Ao pedir que o ministro da Defesa Fernando Azevedo Silva se demitisse, o presidente Bolsonaro se queixou de que não tinha respaldo político por parte de seus ministros militares. Ouviu dele que sua saída não representaria uma mudança de atitude dos militares, que não poderiam se vincular a um projeto político. Ledo engano. Quarta-feira, por volta das 10 da manhã, o presidente Bolsonaro saiu do Planalto e foi, fora da agenda, ao Ministério da Defesa. O general Braga Neto o esperava na porta principal. Subiram. A conversa durou cerca meia hora.  Bolsonaro saiu pela garagem, no subsolo, e voltou pelos fundos ao Palácio. RECADO AO ALTO COMANDO – Estava dado o recado ao Alto Comando do Exército, reunido naquele mesmo dia para avaliar a crise gerada pela presença de um General de divisão da ativa, ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em um palanque político ao lado do presidente. A decisão do comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogueira, tem uma motivação puramente política, sem se importar com um dos pilares das forças militares, que é serem instituições de Estado, e não de um governo.

Charge do Fernandes (Charge Online)

Por Hellen Leite / Correio Braziliense

A decisão tomada pelo Exército nesta quinta-feira (3/6) de não punir o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por participar de uma manifestação pró-governo reacendeu o debate sobre militares da ativa em cargos de natureza civil na administração pública.

Logo após o veredito do Alto Comando do Exército, o deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a decisão deveria acelerar a discussão da PEC que veda aos militares da ativa a ocupação de cargo de natureza civil na administração pública. “Cada vez tenho maior convicção: estamos vivendo um chavismo de direita”, comentou.

FALTAM LIMITES – A autora da PEC, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), disse que existe a sensação de que não se sabe mais onde termina o governo e onde começa o Exército. “É o que pode acontecer de pior para esta Instituição e as demais Forças Armadas”, disse.

A decisão também foi criticada pelo vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). “O Exército não decidiu arquivar a denúncia contra Pazuello. O Exército decidiu que agora militar pode participar de manifestações políticas como bem entender. Isso não será bom para uma instituição que tem o respeito do povo brasileiro”, escreveu Marcelo Ramos no Twitter.

A presença de militares da ativa no governo tem sido alvo de críticas até mesmo dentro das Forças Armadas. No ano passado, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro, defendeu que militares da ativa do governo passem para a reserva.

VÍNCULO VISUAL -Segundo ele, pelo número de militares e pelo posto que ocupam, a sociedade acaba “confundindo” e achando que há fusão de “imagem institucional e governamental”.

“Fica um vínculo até visual, porque ontem (o militar) estava em traje civil servindo ao governo e hoje está de uniforme comandando um alto escalão qualquer”, disse o general durante a live “Direitos Já! Fórum pela Democracia”.

Santos Cruz comparou a situação dos militares com a do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que precisou pedir demissão da carreira de juiz para integrar o governo. “No meio militar você tem pessoas da ativa à disposição do governo. Ele continua na ativa. É muito melhor passar para a reserva.”

O Exército Brasileiro informou, hoje, que decidiu não punir o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela participação em um evento político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, no último dia 23. Segundo a corporação, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte de Pazuello. Com a decisão do comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o processo disciplinar foi arquivado. O Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas proíbem a participação de militares da ativa em manifestações políticas. No ato que gerou o procedimento disciplinar, Pazuello chegou a subir no trio elétrico com Bolsonaro e fazer um breve discurso.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu posse numa discreta cerimônia no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (23), ao médico Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde. Segundo fontes, o novo ministro esteve com o presidente numa cerimônia discreta, como pedira Queiroga em virtude da gravidade da pandemia. Para oficializar o ato ainda é necessária a publicação no Diário Oficial da União, no entanto, a exoneração do atual ministro Eduardo Pazuello ainda não foi expedida pelo presidente da República. A troca de comando no Ministério da Saúde foi anunciada na semana passada. O médico cardiologista aceitou o convite do presidente da República na segunda-feira (15), desde então ele tem participado de uma série de reuniões com o atual chefe da pasta, lideranças sanitárias e políticos para firmar a transição de gestão. Em uma de suas primeiras declarações como ministro nomeado, Queiroga disse que a política de combate à pandemia é responsabilidade do presidente, cabendo ao ministro apenas a tarefa de executá-la.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) pediu hoje nesta terça-feira, 16, a saída do ministro da Saúde Eduardo Pazuello, por falhas na vacinação contra a covid-19 no Brasil. “Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas”, diz nota assinada pelo presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Segundo a CNM, prefeitos têm procurado a entidade para reclamar sobre a suspensão da vacinação a partir desta semana, “em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo ministério”.

Por isso, avalia a CNM, é “urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros”. Também nesta terça-feira, a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) criticou o governo federal por falhas na vacinação. A entidade atribuiu a “escassez e falta de doses de vacinas em cidades de todo o país” a “sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à covid-19”.

O Fórum dos Governadores também está pressionando Pazuello devido à falta de doses de vacina e deve se reunir com o ministro na quarta-feira (17).

Pazuello investigado

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta segunda, 15, que a Polícia Federal realize diligências no inquérito que investiga suposta omissão de Pazuello na crise sanitária no Amazonas.

Entre os pedidos feitos pela PGR e autorizados pelo ministro, estão a requisição dos e-mails institucionais trocados entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Amazonas, além de depoimentos de representantes da empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio para o estado.

Como o UOL mostrou em janeiro, o Ministério da Saúde foi informado uma semana antes do oxigênio acabar em Manaus, mas tomou medidas de pouco alcance frente ao tamanho da crise.

AGORA RN

Em pronunciamento nesta quarta-feira (13), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a campanha de vacinação contra a Covid-19 começará ainda neste mês. “Vamos vacinar em janeiro e Manaus será também a primeira a ser vacinada. Ninguém receberá a vacina antes de Manaus”, disse o ministro. “A vacina será distribuída simultaneamnte em todos os estados, na sua proporção de população, e Manaus terá essa prioridade também”, afirmou Pazuello. Após o pronunciamento de Pazuello, o ministério esclareceu que a vacinação em Manaus ocorrerá como em outros locais do país, de forma “simultânea e proporcional”, e que não haverá diferença de data e nem de quantidade de doses em comparação com outras cidades. Haverá apenas diferença de horário, por causa do fuso. O ministro ainda alertou que a população deverá compreender que o início da imunização não significa ir para “rua fazendo festa”.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e outros governadores do País se reúnem com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, hoje, às 11h, para tratar da vacinação contra a Covid-19. O encontro, no Palácio do Planalto, em Brasília, foi solicitado pelo presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). A expectativa dos governadores é de que o governo federal se comprometa a incluir múltiplas vacinas contra a doença no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O ministro tem dito, porém, que só comprará mais vacinas após o registro dos produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Nessa reunião com o ministro Pazuello, desejamos ter uma proposta concreta de múltiplas vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunizações e queremos ter um plano estratégico eficiente para, quem sabe, até abril ou no máximo, o mês de junho, sairmos dessa crise”, explica Dias.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, vai assumir como titular da pasta no próximo dia 16 de setembro. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (14). A cerimônia será no Palácio do Planalto, às 17h. Eis a íntegra da nota do Cerimonial da Presidência.

Pazuello assumiu o cargo em maio deste ano, com a saída de Nelson Teich, que deixou o governo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro, em função das políticas de combate ao coronavírus. No entanto, a nomeação dele só foi publicada no Diário Oficial, no dia 3 de junho.

O ministro é a terceira pessoa a comandar o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro. Antes dele e de Teich, a pasta era comandada por Luiz Henrique Mandetta, que também pediu demissão, depois de discordar do presidente a respeito do tratamento contra o coronavírus.

08
ago

Saiba mais…

Postado às 19:59 Hs

O Ministério da Saúde divulgou os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil neste sábado (8):

– Registro de 905 óbitos nas últimas 24h, totalizando 100.477 mortes;

– Foram 49.970 novos casos de coronavírus registrados, no total 3.012.412 pessoas já foram infectadas.

– O número total de recuperados do coronavírus é 2.094.293, com o registro de mais 25.899 pacientes curados. Outros 817.642 pacientes estão em acompanhamento.

Nota  O ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, emitiu nota na tarde deste sábado (8), em que lamenta as mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil.

No dia em que o número de vítimas fatais chegou a 100 mil pessoas, Pazuello disse que “lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia”.

Segundo ele “não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social”.

Na nota, o ministro interino também afirma que “o Ministério da Saúde permanece trabalhando 24 horas por dia em parceria com estados e municípios para garantir que não faltem recursos, leitos, medicamentos e apoio às equipes de saúde”, garante.

Pazuello também orienta as pessoas para que, “a qualquer sinal ou sintoma da doença, procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. A ida ao médico, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, com a prescrição do medicamento mais adequado a cada caso, é o que pode sim fazer a diferença”, concluiu.

CNN Brasil

Via Gazetaweb

Generais da ativa e da reserva ouvidos  nesta terça-feira (14) avaliam que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, precisa definir rapidamente o seu futuro. Pazuello, que é general da ativa do Exército, deve escolher: ou pede transferência imediata para a reserva ou deixa o Ministério da Saúde.

“Enquanto se tratava de uma ‘missão’ de caráter transitório, era uma situação; com a permanência no posto, as coisas mudam. O lógico é que ele peça transferência para a reserva. Ou, então, que cesse a ‘missão'”, disse ao um general da ativa.
A situação de Pazuello tem causado desconforto para o Exército. Internamente, há o temor com o desgaste com o prolongamento dessa situação do militar.
No sábado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a afirmar que o Exército se associou a um “genocídio”, em alusão à condução do governo no enfrentamento da pandemia de coronavírus. Houve forte reação do Ministério da Defesa.
Há um cuidado nas Forças Armadas em deixar claro que o Exército não participou da escolha de Pazuello para o posto. Um influente general da reserva ressaltou que Pazuello “foi uma escolha” do presidente Jair Bolsonaro, ou, “no máximo, uma indicação de alguém próximo, do entorno imediato”.
E que, portanto, “não foi uma indicação do Exército Brasileiro”.
Esse mesmo general ressaltou que a uma situação é diferente do que aconteceu no governo passado, quando o então presidente Michel Temer “pediu um general para a Secretaria Nacional de Segurança Pública”. Segundo o militar, o então comandante do Exército, general Villas Bôas, foi quem “indicou o general Santos Cruz para o cargo”.
“Isso faz toda a diferença, isenta o Exército Brasileiro de qualquer compromisso com o Pazuello. Ele responde ao presidente, de quem tem aval. Associar o Exército ao ministro que ele não escolheu é injusto. Não se trata de virar as costas ao Pazuello, certamente se torce muito por ele, mas sim de não pagar o ônus de uma escolha que não passou pelo comandante.”
O general completou: “Acho que se ele aceitar prosseguir além da interinidade, terá feito uma escolha pessoal que, espero, o faça pedir transferência para a reserva”.
Sem quatro estrelas
Em tempo: caso Pazuello volte para o Exército, não há possibilidade de ele alcançar o posto de general de quatro estrelas.
Isso, porque ele é formado na Academia Militar das Agulhas Negras como Oficial de Intendência. Essa carreira termina como 3 estrelas, assim como a dos médicos e a dos engenheiros militares.

Ministro interino da Saúde há duas semanas, o general Eduardo Pazuello tem causado boa impressão nos secretários estaduais. Segundo eles, ainda que fosse polido e bem-intencionado, Nelson Teich mostrou-se vacilante em diversos momentos, sem clareza sobre o que precisava fazer. Além disso, estava isolado no governo Jair Bolsonaro (sem partido), sem espaço de atuação. No meio da pandemia do coronavírus, o país completou neste sábado, dia 30, 15 dias sem um titular na pasta. Pazuello tem sido elogiado por sua resolutividade, ou seja, a capacidade de fazer as coisas funcionarem. DIÁLOGO – Além disso, mantém contato regular com os secretários, mostrando-se mais aberto ao diálogo que o antecessor. Por fim, tem acesso direto ao centro de governo, e por isso consegue tirar ideias do papel. O gabinete de crise, extinto na gestão Teich, por exemplo, foi recriado. Nele, os presidentes dos conselhos dos secretários estaduais (Alberto Beltrame, do Pará) e municipais (Willames Freire Bezerra, de Pacatuba, Ceará) participam diariamente de reuniões com Pazuello.

Reprodução

O general-de-divisão Eduardo Pazuello é o mais novo militar a chegar ao primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O militar, que vinha atuando como secretário-executivo do Ministério da Saúde, assumirá interinamente a pasta depois da saída do médico oncologista Nelson Teich.

Assim como Jair Bolsonaro, Pazuello se graduou na Academia Militar das Agulhas Negras, a Aman, em Resende (RJ), como Oficial de Intendência — no Exército, é o militar especializado em tarefas administrativas ou logísticas.

O general chegou a Brasília no dia 20 de abril, com a missão de coordenar a transição entre as gestões de Luiz Henrique Mandetta (DEM), que pedira demissão dias antes, e Nelson Teich. Pazuello é o nono ministro de origem militar no governo Bolsonaro — pessoas com origem na caserna já ocupam agora quase metade dos 22 postos do primeiro escalão do governo.

Diferentemente de outros integrantes militares da equipe de Bolsonaro, porém, Pazuello é um militar da ativa. Antes de vir para Brasília, o general de três estrelas comandava a 12ª Região Militar da Amazônia, em Manaus (AM). O novo comandante da saúde é natural do Rio de Janeiro, Estado onde Jair Bolsonaro fez sua carreira política. No Estado, comandou um batalhão de paraquedistas e foi diretor do Depósito Central de Munição.

Pazuello chegou ao posto de general em 2014 — e uma de suas primeiras tarefas neste posto foi como coordenador logístico das tropas do Exército que deram apoio à realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

O militar também comandou a Operação Acolhida, que é o trabalho do Exército Brasileiro no atendimento a imigrantes que chegam aos municípios de Boa Vista (RR) e Pacaraima (RR).

R7

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