Valdo Cruz / g1 Brasília

Aliados do presidente Jair Bolsonaro classificaram de um “erro”, que pode ser “fatal”, a decisão dele de ter como candidato a vice na campanha da reeleição o general , ex-ministro da Defesa e atualmente assessor especial da Presidência da República.

Líderes do Centrão estavam tentando convencer Bolsonaro a escolher a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina como a companheira de chapa.

EM ENTREVISTA – Segundo um líder do Centrão, a decisão de Bolsonaro, que ele oficializou no domingo (26) durante entrevista para um canal na internet, o 4 por 4, já era esperada nos últimos dias, depois que o presidente chegou a admitir uma mudança no nome de seu vice, admitindo a hipótese de trocar Braga Netto por Tereza Cristina, mas não fez nenhum movimento para conversar com a ex-ministra da Agricultura sobre o tema.

A equipe do comitê de reeleição avaliava, com base em pesquisas, que a escolha de uma mulher, com excelente trânsito no agronegócio, ajudaria o presidente Jair Bolsonaro a voltar a crescer nos levantamentos de intenção de voto. E também contribuiria para reduzir a rejeição do público feminino à candidatura do presidente da República à reeleição.

Agora, destacam aliados de Bolsonaro, se a economia não melhorar neste segundo semestre, dificilmente o presidente vai voltar a crescer nas pesquisas, ficando estacionado na casa dos 30%.

PERDE A ELEIÇÃO – Bolsonaro pode, de acordo com sua equipe, passar para o segundo turno, mas nesse cenário, com um vice- general e a economia ruim, não ganha na etapa decisiva da eleição.

Bolsonaro disse que vai anunciar nos próximos dias o nome de Braga Netto como seu candidato a vice. O presidente sempre teve uma preferência pelo ex-ministro da Defesa como uma espécie de seguro contra um eventual processo de impeachment num segundo mandato.

O presidente teme que o Centrão, com um vice ligado ao grupo, possa repetir com ele o mesmo que o MDB fez com a ex-presidente Dilma Rousseff. Com o apoio de emedebistas, o Congresso abriu e aprovou o impeachment da petista, assumindo o seu então vice Michel Temer.

13
fev

Dança das cadeiras ministeriais

Postado às 17:21 Hs

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta quinta-feira (13) em uma rede social que o general Walter Souza Braga Netto assumirá a Casa Civil. Informou também que o atual responsável pela pasta, Onyx Lorenzoni, passará a chefiar o Ministério da Cidadania.

Foto: Reprodução/GloboNews

Segundo o presidente, o atual ministro da Cidadania, Osmar Terra, deputado licenciado, retomará o mandato na Câmara.

Com o anúncio desta quinta, já são três mudanças no primeiro escalão do governo desde a semana passada. No último dia 6, o presidente nomeou o ex-deputado Rogério Marinho como novo ministro do Desenvolvimento Regional, no lugar de Gustavo Canuto.

A Casa Civil responde pela coordenação do andamento das ações entre os ministérios, em uma espécie de centro de governo. A pasta também possui uma secretaria que trata dos passos para entrada do Brasil na OCDE.

O Ministério da Cidadania é responsável pela área social do governo. A pasta gere os programas Bolsa Família, Criança Feliz e Progredir, por exemplo. Além disso, é responsável pela Secretaria Especial de Esporte, que substituiu o extinto Ministério do Esporte.

Novo ministro da Cidadania

Deputado federal licenciado do mandato, Onyx participou da campanha eleitoral de 2018 ao lado de Bolsonaro e, após o resultado, coordenou a equipe de transição. Na Casa Civil, contudo, deixou de ser o responsável pela articulação política e também deixou de comandar o programa de concessões do governo federal.

Saída de Osmar Terra

Também deputado federal licenciado, Osmar Terra deverá retomar o mandato na Câmara. Terra comandou o Ministério do Desenvolvimento Social no governo de Michel Temer e, por sugestão de Onyx, foi convidado por Bolsonaro a assumir o Ministério da Cidadania a partir de 2019.

A pasta até então comandada por Osmar Terra unificou os ministérios do Desenvolvimento Social, do Esporte e da Cultura. O desgaste de Terra na pasta teve início no ano passado, quando Bolsonaro decidiu transferir a Secretaria Especial da Cultura para o Ministério do Turismo em meio à uma crise na pasta (relembre a polêmica).

Bastidores das negociações

Bolsonaro convidou Braga Netto para a Casa Civil ainda em janeiro. Responsável pela intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, em 2018, o general ainda está na ativa e atualmente chefia o Estado Maior do Exército.

Antes disso, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também chegou a ser sondado para o cargo, mas não aceitou. Também foi discutida a possibilidade de o governo unificar a Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência, deixando o ministro Luiz Eduardo Ramos à frente da nova pasta.

Fonte G1

abr 25
quinta-feira
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