28
abr

Gilmar Mendes manda soltar Eike Batista

Postado às 19:44 Hs

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a libertação do empresário Eike Batista, preso desde janeiro pela Operação Eficiência, que investiga fraudes em contratos de empresas com o governo do Rio de Janeiro. Na decisão, que ainda não foi divulgada na íntegra, o ministro suspende os efeitos da ordem de prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Ele ressaltou que a libertação só tem validade se o empresário não estiver sido preso também por determinação de outro juiz. Essa informação será apurada na própria vara federal, quando receber a decisão de Gilmar. O ministro também afirmou na decisão que o juiz da 7ª Vara Federal poderá analisar a necessidade de aplicação de medidas cautelares – como, por exemplo, a prisão domiciliar ou o monitoramento por tornozeleira eletrônica.

 

Fonte: O Globo

05
fev

DURA LEX

Postado às 21:23 Hs

Por Fernando Gabeira

Em toda essa história da prisão de Eike Batista, um aspecto pareceu bastante curioso. A naturalidade com que as pessoas encaram as prisões especiais para quem tem diploma de curso superior. Se a pessoa tem diploma, é destinado a algo mais civilizado. Caso contrário, vai para a prisão comum, com todas as suas misérias e a sua severidade. Já passei por várias cadeias do Rio, inclusive Água Santa, num outro contexto, o do governo militar, e essas distinções não tinham, pelo menos no nosso caso, a mínima importância.

Se tivessem, estaria perdido de todo jeito, pois não tenho diploma de curso superior, assim como milhões de brasileiros. Nesse caso, não somos também cidadãos de segunda classe? A maioria das pessoas de bem não pensa nisso porque não considera, com razão, a hipótese de ir para a cadeia. Por que então levantar essa tema? A cadeia especial para quem tem diploma é prima pobre de um dispositivo muito mais nefasto: o foro especial no Supremo para as pessoas que têm mandato político.

Mais uma vez, quem não tem mandato parlamentar ou cargo no governo pode se sentir um cidadão de segunda classe. Além de ser julgado pela Justiça de primeira instância, ele é destinado às cadeias com um nível inferior de conforto e higiene. Não tenho ânimo de levantar questões morais num domingo, sobretudo neste mundo onde tantas barbaridades são vistas como naturais. O problema é que o foro privilegiado, independentemente de o aceitarmos ou não, pode ser um insuperável obstáculo para os rumos da operação Lava-Jato.

Com a delação da Odebrecht, pelo menos 200 políticos serão implicados. Será preciso montar um esquema ampliado de investigação. Mas o que fazer com tantos projetos que chegam ao Supremo com ministros asfixiados pelo grande número de processos que já existem por lá?

Será simplesmente impossível um desfecho razoável para todos esses casos antes das eleições de 2018. A Lava-Jato corre o risco de prender empresários, recuperar o dinheiro, mas não conseguir atingir com força o braço político do esquema. Não há saída. O foro privilegiado, que expressa a tolerância dos brasileiros com um tratamento diferenciado e antidemocrático, passaria a ser o grande entrave objetivo para a renovação política.

Em síntese, não se trata mais de discutir se o tratamento diferenciado às pessoas deve ou não prosseguir num país que considera natural essas distinções aristocráticas. O foro privilegiado não se tornou apenas iníquo: é burro porque pode inviabilizar uma operação como a Lava-Jato, que é tão importante para o Brasil e ganhou um respeito internacional. O que fizemos de melhor, na presunção de que a lei vale para todos, será combatido por nossas crenças que consideram natural que ela seja aplicada de forma diferente, entre diplomados e não diplomados, titulares de mandatos ou pessoas comuns. No caso das cadeias brasileiras, a transição para a democracia penal ainda será lenta. Independentemente de terem ou não diplomas, milionários não podem ser misturados a bandidos pobres pois correm o risco de sofrer 50 sequestros por dia.

Lembro-me que na Papuda, em Brasília, havia essa preocupação específica, separando presos famosos ou ricos para que conseguissem sobreviver. Outro aspecto que parece natural aqui no Rio é raspar a cabeça dos presos, ainda que detidos em prisão preventiva. Prefiro o método da Lava-Jato em Curitiba que prende, mas permite que a pessoa mantenha sua identidade, na qual o cabelo tem um importante papel. Compreendo as reações iradas que uma posição dessas desperta. Por que se preocupar com presos que jogaram o Rio nesse buraco? Não se trata apenas deles, mas de uma filosofia, de um norte na relação entre o estado e o prisioneiro. Para mim, o problema central sempre foi o de desmontar essa gigantesco processo de corrupção, julgar e prender todos os envolvidos.

A supressão da liberdade é uma punição exemplar, desde que consigamos que as pessoas respeitem as leis dentro das cadeias. Sérgio Cabral, sua mulher, Eike Batista são presos singulares, que nadaram em dinheiro, enquanto o estado quebrava, que sentavam seus bumbuns em privadas polonesas aquecidas, enquanto a população viaja de pé e espremida nos ônibus. Eles têm um pouco de Maria Antonieta pelo desprezo aos pobres e seus martírios. Pedir à multidão que os poupe é totalmente fora de propósito, no momento. Sérgio Cabral foi o adversário mais arrogante que enfrentei em minha vida política, era um predador irresponsável, sabendo que nadava em dinheiro e que o Rio apoiava sua megalomania.

Não desejo para ele nem para os presos da Lava-Jato nenhum tipo de humilhação. Basta o cumprimento da lei. Em vez de nos alegrarmos com sua desgraça, o melhor seria canalizar a energia para as vantagens de um Brasil que conseguiu prender todos os ricos ladrões e precisa completar as aspirações da máxima que dominou o período: a lei vale, igualmente, para todos.

02
fev

Se ele falar…

Postado às 20:20 Hs

Delação de Eike pode incriminar Lula, Dilma, Mantega e Pimentel, entre outros. Antes de se entregar, ainda no aeroporto internacional de Nova York, Eike Batista falou para as câmeras que o seguiam. Disse estar voltando ao Brasil para passar o país a limpo, porque era seu dever. Discursou sobre as potencialidades de nossa nação, afirmou que o Brasil está mudando e classificou a Lava Jato como “espetacular”. Elogiou também o presidente americano Donald Trump e reclamou da imprensa, levando um dos jornalistas a se defender, em tom amistoso: “A gente está tão de boa vontade, Eike! Tão querendo te ouvir!” De fato. Não pareciam estar diante de um foragido com prisão preventiva, acusado de ludibriar a Justiça para esconder a propina paga a um governador de estado. Na última entrevista antes de ser encarcerado, Eike sugeriu ter sido vítima de políticos gananciosos. Repetiu o tom de seu depoimento em Curitiba, no ano passado, em que admitiu ter dado 2,3 milhões de dólares ao marqueteiro João Santana, a pedido do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, para saldar dívidas de campanha petistas. Na ocasião, sustentou não ter alternativa senão dar o dinheiro, mas disse ter contratado uma consultoria do marqueteiro e afirmou que a corrupção não fazia parte da cultura das empresas X. Daquela vez colou, mas agora as coisas são diferentes. Caso queira fechar com o Ministério Público um acordo de delação premiada, como parece ser o caso, Eike Batista vai ter de começar a falar a língua da Lava Jato.

Por Carlos Newton

Não se conhece com precisão o total dos recursos fornecidos ao empresário do Grupo X de Eike Batista, porque os dirigentes desses bancos insistem em alegar proibição expressa na Lei do Sigilo Bancário, embora na verdade a legislação em vigor determine exatamente o contrário – as operações financeiras feitas com recursos públicos não podem ser sigilosas. O fato concreto é que as relações íntimas de Eike Batista com os detentores do poder, na era do PT, derrubaram a principal exigência que precisa ser feita no que se refere a quaisquer empréstimos bancários, especialmente quando se trata de instituições estatais, como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica, pois não havia garantias em muitos desses financiamentos bilionários, feitos com recursos públicos.

 PASSIVO SEM ATIVO – Não há dúvida de que as instituições bancárias públicas e privadas foram complacentes com Eike Batista, que conseguiu algo em torno de R$ 24,3 bilhões, assim divididos: R$ 7,9 bilhões em bancos privados, como Itaú, BTG, Votorantim, Bradesco, Santander etc.; R$ 10 bilhões no BNDES (chegou a levantar R$ 6 bilhões, mas ele teve o crédito cortado antes de sacar os R$ 4 bilhões restantes); e mais R$ 5,4 bilhões na Caixa Econômica.

Curiosamente, o Banco do Brasil não aparece como credor de Eike, apenas como controlador do Votorantim, que segurou um prejuízo de R$ 600 milhões, que podem ter sido produto de aval a empréstimo no BNDES. São informações esparsas, repita-se, ninguém sabe ao certo nem o passivo nem o ativo das empresas do Grupo X.

No caso da Caixa Econômica Federal, por exemplo, o total de R$ 5,4 bilhões, generosamente emprestado na gestão de Miriam Belchior, seria produto da soma de um financiamento de R$ 4 bilhões, que a instituição liberou ao estaleiro OSX com recursos do Fundo de Marinha Mercante, e uma operação isolada no valor de R$ 1,4 bilhões.

 NÃO HAVIA GARANTIAS – Segundo nota oficial da Caixa, emitida em março de 2015, no governo Dilma Rousseff, as garantias eram as seguintes: “Fiança pessoal do acionista controlador, fiança bancária de bancos de primeira linha, alienação fiduciária de equipamentos e cessão fiduciária de direito de uso de superfície”. Uma grande conversa fiada, que merece tradução simultânea.

1) A “fiança pessoal do controlador” era ridícula, porque os bens dele nada garantiam;

2) Não havia “fiança bancária de bancos de primeira linha”, até porque, quando existe, não há necessidade de nenhuma outra garantia;

3) A “alienação fiduciária de equipamentos” era ficção, pois havia poucos equipamentos, as empresas de Eike não tinham ativos de significância;

4) E a “cessão fiduciária de direito de uso de propriedade” só pode ser Piada do Ano, pois significa apenas que a Caixa teria o hipotético direito de construir alguma edificação sobre terreno de propriedade de Eike, mas que continuaria pertencendo a ele, vejam a que ponto de esculhambação chegou a Caixa Econômica Federal.

 CONTAS IMPAGÁVEIS – A conclusão é de que se trata de dívidas que não serão pagas. Apenas o BNDES receberá um belo dia, caso realmente os empréstimos estejam totalmente garantidos por bancos intermediadores, não se sabe ao certo, até porque a Assessoria de Imprensa da instituição insiste em afirmar que os novos controladores das empresas de Eike responderão pelas dívidas, o que deve ser outra Piada do Ano.

No final, já se sabe que essas contas serão pagas pelos otários de sempre – os cidadãos brasileiros. Mas é claro que deve caber uma ação indenizatória contra Miriam Belchior, por ter autorizado esse prejuízo bilionário aos cofres da instituição, que também pertencem aos brasileiros. Vamos perguntar ao maior especialista do país – o Dr. Jorge Béja.

O empresário Eike Batista presta depoimento à Delegacia de Combate à Corrupção, na sede da Polícia Federal, às 15h de hoje. A autorização para o depoimento foi dado pela juíza Débora Valle de Brito, substituta da 7ª Vara Federal.

Antes de embarcar para o Brasil, Eike demonstrou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar “como as coisas são”. Mas possível delação premiada ainda depende de negociação com o Ministério Público Federal.

Luma

A ex-modelo Luma de Oliveira usou o seu perfil no Instagram para divulgar mensagens de otimismo em relação à prisão de seu ex-marido Eike Batista, com quem tem dois filhos, Thor e Olin. Ela respondeu postagens de apoio em seu perfil com frases como: “Muito obrigado, vai dar tudo certo, se Deus quiser”, “Estou com muita fé que tudo acabará bem” e “Um ou dois jamais atrapalharão nossas energias, que é a melhor possível”. A uma fã que disse que estava torcendo por Eike, Luma respondeu que “ele é um homem de fé”. “Estou firme o mais que posso para ajudar os meninos. Somos do bem, temos sintonia boa, elevada”, escreveu.

31
jan

Repercutindo

Postado às 9:56 Hs

Banqueiros no banco dos réus.

Há crescente esperança nas áreas mais atuantes do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça Federal em Brasília e em Curitiba no sentido de que o empresário Eike Batista possa ser o caminho para revelar a participação dos bancos na Lava Jato e outras inúmeras práticas ilícitas. Todos sabem que para movimentar volume tão gigantesco de dinheiro, como na Lava Jato, é impossível não ter a participação dos bancos, sobretudo os maiores privados, que são capazes de gerenciar algo dessa dimensão e complexidade. Não se pode esquecer que foi com esses bancos que Eike levantou dezenas de bilhões de dólares. Os principais analistas desses mesmos bancos ficaram anos escrevendo maravilhas sobre o Grupo X e criando todo um mundo de ilusão com o intuito de valorizar de forma desonesta os lançamentos de ações, chamados de IPOs, gerando ganhos exorbitantes para os banqueiros.

Mais do que isso, também foram exatamente esses bancos que realizaram o maior aumento de capital da história mundial para a Petrobras, com 70 bilhões de dólares de uma única vez, que foram usados como fontes para pagar a corrupção recorde internacional, objeto da Lava Jato.

Foram igualmente esses superbancos os principais responsáveis por grande parte da dívida corporativa da Petrobras, a maior da história do planeta, atingindo 128 bilhões de dólares, da mesma forma utilizada para pagar as propinas monumentais que envergonham o Brasil perante o mundo.

Com isso, a Petrobras só não é uma empresa insolvente por ser estatal, mas tem graves dificuldades para pagar seus fornecedores, tem diminuído o pagamento de impostos, demitido mais de 180 mil profissionais, dentre outras incontáveis mazelas. Enquanto isso, os banqueiros esconderam no exterior fabulosas somas que ganharam dessas operações desonestas, os bancos continuam surfando na desgraça da nossa principal estatal.

E ainda ficam pressionando para a Petrobras colocar tudo o que tiver valor à venda, pois assim eles, os grandes bancos, podem mais uma vez ganhar dinheiro farto e fácil com essas operações enquanto os banqueiros poderão continuar a receber bonificações multimilionárias. Ou seja, os grandes bancos e seus banqueiros inescrupulosos estão por trás de todos esses movimentos nocivos e desonestos, mas o poderio deles é tão monumental que conseguem ficar ausentes de toda e qualquer inquirição até o momento.

A esperança é que Eike, do fundo do seu sofrimento e escalando suas tendências megalômanas, possa agora contribuir para realmente cumprir sua promessa feita ao Fantástico quando disse: “Vou passar as coisas a limpo e sinceramente vou mostrar como é que são as coisas”.

Oxalá seja aproveitado esse momento único unindo a coragem do Ministério Público Federal com as ações da Polícia Federal, aliada a celeridade da Justiça Federal. O Brasil não pode ficar sendo eternamente vítima dos verdadeiros donos do dinheiro e vendilhões do templo.

Fonte: Blog do Magno Martins

O empresário Eike Batista deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio. Com a cabeça raspada e uniforme de detento, ele foi colocado dentro de uma viatura, carregando um travesseiro na mão, rumo ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

O empresário, que era considerado foragido e estava em Nova York, foi preso ao desembarcar no Galeão, pela manhã. Segundo as primeiras informações, após a triagem no Ary Franco, foi decidido que o empresário ficará na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9. O motivo seria a falta de segurança na penitenciária, segundo o Jornal Hoje.

Por não ter nível superior, Eike não pode ir para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Lava Jato.

Segundo agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o transporte de Eike para Bangu, o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa. As celas são para até seis presos, que costumam trabalhar dentro das próprias unidades prisionais – por isso, ganharam o apelido de “faxina”. Eike ficou quase duas horas no Ary Franco. Ele foi preso por agentes da Polícia Federal às 10h. O empresário é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

O empresário teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram que ele pagou propina de US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52 milhões. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência. O advogado dele, Fernando Martins, estava no Ary Franco quando Eike chegou. “A defesa não teve acesso a ele, não conseguimos traçar a linha de defesa, então nós vamos aguardar e conversar com o cliente. Até agora, as medidas jurídicas que estamos adotando são no sentido de preservar a integridade física dele. Não posso acrescentar o que será feito agora. Ontem, ele deu uma entrevista no sentido que ele disse que passaria a limpo, vai prestar os esclarecimentos necessários. A gente vai definir a linha de defesa em conjunto”, afirmou.

Fonte: G1

O empresário Eike Batista chegou ao Brasil na manhã desta segunda-feira (30). O voo 973 da American Airlines, que partiu de Nova York, chegou ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, às 9h54 desta segunda-feira (30). Eike se entregou à Polícia Federal, que já aguardava sua chegada no aeroporto. O empresário, que não tem curso superior, foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) onde está fazendo exames de corpo de delito. Em seguida, será encaminhado ao presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Antes do embarque, Eike afirmou aos jornalistas, ainda no aeroporto de Nova York, que estará à disposição da Justiça e que vai colaborar com as investigações. Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, ele teve seu pedido de prisão expedido na quinta-feira (26) em decorrência da Operação Eficiência, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o empresário teria pago US$ 16,5 milhões em propinas no exterior ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).

Por Bernardo Mello Franco / Folha

Nos últimos anos, poucos empresários brasileiros foram tão próximos do poder quanto Eike Batista. Sua ascensão meteórica foi impulsionada por uma intensa troca de favores com políticos. O dono do grupo X era o amigo bilionário, sempre disposto a bancar campanhas, emprestar jatinhos e abrir portas no mundo dos negócios. O empresário procurava agradar a todos, sem distinção partidária. Em 2006, fez doações idênticas de R$ 1 milhão para Lula e Geraldo Alckmin. Em 2010, repetiu a dose com Dilma Rousseff e José Serra. Até Marina Silva, que não tinha chances de vitória, recebeu sua cota de R$ 500 mil. A lei permitia o financiamento privado, e Eike dizia que seu objetivo era contribuir com a democracia. Suas tacadas dependiam de ações do poder público, como a liberação de licenças ambientais e empréstimos do BNDES, mas ninguém parecia preocupado com o conflito de interesses. Se todos estavam felizes com o patrocínio, quem haveria de reclamar?

PARCEIRO DO PT – Em Brasília, o então bilionário era visto como um parceiro das gestões petistas. No governo Lula, virou campeão de multas por desmatamento, mas foi recebido com festa pelo ministro do Meio Ambiente. No governo Dilma, conseguiu vestir a presidente da República com o macacão laranja de sua petroleira.

No Rio, Eike investiu pesado na relação com Sérgio Cabral. Além de apoiar campanhas, financiou vitrines da gestão do peemedebista, como as unidades de polícia pacificadora e a candidatura para sediar os Jogos Olímpicos. Em 2008, quando a PF levantou as primeiras suspeitas sobre o empresário, o governador abriu o palácio para defendê-lo. Foi um amor eterno enquanto durou.

Nove anos depois, Cabral está preso em Bangu e Eike é procurado pela Interpol, acusado de ocultar dinheiro de propina. O mecenas que bancava os poderosos já deixou de ser bilionário. O próximo passo é deixar de ser amigo, quando tiver que escolher entre a cadeia e o acordo de delação.

27
jan

Charge: Coisas do BRASIL !!!

Postado às 21:10 Hs

Via G1

A Polícia Federal amanheceu, hoje, na casa do empresário Eike Batista, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele é alvo de um mandado de prisão preventiva em uma nova fase da Operação Lava Jato, mas não foi encontrado pelos policiais e está foragido.

Eike e outras oito pessoas são acusadas de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro envolvendo obras públicas no estado do Rio de Janeiro. A operação é um desdobramento da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral em novembro do ano passado

09
nov

Aqui é Brasil…

Postado às 11:20 Hs

EIKE BATISTA PODE SER PRIMEIRO ESPECULADOR A SER PRESO NO BRASIL

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando o ex-menino-prodígio das finanças Eike Batista por supostas responsabilidades na manipulação de preços na bolsa e divulgação de informações que poderiam induzir o investidor a erro.

Batista pode ser a primeira pessoa a ser presa no Brasil por usar informações privilegiadas nesse tipo de atividade, desde que a lei a considerou ilegal, há 13 anos. As informações foram divulgadas pelo grupo de mídia Bloomberg nesta sexta-feira (7).Ele é acusado de abusar do uso de informação privilegiada e deve ser julgado neste mês.

A CVM, órgão responsável por regular atividades na BM&FBovespa, informou que cerca de 91 mil transações mostram volumes e preços de ações irregulares em 2013. Mas apenas sete dos 57 casos de insider trading (vazamento de informações) investigados pela CVM entre 2006 e 2013, pagaram multas que chegaram a menos de US$ 160 mil. (Em termos comparativos, o giro financeiro da Bovespa desta sexta-feira ficou em torno de R$ 6,5 bilhões). (IG)

19
abr

Inquérito

Postado às 9:51 Hs

A Polícia Federal no Rio de Janeiro instaurou na quinta-feira, 17, um inquérito policial para apurar possibilidade de crimes financeiros cometidos pelo empresário Eike Batista em 2013, quando estava à frente da petroleira OGX. A investigação correrá sob sigilo.

A PF não cita o nome do empresário em nota divulgada pela assessoria de imprensa. Na nota, diz que vai apurar a prática de crimes por parte do “acionista controlador de uma empresa que atuou na área de petróleo envolvendo negociações de ações, em tese, irregulares, realizadas em 2013″.

Na segunda-feira, o Broadcast revelou que o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro havia solicitado que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para apurar a suposta prática de crimes financeiros pelo controlador da OGX. O pedido foi embasado nas conclusões do relatório de acusação elaborado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encaminhado ao MPF no dia 19 de março. (Estadão)

15
abr

@ @ É NOTÍCIA … @ @

Postado às 9:50 Hs

  • Após o IPCA, considerada a inflação oficial do país, ter atingido em março o maior valor para este mês desde 2003, os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa para todo este ano de 6,35% para 6,47%, informou o Banco Central nesta segunda-feira (14), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. A alta na expectativa de inflação dos economistas dos bancos para este ano aconteceu pela sexta semana consecutiva. Para 2015, a previsão dos analistas para o IPCA avançou de 5,84% para 6%. Com o novo aumento na previsão para o IPCA de 2014, a estimativa do mercado financeiro para a inflação se aproxima, portanto, mais ainda do teto de 6,5% vigente no sistema de metas.
  • O deputado federal André Vargas (PT-PR) informou nesta segunda-feira (14) à GloboNews que renunciará ao mandato. Ele deverá apresentar a carta de renúncia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados até esta terça (15), segundo o ex-assessor de comunicação e amigo pessoal Ricardo Weg. Desde o último dia 7, Vargas está licenciado do mandato. Ele pediu afastamento por 60 dias. No dia 9, renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, depois de o Conselho de Ética da Casa ter decidido pela abertura de processo de cassação. A decisão de Vargas de renunciar é motivada pela denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A operação dissolveu um esquema de lavagem de dinheiro de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.,
  • Antigo carro de entrada no mercado de automóveis, os veículos 1.0 já não têm o mesmo charme para os brasileiros. No meio de uma queda generalizada nas vendas, os carros de menor motorização têm sido a principal âncora da indústria automotiva. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de carros e comerciais leves com motor até 1.0 despencaram 18,82% em março em comparação ao mês do ano passado. Enquanto isso, as vendas da categoria seguinte, com motor de 1.0 a 2.0, caíram apenas 13,34%. Os carros com motor acima de 2.0 venderam apenas 7,9% menos. A participação de mercado de modelos como o Palio, da Fiat, o Celta, da Chevrolet ou o Gol, da Volkswagen, continua grande. Em março, 40,2% dos veículos vendidos se encaixavam neste perfil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Essa queda na participação dos carros 1.0 no total de automóveis nas ruas, no entanto, não é tão recente. Em 2001, os “carros 1000″ representavam 71,1% do total de carros licenciados.
  • O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro solicitou que a Polícia Federal instaure um inquérito para apurar a suposta prática de crimes financeiros pelo empresário Eike Batista, enquanto controlador da petroleira OGX. O pedido foi embasado nas conclusões do relatório de acusação elaborado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encaminhado ao MPF em 19 de março. A Superintendência de Relações com Empresas da CVM sugeria em seu relatório que “tendo em vista os indícios de crime de ação penal pública” o resultado das investigações fosse comunicado ao MPF. O caso seguiu para a Superintendência da Polícia Federal no Rio no último dia 7, após a curadoria criminal do MPF concluir que é preciso aprofundar as investigações. Só depois o processo voltará a um procurador federal, a quem caberá arquivar o caso ou fazer a denúncia. Assim, o episódio pode extrapolar a esfera administrativa da CVM e trazer consequências penais ao empresário.
  • Ao analisar pesquisas internas, conselheiros de Eduardo Campos (PSB) encontraram sinais de que o ex-governador pernambucano começou a invadir o espaço de Aécio Neves (PSDB) no eleitorado. O movimento começou com o endurecimento dos ataques endereçados a Dilma Rousseff. A informação é de Vera Magalhães, hoje na Folha de S.Paulo. Informa ainda a colunista que articuladores da chapa presidencial de Marina e Eduardo pretendem realizar no Rio a convenção nacional que lançará oficialmente a candidatura da dupla, no dia 10 de junho. O ato deve ser unificado, com PSB, Rede, PPS e PPL. Antes disso, a ex-senadora deve seguir o exemplo de Eduardo Campos e também se mudar para São Paulo. Toda a estrutura política e o estúdio para gravações dos programas eleitorais deve ficar na capital paulista.
20
nov

O PENSAMENTO (MUITO) VIVO DE EIKE BATISTA

Postado às 20:35 Hs

Augusto Nunes
(Site da Veja)

1… “Minha missão é ajudar o Rio e o Brasil”.

2… “Criei uma sigla que resume um dos um mandamentos para gerir bem uma empresa. É o PPI, ou Projeto à Prova de Idiota. Toda empresa, em algum momento, será comandada por um idiota, nem que seja por pouco tempo. Sabendo disso, nós montamos empresas que possam sobreviver aos idiotas. Meus ativos são à prova de idiotas”.

3… “Meu destino é lapidar diamantes brutos”.

4… “Por que só jogador de futebol e dupla sertaneja podem aparecer? Sou empresário transparente, tenho que me mostrar mesmo”.

5… “Deus deixou o item ‘saber fazer dinheiro’ para o meu pote”.

6… “Tenho que concorrer com o senhor Slim (Carlos Slim, bilionário mexicano). Não sei se vou passá-lo pela esquerda ou pela direita, mas vou ultrapassá-lo”.

7… “Tenho um pacto com a Mãe Natureza. Eu perfuro e acho coisas”.

8… “Uma companhia precisa de movimento. Calmaria é bom para quem não quer sair do lugar” ..

9… “Um sonho é um sonho até que se acorde”.

10… “Eu, como brasileiro desta geração, digo com orgulho que o sucesso das minhas empresas não seria possível sem esse Brasil novo criado pelo presidente Lula”.

(artigo enviado por Mário Assis)

15
dez

Doações…

Postado às 20:46 Hs

Em sua edição desta semana, a revista Veja noticia que a MMX, empresa de mineração de Eike Batista, fez doações que somam meio milhão de reais aos partidos PMDB, PSD, DEM, PP, PSDB, PTC e PSB neste ano.

O valor é menor que o doado por Eike nas eleições de 2008. A própria Veja divulgou que, naquele ano, o empresário fez doações de 1 bilhão de reais a candidatos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Mesmo assim, há certa surpresa na notícia, já que Eike chegou a dizer, há alguns meses, que não faria doações a partidos neste ano.

Nesta semana, Eike perdeu novamente o posto de pessoa mais rica do Brasil (isso já havia acontecido, temporariamente, no mês passado), caindo para o terceiro lugar. A estimativa do patrimônio do bilionário reduziu-se em 6,8 bilhões de dólares por causa da divulgação de detalhes da venda de uma participação dele no grupo EBX, por um valor desfavorável.

Agora, Eike é o terceiro no ranking, atrás de Jorge Paulo Lemann, investidor da Anheuser-Busch InBev, e de Dirce Camargo, herdeira do setor de construção civil.

Fonte: EXAME

22
jan

Brasileiros precisam ter orgulho…

Postado às 19:00 Hs

Em entrevista sobre sua trajetória empresarial, o bilionário brasileiro Eike Batista, presidente do Grupo EBX, afirmou ao jornal The New York Times que quer ajudar os brasileiros a terem orgulho de seus empresários, “assim como os norte-americanos fazem.”

“Eu sou rico, sim. Mas construi tudo sozinho. Não roubei de ninguém,” afirma o empresário, que segundo o jornal, divide a opinião dos brasileiros. “Alguns os veem como um megalomaníaco exibicionista,” diz a reportagem.

Eike repetiu ao jornal que muitos brasileiros pensan que ele “apareceu do nada”, em 2000, e afirmou que quer inspirar uma nova geração de brasileiros a ser tomadores de risco, assim como ele é.

”Nós não precisamos só ter os melhores jogadores de futebol do mundo”, disse ele. “Por que não ter o melhor empresário do mundo?,” disse ainda o bilionário brasileiro.

Intitulado “Magnata brasileiro diz ser sua própria inspiração,” o texto sobre a história de Eike Batista – que, segundo a Forbes, já tem US$ 30 bilhões (cerca de R$ 52,7 bilhões) – destaca ainda suas diversas tentativas de negócios, sua formação no exterior e seu casamento com a “a modelo e dançarina de Carnaval” Luma de Oliveira.

O jornal acrescenta que Eike Batista tem mais de 539 mil seguidores no Twitter e que costuma escrever frases inspiradoras.

Segundo a reportagem, nos últimos anos, ele tem investido muito em “restaurar o que ele chama de ‘auto-confiança’ do povo do Rio de Janeiro,”. Eike contou ao jornal que doa US$ 10,7 mil (R$ 18,8 mil) por ano para o combate ao tráfico de drogas nas favelas do Rio. O NYT acrescenta ainda que o empresário concordou em dar US$ 12,3 milhões (R$ 21,6 milhões) ao governador Sérgio Cabral para ajudar com a candidatura do Rio para a Olimpíada de 2016.

Comentando sobre as doações, Eike disse: “Olhe o que aconteceu agora. Os preços dos imóveis triplicaram. As pessoas deveriam me pagar uma comissão,” diz o jornal.

04
out

Celebridade…

Postado às 11:45 Hs

Por Beatriz Ferrari

A lista foi elaborada a partir das opiniões de repórteres e editores da agência Bloomberg em todo mundo

Eike Batista, o presidente do Grupo EBX, é o único brasileiro presente na lista das 50 pessoas mais influentes para as finanças globais, segundo a revista Bloomberg Markets.

O empresário integra a mesma relação em que estão Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano); Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI); os prêmios Nobel de Economia Paul Krugman e Joseph Stiglitz; além dos empresários Warren Buffet, Steve Jobs e Carlos Slim.

Batista aparece na categoria “empreendedores inovadores”, como um dos dez empresários do ranking.

A lista foi elaborada a partir das opiniões de repórteres e editores da agência em todo mundo. Os 50 mais influentes nas finanças globais, segundo a revista, são aqueles cujos comentários mexem com os mercados; seus negócios estabelecem o valor das empresas e das ações; e suas ideias e políticas moldam corporações, governos e economias.

abr 25
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