No momento em que o desenvolvimento sustentável leva cientistas, governantes e ambientalistas ao Rio de Janeiro, para a Rio+20, as duas maiores cidades brasileiras começam a experimentar a tecnologia que, em breve, poderá ser o padrão nos automóveis urbanos. Em São Paulo, começaram a circular este mês os dois primeiros táxis elétricos do país. E, no Rio, durante a conferência da ONU, estarão em operação 15 veículos elétricos da Nissan e da Renault, uma ação promocional que se soma aos muitos exemplos sustentáveis em exibição nesse período. A reportagem do site de VEJA experimentou, ao longo de um dia no trânsito da cidade, como é a vida sem gasolina, a bordo do Nissan Leaf – o primeiro veículo 100% elétrico comercializado em larga escala no planeta.

A primeira surpresa vem com o motor ainda desligado. O “carro elétrico” em nada se parece com um brinquedo, não é um arremedo de automóvel. O Leaf tem porte, aparência, espaço e conforto condizentes com os sedãs e hatchbacks vendidos no mercado. Elimina-se aqui, para os viciados em gasolina, o medo de ser confundido na rua com alguém em um carrinho de golfe.

O espanto continua com o motor ligado – o que se percebe, essencialmente, pela luz que indica que o acelerador, a partir de agora, faz o Leaf se deslocar. Não há barulho. Antes de ganhar a rua, um engenheiro avisa: “O motor elétrico não ter curva de aceleração. Cem por cento da potência estão disponíveis desde o primeiro momento”. Para leigos, significa que o acelerador responde rápido – mais rápido que um automóvel a gasolina “econômico”. “Nós o comparamos a um automóvel com motor 2.4”, afirma Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan no Brasil.(Veja)