O total de domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família subiu para 19% em 2023, o maior valor da série histórica calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações são da Pnad Contínua: Rendimento de todas as fontes 2023, divulgada nesta sexta-feira (19).

Segundo o estudo, o número representa um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando registrou 16,9%. Já em comparação com 2019, patamar pré-pandemia, o crescimento foi de 4,7 pontos percentuais. Naquele ano, o número de domicílios com beneficiários do programa era de 14,3%.

Em março de 2023, o Bolsa Família foi relançado em substituição ao Auxílio Brasil, criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O programa manteve o valor mínimo de R$ 600 e o adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. Em junho do ano passado, foram implementados os benefícios variáveis de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos e o per capita de R$ 142.

O IBGE ressalta que, em 2022, e em menor medida em 2023, houve aumento dos valores médios de benefício pagos por meio do programa, o que contribuiu para um crescimento do rendimento das famílias beneficiárias. No ano passado, o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era inferior a 30% do rendimento médio dos domicílios não beneficiados.

Por regiões

O aumento foi notado em todas as regiões. Os maiores percentuais foram registrados no Nordeste (33,8%) e Norte (31,7%). Em seguida, apareceram Centro-Oeste (12,8%), Sudeste (11,5%) e, por último, Sul (7,9%).

Rendimento mensal per capita

De acordo com o estudo, enquanto o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4% (de 446 para 635) no período 2019-2023. Já entre aqueles que não recebiam o benefício, a variação foi de 8,6% (de R$ 2.051 para R$ 2.227).

Para as residências que recebiam o BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada), o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 1.068 e para os que não recebiam, R$ 1.885. Por sua vez, nos domicílios que recebiam outros programas sociais o rendimento médio foi de R$ 826, frente a R$ 1.867 naqueles que não recebiam.

Foto: Reprodução

A inconsistência de dados do CPF (Cadastro de Pessoa Física) será motivo de bloqueio do pagamento do Bolsa Família a partir deste mês. Caso a situação não seja resolvida em até seis meses, os benefícios serão cancelados.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a medida é para garantir que o benefício chegue às pessoas que realmente precisam.Neste mês de janeiro os beneficiários do Bolsa Família que estiverem com o CPF irregular ou divergências no Cadastro Único devem ter os benefícios bloqueados.

Para garantir a permanência no programa é preciso ficar atento para regularizar as pendências. “O CPF irregular na base de dados da Receita Federal acarretará no cancelamento do benefício. Primeiro o bloqueio e se caso essa situação não for sanada, depois de seis meses de bloqueio o benefício pode ser cancelado”, comentou a Nágila Praigida, coordenadora do Bolsa Família.

O bloqueio pode acontecer em caso de CPF:

Suspenso, cancelado ou com divergência de titularidade na Receita Federal; Com inconsistência de dados no CadÚnico.

As famílias que tiverem o benefício bloqueado serão comunicadas por meio do extrato bancário ou pelo aplicativo da Caixa. Segundo a coordenadora, os CPFs podem ser bloqueados, suspensos ou cancelados por vários motivos.

“Para o CPF irregular precisa buscar a Receita Federal para regularizar e somente depois buscar o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) para fazer a atualização desse cadastro”, explicou.

Mesmo sem sair de casa é possível consultar o número do CPF no site da Receita Federal e verificar se há alguma pendência.

O pagamento deste ano começa no dia 18 de janeiro e segue até o dia 31, de acordo com o número final do NIS (Número de Identificação Social). O programa de transferência de renda do governo federal atendeu, em média, 21,3 milhões de famílias em 2023. Têm direito ao benefício as famílias cuja renda per capita (por pessoa) é de, no máximo, R$ 218 por mês.

O Rio Grande do Norte teve mais beneficiários do Bolsa Família que empregados com carteira assinada em 2023, de acordo com dados do governo federal comparados pelo g1. Em dezembro, cerca de 503,8 mil famílias irão receber o benefício social, segundo o governo. Enquanto isso, o último levantamento divulgado pelo Caged apontou 480,2 mil empregados com carteira assinada no estado. A diferente é de aproximadamente 23,6 mil pessoas.

Os números do Caged, no entanto, não levam em conta servidores públicos, empresários e autônomos, por exemplo. Segundo o governo federal, o Bolsa Família de dezembro começa a ser pago na próxima segunda-feira (11). O valor médio recebido pelos potiguares atendidos no programa é de R$ 670,68. O repasse para o estado será de R$ 337,6 milhões.

Ainda de acordo com o governo, 83,3% das famílias potiguares que recebem o benefício são chefiadas por mulheres. Na capital, Natal, o número de pessoas empregadas supera o de beneficiários. Até outubro, o Caged contabilizava uma um estoque de pouco mais de 210 mil empregos com carteira assinada. Por outro lado, segundo o governo federal, a cidade tem 78,7 mil beneficiários do programa social, que recebem um valor médio de R$ 679,99.

Em Mossoró, segunda maior cidade do estado, o número de famílias atendidas pelo programa social representa metade do número de empregados. São 34,8 mil beneficiários do Bolsa Família e 66,5 mil trabalhadores empregados.

Terceira maior cidade do estado, Parnamirim, localizada na região metropolitana, tem cerca de 42,3 mil pessoas empregados e 24.085 beneficiários de programa social. Já em Macaíba, também na Grande Natal o número de beneficiários é de 14.482, enquanto o de pessoas com emprego formal é de 11 mil.

Menores cidades têm mais beneficiários que empregados

Em regra, as menores cidades têm mais beneficiários que empregados. Em Pureza, por exemplo, o número de beneficiários é seis vezes maior. Há menos de 270 pessoas com carteira assinada no município. Por outro lado, 1.698 famílias irão receber o bolsa família em dezembro.

Segundo o último censo do IBGE, a população de Pureza é de cerca de 9,3 mil pessoas.

Acesso ao programa social

Segundo o governo federal, famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa podem entrar no Bolsa Família, mesmo se algum dos membros trabalhar com carteira assinada, for microempreendedor individual (MEI) ou se tiver alguma outra renda.

O acesso ocorre por meio da inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) e análise feita por um sistema informatizado, que avalia todas as regras do programa. A entrada no Bolsa Família não é automática, pois é analisado o limite orçamentário do programa.

O governo federal criou um órgão, chamado Rede Federal de Fiscalização, para fiscalizar e combater fraudes nos programas Bolsa Família e CadÚnico (Cadastro Único). O órgão compartilhará informações de ministérios para direcionar as verbas federais de assistência social a famílias que realmente precisam.

O objetivo é dar transparência e eficiência ao gasto público, permitindo que os programas sociais cheguem às pessoas que mais precisam. “A volta da Rede Federal de Fiscalização é parte da reconstrução de todo o sistema de proteção social brasileiro, que foi desmontado no mandato anterior. É a garantia de maior segurança e proteção a quem mais precisa, com transferência de renda e integrando diversos programas”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. As informações são do Poder360.

Segundo decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Rede Federal de Fiscalização será composta por 4 representantes do Ministério do Desenvolvimento Social, 1 da AGU (Advocacia Geral da União), 1 da CGU (Controladoria Geral da União), 1 do Ministério da Gestão e da Inovação e 1 da Secretaria Geral.

Reuniões deverão ser realizadas a cada 3 meses e o grupo precisará apresentar um plano anual de atuação. Os relatórios de trabalho serão semestrais. Há a possibilidade de fechar parcerias para o andamento dos trabalhos, desde que não haja custo para o governo.

O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda da história do Brasil, completou 20 anos em outubro. Chega atualmente para 21,5 milhões de famílias. O benefício médio é R$ 687. Custa, em média, R$15 bilhões por mês ao governo federal.

Foto: Ana Nascimento/CCE

O Ministério do Desenvolvimento divulgou nesta terça-feira (18) um texto com 1.380 palavras (veja a íntegra) que induz o leitor a achar que houve aumento do número de beneficiários do Bolsa Família.

Com o título “Busca ativa garante inclusão de 1,3 milhão de famílias no Bolsa Família”, a propaganda do governo omite que em 31 de dezembro de 2022 (último dia do governo de Jair Bolsonaro) havia 21,6 milhões de beneficiários no programa. Agora, o total é de 20,9 milhões. Ou seja, uma queda de 700 mil famílias. O ministério também não menciona a redução do benefício médio de R$ 705 em junho para R$ 684 em julho.

Houve desde o início do ano um enxugamento de benefícios a famílias que o governo verificou não cumprirem os requisitos para o programa.  No total, foram 2,7 milhões de cadastros excluídos. Ao menos 3,7 milhões de cadastros foram incluídos pelo governo Bolsonaro nos 3 meses que antecederam as eleições. Muitos desses cadastros, diz o atual governo, eram indevidos.

A informação do release do governo foi publicada por vários veículos de comunicação, além do Poder360. No caso deste jornal digital, o texto já foi alterado e recebeu um aviso de correção. O “Jornal Hoje”, da TV Globo, transmitiu uma reportagem de 3min55s e divulgou o press-release do governo sobre o Bolsa Família sem mencionar a queda no total de famílias cadastradas.

O Ministério do Desenvolvimento, comandado pelo petista Wellington Dias (ameaçado de perder a cadeira para alguém indicado pelo Centrão), começa o press-release assim: “Desde março, quando o Bolsa Família foi relançado pelo governo federal, 1,3 milhão de famílias foram incluídas no programa”. Quem lê pode entender que o total de beneficiários cresceu em 1,3 milhão. Essa é uma interpretação errada.

Ao festejar o sistema de busca ativa de beneficiários, em nenhum momento o texto de 1.380 palavras do ministério de Wellington Dias informa que o total de famílias beneficiadas caiu desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Ao contrário. O próprio ministro dá ênfase à interpretação enganosa sobre o que se passou. “Começamos nesta 3ª feira [18.jul.2023] o pagamento do Bolsa Família. E uma novidade positiva é que alcançamos 1,3 milhão de famílias que tinham direito ao benefício, muitas delas passando fome, e agora estão recebendo o novo Bolsa Família”, declara o petista.

O QUE DIZ O GOVERNO

Ao ser questionado sobre o release, o ministro Wellington Dias confirma a redução do número total de cadastros. “São 1,3 milhão na extrema pobreza e que não conseguiam nem se cadastrar, e não recebiam Auxílio Brasil de março para cá. Mas, na atualização do cadastro, encontramos muita gente com renda elevada, alguns chegando a R$ 10 mil de salários, R$ 14 mil… outros que comprovadamente já morreram, ou unipessoais que, na verdade eram de uma mesma família e fizeram outra inscrição para receber também. E assim foram desligados 2.700.000. Por isto a redução!”, diz o ministro.

O Poder360 também questionou a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome sobre o porquê de não mencionar no texto a redução do número beneficiários. Mas até a publicação desta matéria, não houve uma resposta.

Poder 360

Foto: MDAS/divulgação

Após cancelar o benefício de 1,8 milhão de famílias do Bolsa Família, de janeiro a maio de 2023, segundo informações do  Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome via LAI (Lei de Acesso à Informação), obtivas pelo site Poder 360, o Governo Lula definiu novos documentos para entrar com o pedido ou para atualizar o cadastro do Bolsa Família.

A partir de agora, passam a ser obrigatórios um documento com foto do responsável pela unidade familiar e um comprovante ou declaração de residência, que deverão ser apresentados junto com os documentos de identificação de todos os componentes familiares.

VEJA MAIS: Governo Lula retira 1,8 milhão de beneficiários do Bolsa Família em 2023

Outro ajuste foi no procedimento de cadastramento ou atualização cadastral de famílias unipessoais. Além de apresentar os documentos obrigatórios, comuns a todos os tipos de composição familiar, elas terão que assinar um termo de responsabilidade, comprometendo-se com a veracidade das informações prestadas ao Cadastro Único. O documento de identificação com foto pode ser o mesmo que tem o número do CPF ou do título de eleitor ou um documento adicional, caso os dois primeiros não tenham foto.

Quanto ao comprovante de endereço, ele pode ser uma conta de luz, água ou celular, por exemplo. Caso a família realmente não tenha um comprovante, o responsável familiar poderá assinar uma declaração de residência.
Veja a lista de documentos obrigatórios

Famílias com responsável familiar (RF)

• Do responsável familiar​:

· CPF, de preferência, ou​ título de eleitor; ​
· documento de identificação com foto; e  ​
· comprovante de endereço ou, na falta deste, declaração de residência assinada pelo RF.

• Dos demais componentes da família, um dos seguintes documentos:

· CPF, de preferência, ou título de eleitor; ​
· certidão da nascimento ou casamento;
· carteira de Identidade ou carteira de trabalho.    ​

Famílias com responsável legal

• Do responsável legal:

· CPF; e​
· documento comprobatório da representação legal;.

• ​Da pessoa representada:​

· CPF, de preferência, ou título de eleitor;
· documento de identificação com foto; e
· comprovante de endereço ou, na falta deste, declaração de residência assinada pelo RF.

• Dos demais componentes da família, um dos seguintes documentos:

· CPF, de preferência, ou título de eleitor;
· certidão da nascimento ou casamento; e
· carteira de Identidade ou carteira de trabalho.

R7

 

Foto: FDR

A Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC), cancelou 22.240 benefícios do Bolsa Família  – antigo Auxílio Brasil – no RN em 2023, de acordo com Relatório de Avaliação da CGU  de março deste ano. O número representa cerca de 4,44% dos beneficiários no Estado, dos  cerca de 500,3 mil totais, levando como base a quantidade de famílias usuárias divulgada pelo Governo Federal em setembro de 2022. Os cancelamentos correspondem a 19,7 mil famílias cuja renda era superior ao exigido para obtenção do benefício e 2,5 mil por desatualização cadastral superior a dois anos.

Ainda segundo relatório, a atuação da pasta aplicou, desde 24 de fevereiro, o cancelamento de benefícios de cerca de 1,4 milhão de famílias em todo o Brasil, “cuja renda per capita mensal familiar apresentava fortes indícios de estar acima do limite de renda estabelecido para manutenção da condição de recebimento do benefício do PAB”, informa o relatório. A previsão é que mais benefícios continuem sendo bloqueados nos próximos dias.

Em Natal, o CadÚnico, localizado na Ribeira, está sempre cheio. Nos últimos meses, de acordo com funcionários, a maioria das pessoas que procura o local é devido a bloqueios nos benefícios. É o caso de Luzinete, que teve o benefício bloqueado há dois meses. Ela estava com a vizinha, Joana D’arc, 48, que a acompanha para resolver questões burocráticas. Segundo a acompanhante, faz cerca de seis meses que o cadastro foi atualizado, portanto, o bloqueio é indevido.

A metodologia de averiguação consiste  na comparação de dados do CadÚnico com registros das bases administrativas do Governo Federal; identificação de público com inconsistência não aceitável; publicização das listagens e orientações operacionais aos estados e municípios brasileiros; convocação das famílias para atualização cadastral; e repercussão na gestão de benefícios. A revisão cadastral trata de famílias com informações cadastrais desatualizadas, assim como a averiguação tem como procedimento a convocação das famílias, a exigência da atualização cadastral e, se for o caso, o cancelamento do benefício.

Segundo resposta da Senarc, existe previsão de “fortalecimento” do processo de revisão e averiguação cadastral com aporte de R$ 200 milhões para os municípios que retornarem as atividades de atualização cadastral. Esse processo de averiguação começou, principalmente, para identificação de rendimentos acima das regras do Programa Bolsa Família, reinstituído em 2 de março de 2021, pela Medida Provisória nº 1.164,  informa o relatório da Controladoria.

Tribuna do Norte

O novo Bolsa Família proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve injetar R$ 18 bilhões a mais na economia que a versão anterior do programa social do Executivo, o Auxílio Brasil, lançado na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O valor mínimo pago às famílias beneficiárias continua em R$ 600, mas o auxílio por crianças de até 6 anos elevou o custo total em cerca de R$ 18 bilhões.

A nova versão da política de transferência de renda tem orçamento de R$ 176 bilhões previsto em 2023. Sem o pagamento do benefício para as crianças, seria de R$ 158 bilhões, o que asseguraria só o valor mínimo prometido tanto por Bolsonaro quanto Lula.

A linha de pobreza –referência do nível de renda da população considerada mais pobre– também mudou e foi reajustada para R$ 218. A alta foi de 3,81% em relação aos R$ 210 estabelecidos na criação do Auxílio Brasil no fim de 2021. O reajuste, no entanto, ainda é menor que a inflação acumulada no período de 7,12%.

PEC FURA-TETO

As mudanças do novo Bolsa Família só foram possíveis com a aprovação da PEC fura-teto, em dezembro de 2022. O texto autorizou Lula a extrapolar a regra fiscal em cerca de R$ 170 bilhões para cumprir promessas de campanha. Do total, R$ 70 bilhões foram direcionados para o pagamento do então chamado Auxílio Brasil.

A complementação foi necessária em parte porque o Orçamento de 2023 enviado pelo governo Bolsonaro reservava cerca de R$ 106 bilhões e estipulava o valor do Auxílio Brasil em R$ 405, apesar de a continuidade do valor mínimo de R$ 600 ter sido uma promessa de campanha do então presidente e de Lula. Leia como foi o cálculo da reserva dos recursos para o programa de assistência social:

  • R$ 106 bilhões originais já no Orçamento feito por Bolsonaro para R$ 405;
  • R$ 52 bilhões extras para bancar o extra de R$ 195;
  • R$ 18 bilhões extras para custear adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos.

À época, o governo de transição queria a vigência do furo no teto por pelo menos 2 anos, mas teve resistência no Congresso. Para a proposta passar, a equipe de Lula e líderes da Câmara costuraram acordo para reduzir o prazo de 2 anos para 1 ano.

Poder360

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, informou nesta sexta-feira, 3, que foram excluídas do Bolsa Família neste início de março 1,4 milhão de famílias que vinham recebendo o benefício sem ter direito a ele. O programa de transferência de renda é destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social e seu redesenho pelo governo Lula definiu que terão acesso aos recursos famílias com renda per capita de até 218 reais mensais. Entre as irregularidades encontradas, segundo o ministério, há 393.000 famílias registradas como unipessoais. Este vinha sendo um dos principais problemas do Cadastro Único, que orienta a distribuição do dinheiro do programa social. Nestes casos, pessoas de uma mesma família, mas que se declarassem como famílias unipessoais, vinham pedindo e conseguindo receber individualmente os 600 reais pagos pelo Auxílio Brasil, marca substituída pelo retorno do Bolsa Família.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou nesta sexta-feira (24) que 1,55 milhão de beneficiários do Bolsa Família serão excluídos do programa em março.

Em entrevista à GloboNews, Wellington Dias disse que o governo identificou que essas pessoas estavam recebendo o benefício de forma irregular. “Nossa expectativa é que, ao final da triagem, cerca de 2,5 milhões de benefícios serão cancelados. Hoje, temos 21,9 milhões de famílias recebendo. Nosso objetivo não é excluir, é tirar quem não precisa e incluir quem necessita do benefício”, afirmou Dias.

Além disso, o ministro declarou que cerca de 2.265 famílias decidiram sair voluntariamente, por meio de um aplicativo disponibilizado pelo governo federal. “Nós abrimos a possibilidade de as pessoas que não se encaixavam se apresentarem voluntariamente e saírem do programa. Isso aconteceu com essas famílias”, afirmou.

G1

O governo vai chamar a partir de março 5 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família para comparecer presencialmente às unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos municípios para a revisão do cadastro. Esse grupo é formado por famílias com apenas uma pessoa, os chamados beneficiários unipessoais. A expectativa é de que cerca de 1,7 milhão (35%) desses beneficiários esteja recebendo o auxílio de R$ 600 fora das regras de acesso ao programa social, por meio de indicativo errado de composição familiar – ou seja, de forma irregular. O grupo de unipessoais cresceu de forma explosiva nos últimos anos, após o governo Bolsonaro mudar o desenho do programa e fixar um piso inicial de R$ 400, valor que subiu mais tarde para R$ 600. O resultado foi um movimento de divisão “artificial” das famílias e de distorção dos dados do Cadastro Único (CadÚnico), que funciona como um portal de acesso da população de baixa renda aos programas sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, hoje, que os pais vacinem os filhos e disse que o programa Bolsa Família voltará a exigir a vacinação de crianças para a manutenção do benefício. Lula deu a declaração durante a inauguração das unidades de oftalmologia e diagnóstico do Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, na cidade do Rio de Janeiro.

Ele estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva; da ministra Nísia Trindade, da Saúde; do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; e do governador do estado, Cláudio Castro (PL).

“O Bolsa Família está voltando e volta com uma coisa importante, volta com condicionantes. Quais são? Primeiro, as crianças de até 6 anos de idade vão receber R$ 150 reais a mais. Segundo, as crianças têm que estar na escola. Se não estiverem na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro, as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiverem atestado de vacina, a mãe perde o benefício”, afirmou Lula.

Uma quarta condição, segundo o presidente, é que a mulher beneficiária, se estiver grávida, “tem que fazer todos os exames que a medicina exige para que ela possa ter uma criança que nasça robusta, forte e bonita como eu”, completou.

Durante o discurso, Lula também criticou a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid. Para Lula, o governo anterior foi responsável por “350 mil, 400 mil mortes”.

“Agora vai começar a campanha do Zé Gotinha. A gente não pode vacilar, não pode brincar. É uma questão da ciência. Eu, se tiver dez vacinas da Covid, cinquenta, para tomar, eu tomo quantas forem necessárias, porque eu gosto da minha vida. Eu acho que cada um tem que gostar da vida dos seus filhos, levar as crianças [para vacinar] na idade certa”, alertou presidente.

Os cortes no Bolsa Família já fazem parte da realidade do Governo Lula (PT). Pelo menos é o que afirma a Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) em entrevista que deu ao Estado de São Paulo.

Contudo, segundo a ministra, o motivo é apenas fazer um pente-fino no programa, de modo a garantir maior eficiência e transparência na distribuição do recurso.

Depois da apuração feita pela equipe de transição, onde se detectou que militares, influenciadores e até pessoas mortas receberam o Auxílio Emergencial, a iniciativa é garantir que não haja fraude no pagamento do programa social. Veja como irá acontecer os cortes no Bolsa Família.

Para Simone, tornou-se necessário realizar cortes no Bolsa Família já que diversas famílias unipessoais recebiam o benefício sem terem direito. Ou seja, ao se pagar para quem não precisa, alguém que deveria estar no programa fica sem participar.

Ademais, a ministra declarou, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que “a decisão de mérito, específica, é dos ministérios fins.O CadÚnico é a alma de todos os programas sociais. Ele tem de ser remodelado”.

Além dos cortes no Bolsa Família a partir de uma nova configuração no CadÚnico, o programa Minha Casa Minha Vida deve também receber uma medida similar.

Cortes no Bolsa Família acontecerão de forma gradual

Para Simone, não adianta fazer cortes no Bolsa Família de uma vez só. Isso porque, segundo ela, caso haja suspensão de todos que há suspeita de fraude, os cidadãos correrão para a fila da assistência social. Por isso, os bloqueios se iniciarão de forma escalonada, para a conferência de caso a caso.

Outra ação que deve acontecer para buscar maior transparência no pagamento do benefício é a criação de um sistema de saída voluntária. Em outras palavras, o governo dará um prazo para aqueles que entraram no programa de forma irregular peçam o cancelamento de forma espontânea. De acordo com os últimos dados do Ministério da Cidadania, cerca de 21 milhões de brasileiros estão aptos a receber o Bolsa Família.

17
jan

Acontece

Postado às 22:06 Hs

LULA ANUNCIA INÍCIO DO PAGAMENTO DO BOLSA FAMÍLIA PARA ESTA QUARTA

Os pagamentos do novo programa de transferência de renda, o Bolsa Família, no valor de R$ 600, começam nesta quarta-feira (18/1). O anúncio foi feito pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas redes sociais.

Os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) de final 1 serão os primeiros a receber o valor. O cronograma segue até 31 de janeiro, para os contemplados com NIS final zero.

Os cartões do Auxílio Brasil seguem válidos para saques e movimentos, com um pagamento mínimo de R$ 600 a cada família. O valor foi garantido a partir da aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que garantiu R$ 145 bilhões para manter pagamento.

Veja o calendário:

O governo trabalha agora para viabilizar o novo Bolsa Família, que incluirá o pagamento de R$ 150 a mais por criança de 0 a 6 anos de idade em cada família. O ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, ainda destacou que o valor adicional de R$ 150 será incluído no Bolsa Família a partir de março.

“A perspectiva é, a partir de agora, ter a família como centro das políticas que têm como âncora o Novo Bolsa Família, a transferência de renda. Uma das preocupações é com a criança nessa fase de formação. A previsão é que a gente possa já em fevereiro trabalhar as condições de atualizar o Cadastro Único para que, a partir de março, o pagamento já seja acrescido dos R$ 150 por criança de zero a seis anos”, afirmou Dias.

Em parceria com estados e municípios, a pasta realiza uma atualização do Cadastro Único de programas sociais e um trabalho de busca ativa por beneficiários que ainda não estão na lista.

Segundo dados do governo, em janeiro de 2023, o programa de transferência de renda chega a 21,9 milhões de famílias, a partir de um investimento de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família é de R$ 614,21. O programa está presente nos 5.570 municípios do país.

Metrópoles

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou um ofício ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) pedindo que o governo federal suspenda o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, que voltou a ser chamado de Bolsa Família pelo atual governo, e revise os contratos existentes.

Endereçado ao ministro Flávio Dino e ao secretário da Senacon Wadih Damous, o documento defende que a aprovação do empréstimo com desconto em folha do benefício de R$ 600 foi uma “medida equivocada” que “vulnerabilizou ainda mais famílias em extrema pobreza”.

A entidade calcula que, desde o início da operação de crédito, em outubro passado, R$ 9,5 bilhões foram concedidos em empréstimos para 3,5 milhões de famílias beneficiárias, com a Caixa Econômica Federal sendo responsável por R$ 4 a cada R$ 5 emprestados, totalizando R$ 7,64 bilhões. O banco público foi o único entre os maiores do país a se habilitar para a modalidade, mas outras 11 instituições financeiras estão credenciadas.

O Idec também lembrou no ofício que irregularidades foram identificadas no processo de cadastramento das famílias e na concessão de crédito, como “benefícios pagos em duplicidade, erros no processo de exclusão de famílias do Programa, deturpação dos dados cadastrados prejudiciais aos programas desenvolvidos por Estados e Municípios e mais de 3,2 milhões de cadastros sem averiguação”.

A entidade propõe que as operações de concessão de novos empréstimos sejam suspensas em caráter imediato, e que a Caixa integre as carteiras de crédito operadas pelos bancos privados, ou seja, assuma os valores dos empréstimos, excluídos os juros.

 Extra

Em seu primeiro ato como novo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, há pouco, no Palácio do Planalto uma série de medidas provisórias (MPs), decretos e despachos.

Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no “Diário Oficial da União”. Precisam, contudo, ser aprovadas pelo Congresso Nacional para se tornar leis em definitivo. Decretos e despachos têm validade imediata. As informações são do portal G1.

A assinatura aconteceu no Palácio do Planalto. Lula assinou as seguintes MPs:

  • organização da Presidência da República e dos ministérios;
  • pagamento de R$ 600 para as famílias mais pobres;
  • prorrogação da desoneração sobre os combustíveis.

Lula também assinou:

  • decreto que muda a política de controle de armas;
  • decreto que restabelece combate ao desmatamento;
  • decreto que restabelece o Fundo Amazônia;
  • revogação de decreto que permitia garimpo em áreas indígenas e de proteção ambiental;
  • decreto que garante inclusão à educação;
  • decreto que muda as regras para inclusão da sociedade na definição de políticas públicas;
  • despacho que determina à CGU reavaliar no prazo de 30 dias as decisões que impuseram sigilo sobre informações e documentos da administração pública;
  • despacho que determina aos ministros o encaminhamento de propostas que retirem do processo de privatização empresas como Petrobras, Correios e EBC;
  • despacho que determina à Secretaria-Geral elaboração de proposta de recriação do programa Pró-catadores;
  • despacho que determina ao Ministério do Meio Ambiente a proposta de nova regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Combustíveis

No caso dos combustíveis, os impostos federais foram zerados até o fim de 2022, pelo governo Bolsonaro e pelo Congresso, em meio à escalada dos preços motivada, entre outros fatores, pela guerra da Ucrânia.

As decisões foram tomadas no início do período eleitoral, quando Bolsonaro se lançava candidato à reeleição. Para que a desoneração continuasse em 2023, era necessária a edição de uma medida provisória.

Os aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado conseguiram na manhã desta terça-feira (29) reunir 29 assinaturas para dar início à análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição que, entre outros pontos, viabiliza o pagamento de R$ 600 de Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) a partir de janeiro.

Para uma PEC começar a tramitar no Senado, são necessárias as assinaturas de pelo menos um terço da composição da Casa, ou seja, de 27 dos 81 senadores. A análise da proposta começará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Depois, terá de passar pelo plenário principal da Casa, onde, para ser aprovada, terá de receber o apoio de pelo menos 49 senadores em dois turnos de votação. Depois disso, seguirá para a Câmara.

Só depois de concluída a análise pelas duas Casas do Congresso Nacional, o texto vai à promulgação e entra em vigor. Aliados de Lula no Senado defendem a votação da PEC pela CCJ ainda nesta semana. O governo eleito corre contra o tempo nas negociações porque quer que as regras previstas no texto sejam incluídas no Orçamento de 2023 – que, se não houver atrasos, deve ser votado até o dia 16 de dezembro.

Assinaturas

Veja abaixo a lista dos senadores que assinaram a PEC da Transição:

Marcelo Castro (MDB-PI)

Alexandre Silveira (PSD-MG)

Jean Paul Prates (PT-RN)

Dário Berger (PSB-SC)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Zenaide Maia (PROS-RN)

Paulo Paim (PT-RS)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Flávio Arns (Podemos-PR)

Telmário Mota (PROS-RR)

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Humberto Costa (PT-PE)

Eliziane Gama (Cidadania-MA)

Carlos Fávaro (PSD-MT)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

Paulo Rocha (PT-PA)

Jader Barbalho (MDB-PA)

Jaques Wagner (PT-BA)

Acir Gurgacz (PDT-RO)

Mailza Gomes (PP-AC)

Otto Alencar (PSD-BA)

Leila Barros (PDT-DF)

Omar Aziz (PSD-AM)

Nilda Gondim (MDB-PB)

Simone Tebet (MDB-MS)

Confúcio Moura (MDB-RO)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Rose de Freitas (MDB-ES)

Eduardo Braga (MDB-AM)

G1

Foto: Reprodução

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou ao Senado no início da noite desta quarta-feira (16) a minuta do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

A PEC deverá apontar as mudanças no Orçamento Federal para viabilizar as promessas de campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) de R$ 600 e o aumento do salário mínimo acima da inflação. O relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou em entrevista coletiva que o texto tem “R$ 175 bilhões fora do teto e sem prazo definido”.

CNN Brasil

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