Os analistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação para 2022. De acordo com o BC, a projeção dos analistas para a inflação deste ano subiu de 5,09% para 5,15%.

A informação consta do relatório “Focus”, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Se confirmada a previsão, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou, em carta aberta, que a alta nos preços de commodities (produtos básicos, como alimentos e petróleo), da energia e falta de insumos levaram país a superar a meta.

Em 2022, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Com a nova alta, a previsão do mercado se distancia mais do teto da meta. O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Para 2023, o mercado financeiro manteve em 3,40% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

A inflação oficial perdeu ritmo em dezembro, mas o resultado não impediu que o índice oficial de preços terminasse 2021 no maior patamar desde 2015, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (11) apontam para uma variação de 0,73% da inflação oficial em dezembro, o que resultou em um salto de 10,06% dos preços no acumulado de todo o ano passado.

A disparada, ainda menor do que a que chegou a ser esperada por analistas financeiros entre os meses de novembro e de dezembro, representa quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para 2021, de 5,25%. O limite máximo perseguido levava em conta uma tolerância de 1,5 ponto percentual.

Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que calcula a inflação das famílias com rendimentos de até cinco salários mínimos, fechou o ano passado com alta de 10,16%, acima dos 5,45% registrados em 2020.

R7

A inflação oficial de preços perdeu ritmo e subiu 0,95% em novembro, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da desaceleração ante a alta de 1,25% regis

Foto: Agência Brasil

trada em outubro, o salto é o maior para o mês desde 2015.

Mesmo com o resultado inferior ao do mês anterior, a alta acumulada do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período de 12 meses segue em ascensão e agora figura em 10,74%, o maior patamar desde novembro de 2003 (11,02%).

O resultado para o intervalo compreendido entre dezembro de 2020 e novembro de 2021 é ainda mais próximo do triplo da meta de inflação estabelecida pelo governo para este ano, de 3,75%. Já nos 11 primeiros meses de 2021, o IPCA acumula alta de 9,26%.

Mais uma vez, a alta do índice foi puxada pelo grupo de transportes (+3,35%), influenciada pelo preço dos combustíveis, principalmente da gasolina (+7,38%), que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês.

R7

Com o aumento da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos para tentar segurar a alta dos preços. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou hoje (8) a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro.

Esse foi o sétimo reajuste consecutivo na taxa Selic, depois de passar seis anos sem elevação. De março a junho, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Na última reunião, em outubro, o reajuste chegou a 1,25 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outubro, o índice ficou em 1,25%, o maior para o mês desde 2002 (1,31%). Em 12 meses, o IPCA chegou a 10,67%.

Para o mercado financeiro, o IPCA deve chegar a 10,18%, neste ano. Tanto o resultado em 12 meses quanto a previsão para o ano estão acima do teto da meta de inflação para o ano. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é 5,25% e o inferior, 2,25%.

Crédito mais caro

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Agência Brasil

Para combater uma inflação alta, persistente e disseminada, o Banco Central está promovendo o mais forte choque de juros em quase 20 anos, considerando que a taxa Selic deve chegar a 9,25% nesta quarta-feira, 8, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano. Em nove meses, o aumento acumulado deve somar 7,25 pontos porcentuais, do nível inicial de 2% – o mínimo histórico. A dose cavalar de juros em curto espaço de tempo só fica atrás nos últimos 20 anos do ciclo iniciado no fim de 2002, em meio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela oportunidade, a taxa Selic subiu 7,5 pontos em apenas três meses – de outubro a janeiro, com uma alta final de 1 ponto em fevereiro, para 26,50%.  Mesmo com os juros subindo “de elevador”, é provável que o Banco Central descumpra seu objetivo por dois anos seguidos, em 2021 e 2022, considerando a maioria das projeções de economistas ouvidos pela própria instituição para o boletim Focus. Inflação na casa dos dois dígitos promove uma bagunça na economia, prejudica a atividade e empobrece a população. 
29
nov

Mercado financeiro prevê mais inflação

Postado às 11:06 Hs

O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e também passou a prever uma alta menor da atividade econômica em 2021 e 2022.

As expectativas do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

De acordo com o BC, a projeção dos analistas para o IPCA de 2021 subiu de 10,12% para 10,15%. Foi a trigésima quarta semana seguida de aumento. Se confirmada a previsão, será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015, quando o IPCA somou 10,67%.

O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,96% para 5% a estimativa de inflação. Foi a 19ª alta seguida. A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Portanto, a estimativa do mercado está no limite do sistema de metas para o ano que vem.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

04
out

Subindo

Postado às 21:26 Hs

Reprodução

A alta da inflação deve ter chegado ao seu maior nível em setembro, na avaliação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. “Nós entendemos que, em termos de inflação de 12 meses, setembro deve ser o pico. A gente ainda tem uma inflação alta em setembro”, disse em palestra na Associação Comercial de São Paulo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial no país, chegou a 1,14% em setembro. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto e a 0,45% de setembro do ano passado. Com o resultado, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses.

Campos atribuiu a alta da inflação a “dois choques” ocorridos em 2020 e 2021. Segundo o presidente do BC, no ano passado o Brasil sofreu com um forte aumento dos preços dos alimentos associado a uma grande perda de valor do real em relação ao dólar.

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), elevou a taxa Selic – juros básicos da economia – de 5,25% para 6,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. A taxa está no nível mais alto desde julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano. Esse foi o quinto reajuste consecutivo na taxa Selic. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Em comunicado, o Copom informou que deverá elevar novamente a Selic em um ponto percentual na próxima reunião, no fim de outubro. Com o teto da meta de inflação estourado em 2021, o órgão informou que trabalha para trazer a inflação de volta para o intervalo da meta em 2022 e, “em algum grau”, em 2023.

Pressionado pela alta dos preços de energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país –, ficou em 0,96% em julho, maior valor para o mês desde 2002, e acima da taxa de junho, que foi de 0,53%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

Nos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 8,99%, percentual bem acima do teto da meta de 5,25% previsto para este ano. No ano, o índice acumula alta de 4,76%.

O centro da meta de inflação estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2021 é de 3,75%, com o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,25%) ou para cima (5,25%).

Energia sobe 8%; passagens aéreas, 35%

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo instituto registraram alta no mês de julho, com destaque para habitação, que teve a maior variação (3,10%) e o maior impacto (0,48 ponto percentual) na composição do índice. Desse grupo, faz parte a energia elétrica, que saltou 7,88% em julho ante 1,95% no mês anterior, com o maior impacto individual no índice (0,35 p.p.).

Esse movimento foi levado, segundo o IBGE, pelos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo, de 8,97% em Curitiba e de 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre. Em meio a uma das piores crises hídricas da história do país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou em  52% o valor da taxa da bandeira tarifária 2 , a mais cara, para R$ 9,49 por 100 kWh consumidos a partir de julho, o que também pressionou o resultado. a mais cara, para R$ 9,49 por 100 kWh consumidos a partir de julho, o que também pressionou o resultado.

O grupo transportes teve a segunda maior contribuição do mês (0,32 p.p.), com influência dos preços das passagens aéreas, que subiram 35,22% depois da queda 5,57% em junho, e dos combustíveis, com alta de 1,24% na comparação mensal. O destaque aí vai para a gasolina, com alta de 1,55%.

Desaceleraram ou caíram

Alimentação fora do domicílio desacelerou em relação a junho, influenciada pelo lanche (0,16%) e a refeição (0,04%), cujos preços haviam subido 0,24% e 0,85% no mês anterior, respectivamente, diz o IBGE.

Já o grupo saúde e cuidados pessoais teve queda no período (-0,65%), com a redução dos preços dos planos de saúde (-1,36% e -0,05 p.p.). “Em julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou um reajuste negativo de -8,19% em função da diminuição da utilização de serviços de saúde suplementar durante a pandemia”, diz o IBGE.

Inflação dos mais pobres

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados, subiu 1,02% em julho, após um avanço de 0,60% em junho. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 5,01% no ano, de acordo com o instituto. A taxa em 12 meses ficou em 9,85%. Em julho de 2020, o INPC tinha sido de 0,44%.

Previsão de alta

As previsões do mercado financeiro para o IPCA do ano estão subindo há 18 semanas seguidas. Na última segunda-feira, subiu para 6,88%.

 

CNN

Com a persistência da inflação em patamar alto e a volta do risco fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira a Selic (a taxa básica de juros) em 1,00 ponto porcentual, de 4,25% para 5,25% ao ano. Este foi o quarto aumento consecutivo dos juros e representa uma aceleração do aperto monetário. Nas três decisões anteriores, o BC havia subido a taxa em 0,75 ponto porcentual. Com a decisão de hoje, a Selic está no maior patamar desde outubro de 2019 – antes da pandemia de covid-19. Com a crise sanitária, o BC fez um primeiro movimento no sentido de acelerar os cortes da taxa, que se manteve no mínimo histórico de 2% ao ano de agosto do ano passado a março deste ano. Em um segundo movimento, iniciado em março, o BC recomeçou a elevar a Selic, numa tentativa de controlar a inflação.

Foto: Marcello CasalJr/Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA- a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,56% para 6,79%. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (2), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,81%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses. Os dados de julho devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,72% no mês passado, a maior variação do IPCA-15 para um mês de julho desde 2004 (0,93%).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Nesta terça (3) e quarta-feira (4), o Copom realiza, em Brasília, a quinta reunião do ano para definir a Selic e deve haver nova elevação.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7% ao ano, mesma previsão da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (12) o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que bateu 5,45% no acumulado de janeiro a dezembro de 2020. Com o resultado, o salário mínimo, fixado anteriormente em R$ 1.100, deve ser reajustado pelo governo neste início de 2021 em até R$ 2. É o que afirma Juliana Inhasz, professora de economia do Insper. Para ela, no entanto, reajuste deve ser discreto, “uma vez que aumentos no salário mínimo acarretam aumentos consideráveis nos gastos em aposentadorias, pensões e seguros-desemprego”. “Em um ano onde o governo encontra-se em situação fiscal complicada, correções deverão ser bem ponderadas”, analisa Juliana. O INPC é usado para o reajuste do piso salarial, pois é um índice que representa a inflação de uma parcela considerável da população.
23
dez

IBGE anuncia inflação de 4,23% em 2020

Postado às 9:53 Hs

Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 1,06% em dezembro deste ano, taxa superior ao 0,81% de novembro e ao 1,05% de dezembro do ano passado. O dado foi divulgado pelo IBGE. As informações são do Blog do Riella.

Essa foi a maior taxa de variação mensal do IPCA-15 desde junho de 2018 (1,11%). Com o resultado, o IPCA-15 fechou 2020 com uma taxa de 4,23%.

Em dezembro, o principal impacto para a inflação ficou com o grupo alimentação e bebidas, que teve alta de preços de 2% na prévia do mês. Entre os itens com maior taxa de inflação, destacam-se também as carnes (5,53%), o arroz (4,96%), as frutas (3,62%), a batata-inglesa (17,96%) e o óleo de soja (7%).

Outros grupos com grande impacto no IPCA-15 de dezembro foram transportes (1,43%) e habitação (1,50%). Apenas o grupo vestuário teve deflação (queda de preços): -0,44%.

No acumulado do ano, o principal responsável pela taxa de 4,23% da prévia da inflação foi também o grupo alimentação e bebidas, com uma alta de preços acumulada de 14,36%.

Vicente Nunes / Correio Braziliense

O governo reagiu com cautela aos números da inflação, mas, no entorno do presidente Jair Bolsonaro, o sentimento é de muita preocupação. Pesquisas internas feitas pelo Palácio do Planalto mostram um enorme descontentamento da população com a disparada dos preços.

As queixas dos pesquisados é de que muitos estão sendo obrigados a tirar itens essenciais do carrinho de supermercado. A quantidade de arroz comprada no mês caiu pela metade. Também foi reduzida a quantidade de feijão, carne e óleo de soja.

DESCONFORTO CRESCENTE – “As reclamações são gerais. Há um desconforto crescente em relação ao governo”, admite um integrante do Planalto. “As pessoas estão se sentindo desprotegidas, sobretudo as mais pobres, que, agora, ficarão sem o auxílio emergencial”, acrescenta.

A expectativa do Planalto é de que se cumpram as promessas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que têm assegurado que a disparada da inflação é temporária.

“O problema é que esse temporário está durando demais”, diz outro integrante do Planalto. “De início, a explicação foi a de que era uma inflação dos alimentos, que passaria logo. Contudo, estamos vendo um reajuste disseminado de preços”, enfatiza.

DIZ O IBGE – Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu, em novembro, 0,89%, o pior resultado para o mês desde 2015. A carestia foi puxada, sobretudo, por alimentos e transportes.

No acumulado de 12 meses, o IPCA cravou alta de 4,31%, superando o centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4%. No acumulado do ano, o indicador está em 3,13%. Pelas projeções de especialistas, a inflação de novembro ficaria em 0,78%.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia informou nesta terça-feira (17) que elevou de 2,35% para 4,10% a estimativa de inflação de 2020 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O INPC baseia a correção anual do salário mínimo pelo governo. Se esse aumento previsto pelo governo se confirmar, e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo de 2021 também será maior do que o estimado anteriormente.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.045. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2020, o valor subiria para R$ 1.087,84 no ano que vem. Esse valor está R$ 20,84 acima da última proposta oficial do governo para o salário mínimo em 2021, divulgada em agosto, de R$ 1.067.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores no Brasil.

O valor para o salário mínimo de 2021 pode sofrer novas alterações no decorrer deste ano, com base nas projeções de inflação para o ano de 2020 (utilizadas como parâmetro para correção).

A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior.

Em setembro, a área econômica do governo informou apoiar que benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, fossem desvinculados do reajuste do salário mínimo e congelados nos próximos dois anos. Porém, o estudo foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro.

26
mar

Números

Postado às 19:14 Hs

Inflação pode ficar em 2,6% este ano, diz Banco Central

 

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pode ficar em 2,6% neste ano, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado hoje (26) pelo Banco Central (BC), em Brasília. Em 2021, a previsão é que a inflação suba para 3,2%, chegando a 3,3%, em 2022.

No relatório, o BC faz projeções considerando quatro cenários com expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, e para o câmbio. Para essas estimativas, foram consideradas as projeções do mercado financeiro relativas aos finais de ano para a taxa Selic (3,75% ao ano, em 2020, 5,25% em 2021 e 6% em 2022), e para o câmbio (R$ 4,35, em 2020, e R$ 4,20, em 2021 e 2022).

11
mar

* * * Quentinhas … * * *

Postado às 17:56 Hs

* * * Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, a inflação registrada em fevereiro foi a menor para o mês desde 2000. O índice ficou em 0,25%. Em janeiro, foi de 0,21%. No acumulado do ano, o IPCA tem altade 0,46% e, nos últimos 12 meses, de 4,01%. * * *

* * * A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deve publicar nos próximos dias uma resolução que inclui exames para detectar uma possível infecção pelo coronavírus no rol de cobertura mínima obrigatória pelos planos de saúde. A informação é do secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis. Ele comentou o tema ao ser questionado por jornalistas se clínicas privadas podem cobrar pelo exame no atendimento a usuários de planos de saúde. * * *

* * * Na reunião que teve hoje pela manhã na Assembleia Legislativa com deputados, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN, Janeayre Souto, criticou a falta de diálogo com a governadora Fátima Bezerra (PT). “Conseguimos ser ouvidos pelos deputados, já que a governadora não teve tempo de ouvir os servidores e fechamos propostas a partir do que trouxemos”, destacou. Não pega bem para uma governadora de origem popular receber uma crítica dessa. * * *

Após a divulgação de que a inflação oficial do ano passado foi maior do que a levada em conta para reajustar o piso salarial do país, o Ministério da Economia não informou se fará um novo aumento ou se manterá o valor defasado neste ano. A reportagem questionou a pasta desde a manhã desta sexta-feira (10) sobre o procedimento a ser adotado e se o poder de compra do trabalhador ficará reduzido caso não haja novo reajuste. No início da noite, o ministério informou que não vai comentar. Na manhã desta sexta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Mercado) de 2019, que ficou em 4,48%. O percentual veio acima dos 3,86% estimados no fim de dezembro pelo governo ao determinar o valor de R$ 1.039 para o mínimo.
mar 28
quinta-feira
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