05
nov

O esconderijo da propina de Henrique Alves

Postado às 17:55 Hs

Via Revista  IstoÉ

Nos corredores do QG da Lava Jato, em Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”. Trata-se do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro, ex-presidente da Câmara (2013-2014) e um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer. Dono de 11 mandatos consecutivos como deputado federal, e reconhecido como hábil articulador, Henrique Alves já foi um dos políticos mais poderosos do País. Em junho de 2013 chegou a ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Temer (leia mais na pág. 34). Com certeza teria lugar de destaque no governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho passado encontrou sua conta não declarada na Suíça. A existência da conta confirmou delação premiada feita por diretores da Carioca Engenharia, que apontam Alves como destinatário de propinas do Petrolão. A denúncia fez com que o peemedebista perdesse o cargo de ministro do Turismo.

Agora, documentos obtidos por IstoÉ não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a milionária movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama urdida pelo ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de estar na alça de mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode caracterizar crime de obstrução de Justiça.

 

EMIRADOS ÁRABES – Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai. Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da “lista de Janot”, Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça.

 DA SUÍÇA PARA DUBAI –De acordo com movimentação bancária de Henriquinho, a qual IstoÉ teve acesso, em 30 de março de 2015, três dias após a imprensa noticiar que ele seria indicado para o cargo de ministro do Turismo, Henrique desidratou sua conta no banco Julius Bär (sucessor do Merrill Lynch), na Suíça. Transferiu US$ 733.501,48 para uma conta bancária no Emirates NBD, instituição financeira sediada em Dubai, nos Emirados Árabes. Considerando a cotação do dólar na época, o valor equivalia a cerca de R$ 2,3 milhões. Outra parte do recurso ilegal, um total de USD 137.500,00, cerca de R$ 600 mil na ocasião, já havia sido repassada para um banco no Uruguai em fevereiro.

Com essa manobra, Henrique escapou de ter o dinheiro bloqueado na Suíça, atitude que tem sido adotada pelas autoridades daquele País. A origem desses recursos seria, de acordo com as investigações, pagamentos de propina feitos pela empresa Carioca Engenharia em troca de obter recursos da Caixa Econômica Federal para a obra do Porto Maravilha.

Aberta em 2008, a conta foi fechada logo depois de os valores terem sido transferidos para os Emirados Árabes, ainda no mês de março, segundo relatório do próprio banco Julius Bär. Ainda não se sabe se o banco em Dubai foi o destinatário final dos recursos ou se, de lá, circularam para outros caminhos.

19
mar

@ @ É NOTÍCIA … @ @

Postado às 9:29 Hs

  • É perto de nula a possibilidade de Joaquim Barbosa deixar o STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 5 de abril para ser candidato a qualquer cargo eletivo. A expectativa, no meio político, é a de que ele se lance ao Senado pelo Rio de Janeiro. Na visita que fez ao Complexo Penitenciário de Guarulhos, em SP, ontem, por sinal, Joaquim Barbosa foi festejado pelos presos com gritos e sinais de positivo. A maioria pedia ajuda por estar há mais tempo detido do que o prazo permitido por lei. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido pelo ministro, está fazendo um mutirão nos presídios do país. Uma das celas do complexo foram esvaziadas para que Barbosa vistoriasse as condições do local. A cena foi dramática: no local deveriam estar dez presos. Quando a porta de grades se abriu, 55 saíram de dentro do cubículo. Relataram que, à noite, têm que se revezar: enquanto alguns deitam, outros dormem em pé. Depois, trocam.
  • A agenda de Dilma Rousseff está cada vez mais voltada para a pré-campanha presidencial. A informação é de Mõnica Bergamo, hoje na Folha de S.Paulo. Segundo a colunista, nos próximos meses, são raras as semanas em que a petista ficará quatro dias seguidos em Brasília, de acordo com integrantes do staff dela que têm acesso aos compromissos já confirmados fora da capital. ”Só nesta semana Dilma viaja para Fortaleza e Sobral, no Ceará, e para Belém, no Pará.”
  • A presidente Dilma Rousseff ficou surpresa e se irritou muito com a decisão anunciada pelo presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), de adiar para a semana que vem a votação do Marco Civil da Internet – que esperava ir para o plenário nesta quarta-feira, 19. Dilma já estava exaurida por causa da guerra – que segue desde a semana passada – com a base aliada comandada pelo líder do PMDB na câmara, Eduardo Cunha, e achava que o problema estaria contornado após a nomeação dos novos ministros. A crise, no entanto, se estendeu por esta semana com a votação do Marco Civil da Internet, último grande projeto de interesse do Planalto para ser apreciado pelo Congresso antes das eleições. O governo, agora, pretende cobrar dos ministros que representam partidos na Esplanada a lealdade de seus correligionários nas votações, colocando em votação o Marco Civil da Internet, sem mais exigências, até a semana que vem. O problema se agravou porque, ao atender aos primeiros pedidos dos parlamentares que abriram um balcão de negociação para aceitarem abandonar o “Blocão”, a presidente Dilma acabou caindo em uma armadilha. Os partidos têm mais e mais pedidos que querem ver atendidos, agora, por conta da votação do Marco Civil da Internet.
  • Previsto inicialmente para ocorrer no final deste mês em São Paulo, o lançamento da candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG) será adiado e deverá ocorrer apenas depois da Semana Santa, na segunda quinzena de abril. Com pesquisas do impacto dos veículos de comunicação junto aos eleitores em mãos, a estratégia dos tucanos é lançar a candidatura do presidente nacional do PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto apenas após a propaganda partidária da legenda em rede nacional de rádio e TV ir ao ar. “O mecanismo eficiente para comunicar com a população é a televisão. Então é para preparar o terreno para que o lançamento seja feito em outro patamar”, afirmou o presidente estadual do PSDB em Minas e braço direito de Aécio, deputado federal Marcus Pestana. A primeira investida do PSDB junto aos eleitores será feita por meio dos comerciais com duração máxima de cinco minutos que serão divulgados em todo o país nos dias 8, 10, 12 e 15 de abril. No dia 17, será a vez da vinculação do programa de 10 minutos em horário nobre, entre às 20h30 e 20h40 em rede nacional de televisão.
  • Na manhã desta quarta-feira (19), os servidores estaduais da saúde iniciam a greve com um ato público a partir das 9h, com concentração no Hospital Walfredo Gurgel. Reunindo caravanas do interior e servidores dos hospitais de Natal, a manifestação deixará o Walfredo até a Governadoria, com uma parada em frente ao Midway. A greve é uma resposta dos servidores diante da quebra do acordo da greve de 2013 e da piora das condições de trabalho e aumento da sobrecarga nos hospitais. “Há quatro meses estamos esperando o envio do Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, com a tabela do nosso plano de cargos, sem respostas”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN. O Projeto de Lei que corrige as distorções na tabela do Plano de Cargos está no gabinete da governadora Rosalba, para ser enviado aos deputados estaduais. Além da aprovação do projeto e de sua implantação nos prazos acordados, a campanha salarial exige a redução da sobrecarga de trabalho e do déficit de profissionais, que chega a dois mil servidores nos hospitais do estado. O principal hospital, o Walfredo Gurgel, necessita de 256 técnicos de enfermagem, para completar o quadro. A pauta de 2014 exige ainda o não fechamento dos hospitais do interior, reajuste salarial de 12%, implantação da tabela de qualificação, garantia dos direitos dos municipalizados, entre outras reivindicações. A partir desta quarta, serão mantidos apenas o percentual mínimo nos serviços, respeitando a legislação de greve. Na quinta-feira (20), os servidores irão até a Assembleia Legislativa, para cobrar o envio e a aprovação urgente do Projeto de Lei. No mesmo dia, às 15h30, haverá uma audiência com o secretário de Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca, onde serão discutidos os pontos de pauta que dizem respeito apenas à Sesap.
abr 19
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