Uma realidade alarmante acomete o Rio Grande do Norte, devido à estiagem. Dos 36 reservatórios do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) no Estado, 18 estão em volume morto, reserva técnica que fica abaixo do nível das comportas. Dos 10 estados em que o Dnocs mantém reservatórios, o RN só não tem mais açudes nesta situação do que o Ceará, com 25 locais com nível de água abaixo das comportas.
O Rio Grande do Norte possui atualmente a disponibilidade de 28% da capacidade de volume dos reservatórios. O quadro só é melhor do que o registrado em Minas Gerais (23%), Ceará (22%), Paraíba (18%) e Pernambuco (13%).
Os reservatórios potiguares que se encontram utilizando o volume morto são os seguintes: Açude Pau dos Ferros, Açude Mundo Novo, Açude Zangarelhas, Açude Caldeirão Parelhas, Açude Currais Novos, Açude Dourado, Açude Marechal Dutra (Gargalheiras), Açude Sossego, Açude Vinte e Cinco de Março, Açude Pilões, Açude Santana (Gangorra), Açude Umarizal, Açude Malhada Vermelha, Açude Bonito II, Açude Lucrécia, Açude Santa Cruz, Açude Santo Antônio de Caraúbas e Açude Alecrim.
ACONTECE
Na próxima segunda-feira, dia 19, acontecerá em Fortaleza/CE, sob coordenação da Fundação Cearense de Meteorologia (FUNCEME) o XVII WorkShop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino. As reuniões ocorrem todos os anos, entre os meses de dezembro e abril, para tentar estabelecer um prognóstico para o inverno no Nordeste. Nesse encontro de Fortaleza serão analisadas as informações referentes às condições dos oceanos Pacífico Atlântico e da atmosfera das últimas semanas, para a elaboração do Prognóstico Climático para o período de fevereiro, março e abril de 2015. Para este encontro, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) enviará os pesquisadores Gilmar Bristot e Josemir Araújo Neves. Além de participarem do encontro com pesquisadores do Nordeste e de organismos nacionais, os pesquisadores discutirão também a participação da EMPARN na execução de projetos em parceria com a FUNCEME.
As previsões não são nada animadores para ” o nosso inverno”… E aí como será ?
Segundo informações veiculadas na Tribuna do Norte, meteorologistas dos principais centros de previsão climática do país estão reunidos em Fortaleza, capital cearense, e divulgaram hoje (25) as previsões para os próximos três meses na região do semi-árido nordestino. Após as pesquisas concluídas ontem, os especialistas de instituições estaduais e órgãos nacionais concluíram que as previsões não são muito diferentes da situação atual de seca.
Segundo Eduardo Sávio Martins, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), as chuvas no semi-árido nordestino nos meses de fevereiro, março e abril ficarão abaixo do normal no norte do Nordeste. De acordo com Eduardo Martins, a seca no próximo trimestre ocorrerá devido à Zona de Convergência Intetropical, onde os ventos vindos dos hemisférios Norte e Sul trazendo umidade confluem, perdendo esse fator essencial para as chuvas na região.
O prognóstico geral para o Nordeste, de acordo com os estudos é de chuvas abaixo da média e de forma irregular, prejudicando os produtores da região.Apesar de a seca atingir principalmente o semi-árido nordestino, outras regiões também foram atingidas, como o norte de Minas Gerais, onde a safra de pequi, fruta tradicional da região, atrasou um mês devido à seca e às pragas. Segundo a ater, no município de Campo Azul, no norte de Minas, a expectativa é de que a produção seja 40% menor que o ano passado, quando o total chegou a 1875 toneladas.