vem errando na forma.

Segundo eles, fazer críticas públicas só gera mais instabilidade no mercado e assusta investidores, dificultando ainda mais o trabalho do Banco Central e da equipe econômica para reduzir a inflação no país.

O setor privado também quer a redução da taxa de juros. O patamar alto encarece investimentos e o custo financeiro das empresas, desestimulando o aumento da produção no país e a contratação de novos trabalhadores.

Os empresários destacam no entanto que, atualmente, a queda desses juros depende principalmente de sinalizações positivas do governo no sentido de reduzir as incertezas na área fiscal. Um empresário chegou a dizer que Lula está parecendo o ex-presidente Bolsonaro – que, ao longo do mandato, atacava a Petrobras por causa do preço alto dos combustíveis.

Na época, lembra esse empresário, a culpa não era da Petrobras, mas do mercado de petróleo no mundo. Hoje, a culpa pelos juros altos não é do BC, diz ele, mas das incertezas na área fiscal.

O PIX movimentou no total R$ 10,9 trilhões no ano passado, conforme balanço divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (23). O valor médio das transações ficou em R$ 449.

A modalidade de pagamentos e transferência criada pelo BC viabilizou no ano passado mais do dobro das transações em boletos (R$ 5,3 trilhões) e também do total registrado pelo próprio PIX em 2021 (R$ 5,2 trilhões). A liderança permanece, com folga, das operações por TED, que somaram R$ 40,7 trilhões no ano passado.

O BC anunciou que, no último trimestre do ano, o sistema de transferências instantâneas superou a marca de R$ 1 trilhão por mês. Em dezembro, foram movimentados R$ 1,221 trilhão, recorde para o PIX. Parte deste avanço é atribuído ao pagamento do 13º salário. Houve 99,4 milhões de transações por PIX na véspera do fim do prazo para depositar a segunda parcela do 13º.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, atribuiu a queda dos índices de inflação nos últimos meses aos cortes de impostos, em especial os que recaem sobre os combustíveis e energia elétrica. Segundo Campos Neto, se não fossem as reduções, “a inflação estaria em 9%, e não em 5,8%”.

A fala foi feita na última quinta-feira (19), durante uma palestra na UCLA Anderson School of Management, na Califórnia, nos Estados Unidos. Na ocasião, ele defendeu a manutenção da taxa Selic.

Mesmo reconhecendo que a “taxa de juros está alta”, Campos Neto argumentou que o movimento é global e que um corte em curto prazo não funciona atrair investimentos. “Não ajudaria em nada cortar juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo.”

A defesa vai de encontro ao que tem pleiteado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele sustenta que há um “descompasso” entre a taxa Selic e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o aumento dos preços. Em encontro com reitores de universidades, Lula disse que “a gente poderia nem ter juros”. O presidente tem questionado a lei que garante independência do BC.

Em resposta às declarações do governante, Campos Neto disse que “Lula se orgulha de Henrique Meirelles [ex-presidente da instituição monetária] ter sido independente no BC” e que criticar a lei não significa questionar a independência. “[Lula] Acha que não precisa da lei, porque ele garante a independência sem lei”, afirmou o comandante do BC.

“Olhando para o Brasil, vemos que o mercado seria muito mais volátil se não houvesse a independência em lei”, ponderou Campos Neto, divergindo da opinião do presidente da República. “Seria uma questão que adicionaria mais volatilidade na curva longa de juros”, completou.

Conversibilidade do real

O presidente do Banco Central disse ainda que a instituição busca alcançar a conversibilidade do real a outras moedas. Isso possibilitaria, por exemplo, a abertura de contas em dólares no Brasil, no futuro. “A conversibilidade da moeda não é algo que se faz, é algo que se ganha com credibilidade e estabilidade”, afirmou Campos Neto, que ponderou que o processo é longo.

R7 com informações da Agência Estado 

O Pix deve contar com novas funções como o pagamento de contas em débito automático e agendamentos de transferências internacionais a partir do próximo ano. O projeto vem sendo anunciado pelo Banco Central (BC) desde o ano passado, mas deve sair do papel em 2023.

Hoje, o Pix pode ser usado para a quitação de boletos. A versão automática permitirá que os usuários utilizassem o sistema para programar pagamentos recorrentes, como contas de água e luz.

O Pix Internacional, que permitirá transações instantâneas entre usuários no Brasil com pessoas e empresas em outros países, deve demorar mais para entrar em operação. Para isso, é preciso promover uma conciliação das leis vigentes sobre o tema nos diversos países envolvidos.

O Pix acumula 536,9 milhões de chaves cadastradas para 140 milhões de usuários. Na terça-feira (20/12), data do pagamento da segunda parcela do 13º salário, o sistema superou pela primeira vez a marca de 100 milhões de transações em apenas 24 horas, somando R$ 60 milhões em transações.

Metrópoles

20
dez

2023: As novas mudanças para o Pix

Postado às 7:00 Hs

Pix, método de pagamento instantâneo, vai passar por algumas mudanças em 2023. O Banco Central anunciou em dezembro novas regras relacionadas aos limites das transações, que passam a valer a partir do dia 02 de janeiro.

O movimento da instituição visa oferecer mais segurança e flexibilidade aos milhões de brasileiros que já aderiram à ferramenta. Segundo o BC, em dezembro, o Pix bateu recorde com 99,4 milhões de transações em um único dia.

Com as alterações, as operações via Pix deixarão de ter um valor limite por transação. Será possível, por exemplo, transferir todo o limite diário disponível na conta em um único envio. O BC também retirou o limite das transferências para contas de pessoas jurídicas, como empresas, que agora será determinado pelas regras de cada instituição financeira.

Outra mudança para 2023 será o limite noturno. Os usuários vão poder escolher se querem que a faixa de horário que limita o valor das operações noturnas comece apenas depois das 22h, e não a partir de 20h, como estava funcionando.

As outras novas regras são referentes às funcionalidades de saque e troco da ferramenta. Atualmente, é possível sacar apenas R$ 500 via Pix durante o dia e R$ 100 no período da noite. A partir de 2023, os limites passam para R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.

08
dez

Selic mantida em 13,75% ao ano

Postado às 7:00 Hs

Foto: Reprodução/ BP Money

 

Sem surpresas, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. No comunicado divulgado após a decisão, a autoridade monetária elencou riscos de curto e médio prazo que podem influenciar a política de juros no ano que vem.

Como a inflação é o principal aspecto observado pelo BC para decidir se corta ou aumenta os juros no país, o Copom mapeou aspectos que podem influenciar os preços de produtos e serviços.

Entre os fatores que podem ajudar na redução dos preços está a queda da cotação de commodities (como petróleo e alimentos) no mercado externo, a prorrogação da vigência das isenções do ICMS sobre os combustíveis para 2023 e a desaceleração do crescimento da economia global.

Por outro lado, alguns aspectos preocupam a autoridade monetária, pois podem causar um repique inflacionário. O BC elenca, por exemplo, a persistência de choques inflacionários em países desenvolvidos e a “a elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal” no Brasil.

“O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”, diz a nota do BC.

Furo no teto de gastos

A autoridade monetária esclareceu que espera que os preços voltem para o limite estabelecido pela meta inflacionária do BC já em 2023 e em 2024. As expectativas, no entanto, apontam para outro cenário. A PEC de Transição, que prevê despesas de R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, tem piorado as projeções dos analistas.

Caso o próximo governo, sob o comando de Lula, decida afrouxar a vigilância fiscal, é possível que a inflação volte a subir – seja pelo efeito direto de injeção de dinheiro na economia, pela distribuição de benefícios sociais e reajustes salariais, seja pela desconfiança gerada por um governo que negligencia as regras fiscais.

O desencontro entre as projeções e a meta de preços está sendo monitorado, diz o comunicado do BC, e é por isso que um novo aumento da Selic em 2023 não está completamente descartado.

“O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz o documento.

Metrópoles

O BC (Banco Central) subiu o tom nesta quarta-feira (7.dez.2022) para os riscos fiscais. Em comunicado, a autoridade monetária disse haver “elevada incerteza” sobre o futuro das contas públicas e que mais estímulos fiscais para impulsionar a demanda podem elevar a trajetória da inflação.

O alerta do BC foi feito depois da apresentação da PEC (proposta de emenda à Constituição) fura-teto, que permite gastos fora da emenda constitucional que limita as despesas públicas. O governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende a aprovação do texto para custear, entre outros itens, o Bolsa Família de R$ 600.

As incertezas fiscais fazem com que haja riscos para investimentos no Brasil. Para compensar o cenário de indefinição nas contas públicas, os ativos do país são negociados a juros maiores nos contratos com vencimento no médio e longo prazos.

A alta de juros eleva a trajetória de crescimento da dívida pública. As incertezas fiscais também aumentam o endividamento pelo lado do câmbio: o real se desvaloriza em relação ao dólar, por exemplo, tornando o estoque de pendências financeiras do Brasil mais caro. A moeda dos Estados Unidos mais cara também tem efeitos sobre a inflação brasileira.

Poder360

Os brasileiros com dívidas financeiras ou tributárias têm até esta quarta-feira (30) para renegociar os pagamentos em atraso com condições especiais tanto com os bancos como com a Receita Federal. No Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e nas demais modalidades de crédito que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia. A ação é uma iniciativa conjunta da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), do BC (Banco Central), da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e de Procons de todo o país. De acordo com a Febraban, instituições participantes do mutirão oferecem, por exemplo, parcelamentos, descontos no valor da dívida e taxas de juros reduzidas para refinanciamento. Já os contribuintes com dívidas na Receita Federal podem renegociar os débitos com até 70% de desconto. A medida inclui abatimento nos valores para pessoas físicas, MEIs (microempreendedores individuais) e empresas, que podem parcelar até R$ 1,4 trilhão em dívidas tributárias que ainda não estejam sob contestação judicial.

Do Radar Econômico, da Veja Online

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, passou um recado velado ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 15.

Sem citar Lula, Campos Neto afirmou, no Brazil Conference, evento realizado pelo grupo Lide em Nova York, que a “pandemia deixou cicatrizes”, mas que o país precisa “mostrar ao mundo que temos credibilidade fiscal”.

“Precisamos de um conjunto de políticas sociais, mas com responsabilidade”, disse Campos Neto. O caminho contrário em relação à preocupação com o cenário fiscal, segundo ele, seria mais nocivo exatamente para os mais pobres.

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

A economia brasileira avançou 1,36% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com os três meses anteriores, de acordo com dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por sinalizar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), publicados nesta segunda-feira (14).

O desempenho positivo da economia surge após alta de 0,05% registrada no mês de setembro. Em julho, houve crescimento de 1,17% da atividade econômica, seguido de uma queda de 1,13% apurada em agosto.

Com a sequência de resultados, o indicador que prevê a soma de todos bens e serviços produzidos no país alcançou 144,01 pontos na série dessazonalizada (livre de influências), o maior nível desde julho (145,62 pontos).

Na comparação anual, o resultado do indicador é 4% superior ao apurado em setembro do ano passado e 4,32% maior do que o do período compreendido entre os meses de julho e setembro de 2021, quando o IBC-Br fechou o trimestre aos 138,64 pontos.

O desempenho da atividade econômica nacional tem alta de 2,93% no acumulado dos nove primeiros meses deste ano e registra alta de 2,34% nos últimos 12 meses, de acordo com as informações apresentadas pelo BC nesta segunda-feira.

Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico, que será divulgado no dia 1º de dezembro. No segundo trimestre, quando a economia brasileira avançou 1,2%, a prévia do BC sinalizou alta de 0,57% no mesmo período.

R7

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central (BC), fará 2 anos na próxima quarta-feira. A ferramenta tem mais de 138,4 milhões de usuários cadastrados e, de janeiro a setembro deste ano, movimentou R$ 7,5 trilhões. Também em setembro, o valor de transações através do método ultrapassou pela 1ª vez R$ 1 trilhão. As informações são do portal Poder360.

Segundo dados do BC, são mais de 138,4 milhões de usuários cadastrados, dos quais 127,8 milhões são pessoas físicas. Já o total de chaves cadastradas – como CPF, CNPJ, e-mail, celular ou números aleatórios – é de 523,2 milhões. Cada pessoa física pode ter até 5 chaves registradas, enquanto empresas podem ter até 20.

O Pix já foi usado pelo menos uma vez por mais de 130 milhões pessoas físicas, o equivalente a 70% da população com conta em banco, segundo dados da instituição. Enquanto isso, 11,4 milhões de pessoas jurídicas utilizaram o sistema.

A adesão ao Pix superou as expectativas do BC, que lançou o novo formato de pagamento em novembro de 2020 com o objetivo de aumentar a eficiência, reduzir os custos e ampliar o número de usuários do sistema financeiro. O Pix permite transferir recursos em questão de segundos por meio do celular a qualquer hora do dia. O sistema é gratuito para pessoas físicas. Por isso, rapidamente ganhou espaço na preferência dos brasileiros.

Dados do Banco Central mostram que a quantidade de pagamentos pela ferramenta saltou de 1,29 milhões em janeiro para 2,3 milhões em setembro, mês com informações mais recentes. No mesmo período, as movimentações somam R$ 7,5 trilhões. De janeiro a junho, o BC registrou 739.145 indícios de crimes envolvendo o Pix. Foram 25.330 registrados no mesmo período em 2021, equivalendo a uma alta de 2.818%.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (11) que é necessário ter um olho para o social, mas manter o equilíbrio fiscal. A fala foi feita em uma palestra para o CFA Society Brazil, sobre o cenário econômico mundial.

“Se não tiver equilíbrio fiscal, a gente volta para um mundo de incerteza onde a expectativa de inflação sobe, você desorganiza o setor produtivo no sentido de investimento, e no final quem sofre mais com isso é a população que você quer ajudar, porque você machuca a geração de emprego.”, disse Campos Neto.

Após a palestra, Campos Neto foi perguntado sobre como o Banco Central trabalha com essa reação do mercado ao cenário político, e as mudanças do novo governo eleito. Segundo ele, os mercados ao nível mundial estão mais “sensíveis” às medidas de governo, por conta do tamanho das dívidas públicas.

“As dívidas estão altas, porque elas tiveram que ficar altas, em grande parte, foram programas que precisavam ser feitos para atender a população em uma pandemia que a gente teve, crise energética, várias coisas ao mesmo tempo. Isso é compreensível.”, afirmou Campos Neto.

Entretanto, o presidente explicou que a demanda atual do mercado é saber como vai ser o planejamento econômico daqui para frente, para saber como vão atender o social e ao mesmo tempo manter um equilíbrio fiscal.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, no patamar atual, de 13,75% ao ano, confirmando as apostas do mercado. Na reunião anterior, em setembro, o colegiado não alterou o índice, decretando o fim do mais longo ciclo de alta de juros de sua história.

Segundo o comitê, a decisão divulgada nesta quarta-feira (26) é compatível com a tentativa de puxar a inflação para perto da meta em 2023 e em 2024. Ela reflete a incerteza de cenários e o balanço dos riscos de variação da inflação futura maior que a usual. Também permite que o objetivo de assegurar a estabilidade de preços seja atingido, e implica na diminuição de flutuações do nível da atividade econômica e no fomento do pleno emprego.

Desde a primeira alta, em março de 2021, quando a taxa de juros estava na mínima de 2%, ela subiu 11,75 pontos percentuais, o maior choque de juros desde 1999, quando, durante a crise cambial, o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

R7

O Banco Central (BC) pretende implementar, nos próximos meses, mudanças no funcionamento do Pix. O objetivo é fortalecer a segurança no sistema e evitar fraudes e vazamentos de dados. A expectativa da instituição é de colocar parte das mudanças em prática ainda em 2022. As alterações foram anunciadas na última reunião do Fórum Pix, em setembro deste ano. O evento teve participação de diversos agentes do mercado financeiro, com objetivo de discutir o funcionamento e a segurança do sistema de pagamentos instantâneos. Uma das implementações busca ampliar a responsabilidade de instituições financeiras em relação às regras de segurança. O objetivo é criar mais uma barreira de segurança para evitar vazamentos de dados.
Após uma sequência de 12 altas consecutivas para barrar a inflação, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, foi mantida em 13,75% ao ano. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), foi anunciada nesta quarta-feira (21), encerrando o ciclo de aumento. Desde a primeira alta, em março de 2021, quando a Selic estava na mínima de 2%, a taxa subiu 11,75 pontos percentuais, o maior choque de juros desde 1999, quando, durante a crise cambial, o BC elevou a Selic em 20 pontos percentuais de uma vez só. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.
O pior momento da inflação no Brasil já passou, disse nesta segunda-feira (27) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacando que o Brasil está muito perto de finalizar todo o trabalho de elevação de juros para domar a alta de preços. No Fórum Jurídico de Lisboa, Campos Neto disse que as ferramentas do Banco Central vão frear o processo inflacionário, repetindo que grande parte do trabalho do BC já foi feito. “O Brasil tem uma memória de inflação muito maior e mecanismos de indexação muito mais vivos, isso denota uma preocupação maior para o Brasil. A gente vê que todos os países estão caminhando, subindo juros, o Brasil já está muito perto de ter feito o trabalho todo, alguns países estão no meio do caminho”, disse. Há duas semanas, o Banco Central subiu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e disse que antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude, na reunião de agosto.
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