# PARCELAS DO FIES TERÃO JUROS MAIS ALTOS

Os estudantes que fecharem novos financiamentos pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) pagarão parcelas mais altas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou o reajuste das taxas de juros dos novos contratos de 3,4% para 6,5% ao ano. O reajuste havia sido anunciado no fim do mês passado pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. As novas taxas haviam sido publicadas no edital com as novas regras do Fies, no início do mês, mas precisavam ser regulamentadas pelo CMN para entrar em vigor. O aumento vale apenas para os 61,5 mil contratos previstos para o segundo semestre deste ano. Quem já é beneficiado pelo programa e precisa renovar os financiamentos continuará pagando as taxas atuais, porque os contratos em vigor não podem ser alterados por apenas uma das partes.

# PETROBRAS SE MANTÉM ENTRE AS MAIORES DO MUNDO

Apesar de ser o centro de um dos maiores escândalos de corrupção no País, a Petrobras permanece entre as 500 maiores empresas do mundo. A companhia estatal brasileira de petróleo é a 28ª do ranking anual da revista “Fortune”, com receita de US$ 143,657 bilhões em 2014. Mesmo assim, após mais de um ano de Operação Lava Jato e o longo desdobramento de denúncias originadas em delações premiadas à Justiça, a Petrobras é companhia mais endividada do mundo e busca cortar custos, embarcando num plano para vender US$58 bilhões em ativos até 2018 para financiar o desenvolvimento dos projetos em águas profundas (pré-sal). A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e Federação Única dos Petroleiros (FUP), faz objeção ao Plano de Negócios e Gestão da Petrobras, que inclui a venda de ativos da empresa, divulgado pelo presidente da estatal, Bendine, e decidiram paralisar suas atividades por 24 horas desde meia-noite desta sexta-feira (24). O Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco (Sindipetro-PE) também aderiu à greve nacional.

 

# MERCADO VÊ IMPEACHMENT COMO SAÍDA ‘POSITIVA’

Um relatório divulgado pela consultoria Eurasia no início desta semana passou despercebido – apesar de conter um dado importante. O texto repercutia a última pesquisa CNT/MDA, em que 63% dos entrevistados disseram querer a saída da presidente, e afirmava que o risco de impeachment havia avançado para 30% – o que é considerado alto pelos analistas. O dado curioso revelado pela consultoria é que o comportamento dos investidores com a divulgação desses números foi atípico: em vez de a confusão política assustar, tanto no mercado de dívida quanto o de ações e câmbio reagiram positivamente. “Os dados da pesquisa não eram surpresa, mas o comportamento dos preços de ativos foi revelador: houve uma retomada na Bovespa”, escreveram os analistas da Eurasia. “Esse episódio revela uma premissa entre alguns investidores de que um cenário de impeachment seria positivo para o mercado”. (Veja/Da redação)

# DÓLAR SEGUE EM ALTA NESTA SEXTA-FEIRA E BATE OS R$ 3,34

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira e ultrapassou a barreira dos 3,30, ainda pressionado por preocupações com a situação fiscal do país após o corte nas metas do governo. Por volta das 9h50, a moeda subia 0,91%, negociada aos 3,32 reais na venda. Na máxima, no entanto, chegou a atingir os 3,34 reais, maior nível desde 1º de abril de 2003, quando foi a 3,35 reais no intradia. Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de mais de 2% e terminou em R$ 3,29, maior nível em quatro meses. Na quarta-feira, o governo reduziu a meta de superávit primário deste ano para 8,74 bilhões de reais, ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 66,3 bilhões de reais (1,1% do PIB), previstos até então. Após o corte, o mercado teme que o país perca o grau de investimento – selo de bom pagador – dado por agências de classificação de risco. Na classificação das três principais agências internacionais de classificação de risco – Fitch, Moodys e Standard and Poor’s -, o Brasil segue com grau de investimento. No mercado, agentes têm como certa uma redução do rating soberano do Brasil pela Moody’s para o último patamar dentro do grau de investimento, assim como já se situa nas outras duas agências.