Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria na tarde desta 6ª feira (25.ago.2023) para que o Congresso Nacional revise o número de deputados de cada Estado, de forma que a distribuição de assentos seja proporcional à população de cada unidade federativa registrada no Censo 2022.

Atualmente, cada Estado e o DF (Distrito Federal) têm no mínimo 8 e no máximo 70 representantes na Câmara dos Deputados, a depender do número de habitantes. Contudo, há Estados que contestam a atual distribuição e afirmam que o número de representantes não está em conformidade com dados recentes de população.

A bancada do RN possui atualmente a quantidade mínima de 8 parlamentares e não sofreria alteração.

COMO FICARIA CADA BANCADA?

O número de cadeiras de cada Estado não é alterado desde 1993, ano da última edição das vagas na Câmara. Desde então, não foram levados em conta os dados divulgados pelos Censos de 2000 nem de 2010.

Projeção do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) mostra que as novas estimativas populacionais alterariam a composição de 14 Estados na Câmara: 7 ganhariam cadeiras e outros 7 perderiam.

Ganhariam cadeiras

  • Santa Catarina: +4;
  • Pará: +4;
  • Amazonas: +2;
  • Ceará: +1;
  • Goiás: +1;
  • Mato Grosso: +1;
  • Minas Gerais: +1.

Perderiam cadeiras

  • Rio de Janeiro: -4;
  • Bahia: -2;
  • Paraíba: -2;
  • Piauí: -2;
  • Rio Grande do Sul: -2;
  • Alagoas: -1;
  • Pernambuco: -1.

A ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 38 foi protocolada pelo Governo do Pará, que contesta a falta de atualização da Lei Complementar 78/1993, última vez em que a proporção de cadeiras foi atualizada na Câmara. Conforme a ação, se atualizada a norma eleitoral conforme o último Censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado teria direito a mais 4 cadeiras, passando das atuais 17 para 21.

Poder 360

 

 

 

Mesmo sem territórios oficiais, o Rio Grande do Norte conta com uma população de mais de 11 mil indígenas, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No estado, nove municípios concentram 80% das pessoas que se declararam indígenas aos recenseadores, no ano passado. Os dados do estudo relacionados à população indígena brasileira foram divulgados nesta segunda-feira (7) pelo órgão.

Segundo o IBGE, foram contadas 11.725 pessoas indígenas distribuídas em 5.539 domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena.

Esse número de moradores indígenas no estado representa 0,36% da população residente no Rio Grande do Norte. Com isso, o estado ficou na 17ª posição entre as unidades federativas com maior proporção de pessoas indígenas na população.

Crescimento

Em 2010, o IBGE havia contado 2.597 pessoas indígenas no RN, o que correspondia a 0,08% da população residente no estado. Com isso, a população autodeclarada indígena mais que dobrou em 12 anos, com variação positiva de aproximadamente 350%.

No entanto, o órgão considerou que a comparação com o dado de população indígena de 2010 precisa de alguns cuidados metodológicos e a variação de população entre os censos não pode ser explicada exclusivamente pelo crescimento demográfico.

João Câmara

A distribuição da população indígena pelo Rio Grande do Norte, que em 2010 se espalhava por 99 municípios, em 2022 apontou para 121 municípios potiguares com residentes indígenas. Nove deles concentraram 80% de toda população indígena residente no estado da data de referência do Censo 2022. São eles:

  • João Câmara (20,6%),
  • Natal (15,3%),
  • Macaíba (10,1%),
  • Ceará-Mirim (9,1%),
  • Canguaretama (6,3%),
  • Apodi (6,2%),
  • Baía Formosa (4,8 %),
  • Goianinha (4,4%)
  • São Gonçalo do Amarante (3,5%).

Em valores absolutos, João Câmara é o município com a maior quantidade de população indígena do estado (2.421 pessoas indígenas), o que corresponde a 7,27% da sua população indígena recenseada.

Natal é o município que apresenta o segundo quantitativo mais elevado de população autodeclarada indígena, concentrando 1.798 pessoas, seguido de Macaíba com 1.179 pessoas e de Ceará-Mirim com 1064 pessoas.

Embora não apareçam nas maiores posições no ranking de quantitativos absolutos de população indígena, os municípios de Baía Formosa, Jardim de Angicos e Canguaretama se destacaram como municípios com os maiores percentuais de pessoas indígenas no total de sua população residente, com 6,32%, 4,19% e 2,49% respectivamente, logo após de João Câmara (7,27%).

Dados do Censo Demográfico 2022, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Brasil ultrapassou a marca de 200 milhões de habitantes. Entretanto, a taxa de crescimento anual é a menor desde 1872, quando foram iniciados os registros.

A taxa ficou em 0,52% ao ano, permanecendo abaixo de 1% pela primeira vez. Além disso, está em queda desde a década de 1960, quando era de 2,99% ao ano –e também foi a maior da história.

Especialistas ouvidos pela CNN avaliaram os impactos e ponderaram os motivos para a diminuição no ritmo de crescimento da população brasileira, destacando os desafios que o movimento traz para a administração pública.

O professor Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, destacou que outras edições do Censo apontavam a diminuição da taxa geométrica de crescimento da população, mas o que surpreendeu neste levantamento foi a queda acentuada no percentual.

Consequências

Ele avalia que o problema desse cenário de redução da população, especialmente a jovem, é um possível comprometimento da capacidade produtiva do país, com impactos inclusive no âmbito das contas públicas.

Mariano pondera que a transição demográfica nos países ricos foi muito mais lenta do que a observada no Brasil. Além disso, que o país não conseguiu avançar no que se refere ao desenvolvimento econômico e, especialmente, em relação à diminuição das desigualdades sociais.

CNN Brasil

 Vista aérea de Natal — Foto: Secom/Natal

Os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (28) apontam que, em números absolutos, 88 municípios potiguares registraram aumento da população entre 2010 e 2022, enquanto outros 79 tiveram queda do número de moradores, ao longo dos 12 anos.

Levantamento feito pelo g1 mostra quais foram as cidades potiguares que mais cresceram e mais diminuíram neste período, com base na taxa percentual identificada pelo IBGE.

Extremoz, na região metropolitana de Natal, foi destaque nacional, ao registrar aumento de 150% na sua população, o terceiro maior do país. A cidade mais que dobrou o tamanho, passando de 24.569 habitantes para 61.571 moradores e lidera o ranking de cidades que mais cresceram no Rio Grande do Norte, seguida por Tibau do Sul (48,7%) e Tibau (45,97%).

Das 10 cidades que mais cresceram (veja a tabela abaixo), seis ficam localizadas na região metropolitana de Natal. É o caso de Extremoz, Nísia Floresta, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, São José de Mipibu e Goianinha.

Cidades do RN que mais cresceram entre 2010 e 2022

Município População em 2022 População em 2010 Diferença Taxa de crescimento
Extremoz 61.571 24.569 37.002 150,60%
Tibau do Sul 16.929 11.385 5.544 48,70%
Tibau 5.382 3.687 1.695 45,97%
Nísia Floresta 31.942 23.784 8.158 34,30%
São Gonçalo do Amarante 115.838 87.962 27.876 31,69%
Serra do Mel 13.091 10.287 2.804 27,26%
Parnamirim 252.716 202.456 50.260 24,83%
Guamaré 15.295 12.404 2.891 23,31%
São José de Mipibu 47.286 39.698 7.588 19,11%
Goianinha 26.741 22.481 4.260 18,95%

Fonte: Censo do IBGE

Enquanto o Rio Grande do Norte registrou alta de 4%, na população, 79 cidades tiveram queda no número de moradores.

Caso de Natal. Embora tenha perdido mais de 50 mil moradores ao longo dos 12 anos – um número maior que a população da 10ª maior cidade potiguar – a capital não entrou na lista dos municípios com maior perda populacional, visto que a queda percentual foi de 6%.

Por outro lado, Venha-Ver, que lidera o ranking de perdas, registrou uma redução de 21% de sua população no período, ao registrar um número de 3.014 moradores em 2022. Em 2010, eram 3.821, ou 807 a mais. Em João Dias, a redução populacional foi de 20%. Ambas as cidades estão entre as menos populosas do estado.

Das 10 cidades potiguares que mais perderam moradores em 12 anos, seis ficam na região Oeste, no extremo oposto à região da capital potiguar. Caso de Venha-ver, João Dias, Riacho da Cruz, Pilões, Coronel João Pessoa e Janduís.

Cidades com maior redução populacional em 12 anos no RN

Município População em 2022 População em 2010 Diferença Queda populacional
Venha-Ver 3.014 3.821 -807 -21,12%
João Dias 2.076 2.601 -525 -20,18%
Riacho da Cruz 2.701 3.165 -464 -14,66%
Pilões 2.965 3.453 -488 -14,13%
Pedro Avelino 6.242 7.171 -929 -12,95%
Coronel João Pessoa 4.237 4.772 -535 -11,21%
Janduís 4.746 5.345 -599 -11,21%
Poço Branco 12.390 13.949 -1.559 -11,18%
Ruy Barbosa 3.206 3.595 -389 -10,82%
São José do Campestre 11.121 12.356 -1.235 -10,00%

Fonte: Censo 2022 do IBGE

G1/RN

 

Durante a 3ª Reunião de Planejamento e Acompanhamento do Censo 2022 (Repac 2022), realizada na Câmara Municipal de Mossoró, na manhã desta segunda-feira (3) o IBGE divulgou dados preliminares sobre a população de Mossoró.

De acordo com Hidelbrando Reis, que é técnico em informações geográficas e estatísticas do IBGE/Mossoró, o número poderá sofrer alterações, mas até agora a população de Mossoró, de acordo com o censo, é de 264.181 habitantes.

Hidelbrando explica que o número pode sofrer alterações, pois ainda precisa ser revisado, mas que não deve ser muito diferente do que já foi apurado. “Enviamos os dados coletados para o TCU. E vamos fazer uma revisão detalhada dos dados colhidos. Por isso o número atual que mostramos aqui é provisório. A previsão da divulgação final é abril deste ano, ainda sem data exata definida”, explicou.

Divergências

Questionado quanto à diminuição da população de Mossoró, que em relatório de 2019 registrava população estimada em 303.792 pessoas, Hidelbrando explicou que essa divergência se deve, pois os dados foram feitos através de um cálculo utilizando-se os Censos de 2000 e 2010.

“O número anterior era uma estimativa calculada levando em conta os Censos anteriores. Este novo dado é o resultado da pesquisa dos recenseadores, que fizeram visitas nas residências, entrevistaram a população, foram de casa em casa”, afirmou.

Hidelbrando explicou ainda que Mossoró não diminuiu. “Quando nós comparamos Mossoró com o censo anterior, Mossoró não diminuiu, houve um acréscimo. O Censo passado deu 259 mil, agora está 264 mil, houve um acréscimo, a questão é que o acréscimo foi menor do que o esperado, quando comparado à estimativa calculada. A estimativa é calculada todos os anos, feita através de cálculo matemático que se baseia nos dois últimos Censos”.

Casas fechadas

Sobre a situação de casas fechadas e pessoas que se recusaram a responder o Censo 2022, Hidelbrando explicou que a situação não causa impacto significativo nos números colhidos, quando se leva em conta dados quantitativos, pois há como fazer uma estimativa.

“O prejuízo, no caso de pessoas que se recusaram a responder, é mais qualitativo. Por exemplo, no Censo de 2022 perguntamos sobre pessoas com autismo. Quando as famílias se recusam a responder, perdemos este número específico. Mas o impacto em relação ao número populacional não é tão grande”.

Hidelbrando explicou ainda que cerca de três mil casas estavam fechadas durante visita dos recenseadores.

Impactos na Câmara

O registro da diminuição da população pode impactar no número de vereadores da Câmara Municipal de Mossoró. Pela previsão na Constituição Federal, municípios que tenham acima de 160 mil habitantes até 300 mil habitantes podem ter até 21 vereadores. E municípios com mais de 300 mil habitantes podem ter até 23 vereadores. Atualmente, a Câmara Municipal de Mossoró possui 23 cadeiras parlamentares, já que em dados divulgados anteriormente, o número de pessoas em Mossoró ultrapassava os 300 mil.

Sobre a possível diminuição no número de vereadores, o presidente da Câmara, vereador Lawrence Amorim explicou que é algo determinado pela Constituição Federal e deverá ser analisado quando os dados oficiais do Censo 2022 forem divulgados.

“A Constituição diz que se tiver menos de 300 mil habitantes o município pode perder as cadeiras. Se esses dados se concretizarem, após a revisão que será realizada pelo próprio IBGE, pode ser que diminua a quantidade de cadeiras”, explicou, lembrando que os dados apresentados são ainda preliminares. Além do número de vereadores, há outros impactos, como a diminuição dos recursos enviados para Mossoró pelo Governo Federal. Para o vereador Lamarque Oliveira, isto causa certo receio. “A partir do momento que o IBGE aponta essa diminuição da população, Mossoró receberá menos recursos”, afirmou.

Durante a reunião, estiveram presentes os vereadores Lamarque Oliveira (PSC), Lawrence Amorim (SD), Omar Nogueira (Patriota), Lucas das Malhas (MDB), Wíginis do Gás (Pode), Marckuty da Maisa (SD), Genilson Alves (Pros), além de assessores dos vereadores e vereadoras e da ouvidora do município, Janaína Holanda, representando o prefeito Allyson Bezerra (SDD).

Fonte:Blog de Carol Ribeiro

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Fundo de Participação dos Municípios se tornou uma grande dor de cabeça para os prefeitos por conta dos dados prévios apresentados pelo Censo feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Centenas de municípios tiveram queda no número de habitantes e isso representaria diminuição no repasse do FPM .

O fundo é uma transferência constitucional da União para as cidades brasileiras. O cálculo de distribuição é baseado em informações levadas ao TCU (Tribunal de Contas da União) até o dia 31 de outubro de cada ano pelo IBGE. Os principais dados são o número de moradores de cada município e a renda per capita de cada estado do país.

O FPM é visto como fundamental, pois segundo a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros – Finanças Públicas, do próprio IBGE, sobre receitas e despesas de todas as cidades do Brasil de 1998 a 2000, representa 57,3% das receitas disponíveis para as prefeituras com até cinco mil habitantes.

Caso foi parar na Justiça

A CNM (Confederação Nacional de Municípios) apontou que a nova metodologia do Censo poderia causar um prejuízo de R$ 3 bilhões para 702 cidades. A perda seria imediata se não tivesse a Lei Complementar 165/2019, que ordenou o congelamento dos coeficientes.

O PCdoB entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o novo cálculo fosse suspenso e a distribuição fosse feita pelos coeficientes de distribuição usados em 2018.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a distribuição seguisse usando os dados de 2018. Desta forma, o magistrado suspendeu a decisão normativa do Tribunal de Contas da União, que ordenava o uso dos dados populacionais do Censo 2022, que ainda não foi finalizado.

A determinação do ministro não agradou a todos. A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, por exemplo, soltou nota demonstrando preocupação com a suspensão. A entidade aponta que municípios que tiveram aumento de habitantes podem ser prejudicados.

Censo gera dúvida

O clima de incerteza em cima do Censo tem prejudicado a definição do FPM. O ex-presidente do IBGE, Roberto Olinto, afirmou que os dados preliminares de 2022 mostra a “tragédia absoluta” que atingiu sobre a pesquisa. Em entrevista feita em janeiro para a Folha de São Paulo, ele apontou que é preciso fazer uma auditoria e, se necessário, realizar um novo Censo.

Diante da incerteza, tanto o governo federal quanto o judiciário querem definir se há realmente necessidade de um novo Censo. Para isso ocorrer, é preciso que a pesquisa seja concluída para depois passar por uma auditoria. Se for comprovada alguma falha, pode ter que outro levantamento seja feito.

IG

Prévia do censo demográfico 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o Rio Grande do Norte teve um crescimento populacional 65% menor do que a estimada em 2021. Esperavam-se 3.560.903 habitantes em 2021, mas, no dia 28 de dezembro, o Instituto apontou que o estado potiguar fechará o levantamento com 3.303.953 de residentes. Os dados mostram um crescimento real de 135.926 pessoas desde 2010, mas esse número deveria ser ao menos três vezes maior.

A estimativa do IBGE é de que, entre 2010 e 2021, a população do RN cresceria na ordem de 1,07% ao ano, o que daria 12,4% no acumulado, mas em 2022 os dados mostraram que, na verdade, esse crescimento foi menor, num ritmo de 0,35% ao ano, chegando a um acúmulo bem menor, de apenas 4,29% na variação da população. Quando comparadas a estimativa de 2021 e a prévia de 2022, a distância é de 65,40%.

“A leitura não deve ser a de que a população diminuiu entre 2021 e 2022. A verdade é que o censo permitiu que o IBGE revisasse os dados e a estimativa ficou mais precisa. Assim, confirma a tendência de redução do crescimento populacional e mostra que as estimativas que fazia antes dos dados preliminares do censo 2022 estavam superestimando o ritmo de crescimento da população”, explica o demógrafo Ricardo Ojima, chefe do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (DDCA/UFRN).

De acordo com Ojima, o principal motivo para essas diferenças está na metodologia usada pelo IBGE. “Desde 2011 até 2021, anos em que não tivemos censos, a forma de o IBGE calcular e divulgar o tamanho da população nos municípios e estados é baseando-se em técnicas demográficas e estatísticas baseadas nas informações do passado para estimar a população daquele ano. Ou seja, só sabemos com certeza qual é o tamanho da população no ano em que o IBGE faz o censo, nos outros anos, eles se baseiam nos dados e informações dos censos anteriores para calcular a população dos municípios nos anos em que não é feito o censo”, diz.

Natal perde população e Extremoz cresce 13 posições 

Na contramão do que se esperava, o município de Natal teve uma frustração no crescimento populacional de 155,73%, se levar em conta o que era aguardado. Em 2010, a capital do RN tinha 803.739 residentes e as estimativas para 2021 eram de uma população de 896.708. Contudo, a prévia do IBGE mostrou a principal cidade potiguar com apenas 751.932 moradores, o que é, em números absolutos, 51.807 pessoas a menos do que o IBGE havia estimado para 2021. Porém, os dados são ainda mais drásticos se observarmos a diferença total estimada entre 2021 e 2022, que é de menos 144 mil habitantes.

Por outro lado, quatro cidades da região metropolitana cresceram muito acima do que estava previsto. Extremoz foi a grande surpresa, saindo de uma população de 24.550 habitantes em 2010 para 61.381, na previsão censitária. São 36.831 pessoas a mais, quebrando todas as estimativas. No total, a diferença porcentual entre os números estipulados de 2021 para 2022 foi de 678,34% positivos. Cresceram em ritmo acelerado também São Gonçalo do Amarante (61,14%), Ceará-Mirim (68,84%) e São José do Mipibu (68,84%).

Ricardo Ojima acredita que a diferença nos dados da população estimada em 2021 para  Natal tem a ver com a metodologia do IBGE, que subestimou a redução na tendência de crescimento da capital, questão que já era perceptível. Isso quer dizer que a cada ano o crescimento apontava um ritmo menor, mas, como a última informação de censo foi de 2010, não conseguiu-se identificar que o fenômeno ocorreu mais rápido do que se imaginava. “O que observamos com esses novos dados de 2022 é que Natal se tornou menos atrativa e até deve ter perdido pessoas para municípios do seu entorno”, reforça.

Tribuna do Norte 

A prévia divulgada nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, aponta que o Brasil tem 207.750.291 habitantes. O número é referente aos dados coletados pelo Censo Demográfico 2022 até 25 de dezembro.

De acordo com o resultado preliminar, o Sudeste conta com 87.348.223 habitantes e o Nordeste tem 55.389.382. Já o Sul obtém 30.685.598 habitantes, o Norte tem 17.834.762 e o Centro-Oeste tem 16.492.326. O IBGE destaca que a publicação dos números tem por finalidade cumprir a lei que determina ao instituto fornecer, anualmente, o cálculo da população de cada um dos 5.570 municípios do país para o Tribunal de Contas da União (TCU).

Seguindo um modelo estatístico, o IBGE entrega um resultado prévio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da população recenseada. “Este modelo adotado foi bastante estudado e aprovado pela Comissão Consultiva do Censo 2022, que olhou detalhadamente o processo desenvolvido para fornecer ao TCU e à sociedade os melhores dados técnicos e reais possíveis”, explicou o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Jovem Pa

O Censo 2022 entrevistou, de 1º de agosto até ontem (5), 78,73% da população estimada do país, que representam 168.018.345 pessoas, em 59.192.875 domicílios no país. Do total de pessoas recenseadas, 51,6% eram mulheres e 48,4%, homens, 39,54% são do Sudeste, 29,43% do Nordeste, 14,76% no Sul, 8,79% no Norte e 7,44% no Centro-Oeste. 

“É uma operação que a gente está imprimindo uma qualidade incrível como nunca foi feita em nenhum outro Censo. É a primeira vez que a gente está em campo com um dispositivo móvel de coleta que transmite em tempo real a operação”, observou o diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, durante a apresentação virtual do quarto balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. O instituto espera concluir mais 10% das entrevistas até o dia 20.

Segundo o IBGE, o estado com maior proporção de pessoas recenseadas na comparação com a população estimada é o Piauí, que atingiu 96,2%. Em segundo lugar, a unidade da federação mais adiantada é Sergipe, com 91,2%, seguida do Rio Grande do Norte, com 89,8%. Os mais atrasados são o Mato Grosso (65,9%), Amapá (66,9%) e Espírito Santo (70,67%).

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Censo 2022 já entrevistou 136.022.192 pessoas em 47.740.071 domicílios de todo o Brasil, o que corresponde a 66% da população. Desse total, 31,69% estão na Região Nordeste, 38,45% no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Foram recenseados 70.310.113 mulheres e 65.712.079 homens. Além disso, 1.230.778 indígenas e 1.009.778 quilombolas também já entraram na pesquisa. Os dados fazem parte do terceiro balanço do Censo 2022, foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, informou que está mantida a data de 28 de dezembro para a entrega das informações preliminares referentes à população dos municípios para o Tribunal de Contas da União (TCU). “A gente segue ainda perseguindo a data de divulgação no final de dezembro, no dia 28 de dezembro, quando a gente vai entregar os dados para o TCU”, disse, acrescentando que a data não foi alterada porque, com acompanhamento em tempo real, este Censo é o mais tecnológico já realizado no país.

De acordo com o diretor, a quantidade de recenseadores, que está abaixo do estimado, é uma das causas do atraso da coleta de dados. Um dos motivos para a falta de procura para o trabalho como recenseador é a remuneração definida para o Censo 2022 que foi considerada baixa. Segundo Azeredo, a preferência das pessoas por trabalhar em campanhas eleitorais também influenciou a baixa na procura.

“Fizemos esse Censo em plena eleição, da qual a gente perdeu grande público que poderia atuar como recenseador. A gente acredita que pessoas que estavam como cabos eleitorais possam estar agora conosco no Censo.”

De acordo com o IBGE, atualmente, um recenseador na cidade de São Paulo recebe, em média, entre R$ 2 mil a R$ 3 mil, para 10 a 15 dias de trabalho, dependendo da área. Além da remuneração, recebe auxílio locomoção, que pode chegar a R$ 500 ou mais, se o setor for concluído em até 7 dias.

Cimar Azeredo revelou que, para tentar agilizar a coleta, o IBGE aumentou o valor das remunerações e ampliou os anúncios de contratações, que agora podem incluir os microempreendedores individuais (MEI).

“O IBGE está envidando esforços, melhorando a remuneração do recenseador, vendo formas de contratar mais pessoas, fazendo deslocamento de recenseador de um estado para outro, ou seja, todas providências estão sendo tomadas para que a gente consiga terminar o Censo dentro do prazo”, disse.

Em todo o país, o IBGE conta com 90.552 recenseadores em ação, 49,5% do total de vagas disponíveis. O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 37,1% do número de vagas. Já o Piauí está com 64% dos postos ocupados. O diretor observou ainda que lugares onde a taxa de desemprego é baixa também tem sido um desafio para a contratação de recenseadores.

Os maiores percentuais da população recenseada são do Piauí (86%), Sergipe (83%), Rio Grande do Norte e Alagoas (80%) e Amazonas (77%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).

O terceiro balanço apontou ainda que 88,4% dos domicílios (42.595.922) responderam ao questionário básico e 11,6% (5.560.298) ao ampliado. O tempo médio de preenchimento tem sido de 5 minutos para o questionário básico e de 15 minutos para o questionário ampliado. A maior parte dos questionários (99,4%) foi respondida de forma presencial, sendo que 124.241 domicílios optaram por responder pela internet e 144.203 pelo telefone.

 Agência Brasil

01
ago

Censo 2022 começando hoje…

Postado às 12:43 Hs

Cerca de 1,1 milhão de domicílios potiguares serão visitados no Censo Demográfico 2022, que tem início nesta segunda-feira (1º) em todo o Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2.900 recenseadores vão atuar no censo no Rio Grande do Norte.

Serão visitados domicílios nas zonas urbanas e rurais dos 167 municípios potiguares até o final de outubro. Para a edição 2022, os endereços visitados são localizados via satélite. “As informações podem ajudar a identificar as casas em áreas de risco de deslizamento de terra, inundações”, afirmou o IBGE. A tecnologia de georreferenciamento foi utilizada pela primeira vez em 2007, no censo agropecuário.

Sobre as perguntas, a principal delas é sobre o número de moradores da casa em 31 de julho de 2022, data de referência da pesquisa.

Os questionários também têm perguntas sobre a idade dos moradores, abastecimento de água, coleta de lixo, trabalho, renda, educação, cor ou raça, religião, migração (se a pessoa mudou de cidade, estado ou país), pessoas com deficiência e outras.

Os recenseadores estarão identificados — Foto: TV Integração/Reprodução

Identificando o recenseador

O recenseador do IBGE deve estar vestido de colete azul marinho, com logomarca do instituto nas costas. Além disso, deverá estar disposto no peito do funcionário o telefone e o portal do IBGE.

Os recenseadores portarão crachá com nome e identificações, além de estar com um dispositivo azul, pelo qual faz a coleta dos dados.

Em caso de dúvidas, o cidadão pode ligar no 0800 721 8181, telefone pelo qual pode falar com servidores do IBGE das 8h às 21h30. O serviço é contínuo e funcionará em feriados e finais de semana.

G1/RN

Foram prorrogadas até o dia 21 de janeiro as inscrições para o processo seletivo simplificado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a contratação de pessoal temporário que trabalhará no Censo Demográfico 2022.

São 206.891 vagas disponíveis, distribuídas da seguinte forma: 183.021, de nível fundamental, para recenseadores; 18.420 para agente censitário supervisor (ACS); e 5.450 para agente censitário municipal (ACM). Ambas as oportunidades para agente censitário são de nível médio. As inscrições devem ser feitas pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora da seleção.

A taxa para participar varia entre R$57,50 e R$ 60,50 e pode ser paga até 16 de fevereiro.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou novos editais de seleção para a contratação de agentes censitários de administração e informática e coordenadores censitários de área para o Censo 2022. São oferecidas ao todo 1.812 vagas. As remunerações previstas são de R$ 1.700 e R$ 3.677,27, respectivamente. Segundo os editais 7 e 8, que tratam dos processos seletivos simplificados, os contratados terão direito a auxílio-alimentação (R$ 458), auxílio-transporte e auxílio-pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais. Para agente censitário de administração e informática, são 1.781 oportunidades. É necessário ter nível médio e conhecimentos de informática. A previsão de duração do contrato é de até cinco meses, com possibilidade de prorrogação de acordo com a necessidade e a adotação orçamentária. Para coordenador censitário de área, são apenas 31 vagas. Neste caso, é preciso ter ensino médio completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria B. A duração do contrato será de até sete meses, podendo ser prorrogado.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que recebeu nesta sexta-feira (3) autorização oficial para realizar o processo seletivo com mais de 207 mil vagas para o Censo 2022. A informação foi publicada no Diário Oficial da União pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Serão selecionados 207.020 agentes temporários para as funções de:

agente censitário municipal (5.500 vagas)
agente censitário supervisor (18.420 vagas)
recenseador (183.100 vagas)

Haverá vagas em todos os municípios do país. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a empresa organizadora. As inscrições nos processos seletivos de 2020 e 2021 não são válidas para o novo do Censo 2022.

Os interessados deverão fazer nova inscrição e pagar a taxa de inscrição para participar do novo processo seletivo. O Censo Demográfico visitará os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros, em todas as cidades do país, a partir de junho do próximo ano.

G1

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou, nesta segunda-feira (18/10), que está cancelado o processo seletivo para a contratação de recenseadores e agentes censitários para o Censo Demográfico de 2022.

O concurso previa a abertura de 204 mil vagas. Ele já havia sido suspenso, em abril deste ano, após aprovação do Orçamento de 2021, pelo Congresso, que reduziu para R$ 71 milhões o valor destinado ao Censo, inviabilizando a realização do certame.

De acordo com o órgão, o contrato com o Cebraspe, banca que seria a organizadora do processo, terminou e não será prorrogado. Em nota, o IBGE explicou que vai disponibilizar em seus canais de comunicação o caminho para a devolução das taxas de inscrição já efetuadas. Enquanto isso, o órgão continua buscando uma nova empresa para organizar o processo seletivo.

A pesquisa não foi realizada em 2020 em razão da pandemia de Covid-19. Os últimos dados são de 2010.

Metrópoles

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ontem (15) que a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento autorizou a complementação de cerca de R$ 292 milhões ao orçamento do Censo Demográfico 2022. Com a emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022, a pesquisa receberá R$ 2.292.907.087.

O PLOA 2022 foi enviado ao Congresso Nacional em 31 de agosto com a previsão de R$ 2 bilhões para a realização da pesquisa, que é a mais completa executada pelo IBGE e serve de base para outros estudos e índices calculados pelo instituto. O IBGE destacou na época que o valor não era suficiente, e que eram necessários os R$ 292 milhões adicionais, valor que foi confirmado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste mês, em resposta a um pedido de informação do ministro Gilmar Mendes.

Na nota divulgada hoje, o instituto informa que a Secretaria do Tesouro considerou “possível” a ampliação do orçamento do censo nos termos esclarecidos pelo instituto ao Supremo. Os recursos complementares sairão do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), supervisionado pelo Ministério da Economia.

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