16
fev

Opinião

Postado às 13:11 Hs

A pá de cal em Lula

 

As revelações da revista IstoÉ, ontem, antecipando, com exclusividade, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu R$ 8 milhões em dinheiro vivo da Odebrecht, podem sepultar de vez o projeto da volta do petista ao poder. Até então, aquele que se considera o homem mais honesto do mundo esbravejava que era inocente e que ninguém tinha provas do seu envolvimento na operação Lava Jato.

Está provado que o castelo de Lula não era de concreto, mas de areia. E desmoronou! Na sua defesa, dirá que a dinheirama tem relação direta com o pagamento de palestras. Segundo o que a revista apurou, a grana chegou às mãos de Lula quando ele já não era mais presidente. Mas que empreiteira tão generosa para bancar R$ 8 milhões em blábláblá de um ex-presidente!

Como diz um ditado popular, tem mais alguma coisa no ar, além de avião de carreira. Só os petistas empedernidos ou os lulistas cegos para não reconhecer a fortuna da família Silva, a começar pelo filho Lulinha, que virou de uma hora para outra um limpador de cocô de elefante de zoológico num dos novos e prósperos ricaços do País. Basta ver o seu patrimônio.

O juiz Sérgio Moro já deve ter todas as provas para botar Lula, o chefe da quadrilha, no xadrez. As evidências da ladroagem vão aparecendo passo a passo, na medida em que o cerco vai se fechando. Profissional meticuloso e frio, como deve ser todo magistrado num esquema de tal envergadura, Moro vai comendo pelas beiradas. Não quer deixar brechas para contestações. Sabe ele que a prisão de Lula não é um ato comum nem tampouco involuntário. Envolve mentes e corações. Mexe com o sentimento humano. Como na operação Mãos Limpas, na Itália, o desfecho que se materializa com a prisão do chefão da máfia é a última cartada. Não pode dar errada nem sofrer atropelos.

Certa vez ouvi do advogado Hélio Bicudo, ex-petista, um dos signatários da peça jurídica que fundamentou o impeachment de Dilma, que Lula, antes de virar presidente, morava em um apartamento com dois quartos no ABC paulista, com contas atrasadas de condomínio, sem ter onde cair morto. Com as rédeas do poder nas mãos, construiu um patrimônio sólido, enriqueceu a família. No mesmo dia em que uma revista traz a prova do crime, Lula desponta na liderança de uma pesquisa para presidente. Normalíssimo! Trata-se do chamado recall, a lembrança do nome mais conhecido pelo eleitorado alienado, que não acompanha nem tem capacidade de avaliar os fatos do dia a dia. Lula não é candidato nem resistiria a uma campanha sendo réu em cinco processos. Com o desenrolar da campanha, despenca nas pesquisas e vira um zumbi.

Fonte: Blog do Magno

Já afastada do poder por irregularidades na condução da economia e suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, a ex-presidente Dilma Rousseff vai ser envolvida diretá amente em negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht. Fontes com acesso às investigações afirmam que ela foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2 em ao menos 18 vezes, por vários diretores da companhia. Os depoimentos mais comprometedores seriam do próprio Marcelo Odebrecht. Marcelo detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à reeleição. É justamente em uma dessas ocasiões que Marcelo fala de forma mais comprometedora sobre a ex-presidente. O empreiteiro conta que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a campanha.

Por Débora Bergamasco, Mário Simas Filho e Sérgio Pardellas  / IstoÉ

Nos últimos meses, o ex-presidente Lula foi emparedado pela Lava Jato. Virou reú três vezes por práticas nada republicanas: obstrução de Justiça, ocultação de patrimônio — ao omitir um tríplex no Guarujá —, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, organização criminosa e tráfico de influência no BNDES, em razão do esquema envolvendo a contratação de seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. Ou seja, já há uma fartura de provas contra o petista, ao contrário do que costuma alardear sua defesa.

Nada, no entanto, pode ser mais categórico e definitivo como conceito de corrupção, na acepção da palavra, do que o recebimento de pagamentos de propina em dinheiro vivo. Por isso, o que se revela agora acrescenta um ingrediente potencialmente devastador para o ex-presidente.

Em delação premiada, Marcelo Odebrecht diz que fez pagamentos ao ex-presidente Lula em espécie. Os recursos em dinheiro vivo faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões, destinados ao petista pela empreiteira baiana.

05
nov

O esconderijo da propina de Henrique Alves

Postado às 17:55 Hs

Via Revista  IstoÉ

Nos corredores do QG da Lava Jato, em Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”. Trata-se do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro, ex-presidente da Câmara (2013-2014) e um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer. Dono de 11 mandatos consecutivos como deputado federal, e reconhecido como hábil articulador, Henrique Alves já foi um dos políticos mais poderosos do País. Em junho de 2013 chegou a ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e Temer (leia mais na pág. 34). Com certeza teria lugar de destaque no governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho passado encontrou sua conta não declarada na Suíça. A existência da conta confirmou delação premiada feita por diretores da Carioca Engenharia, que apontam Alves como destinatário de propinas do Petrolão. A denúncia fez com que o peemedebista perdesse o cargo de ministro do Turismo.

Agora, documentos obtidos por IstoÉ não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a milionária movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama urdida pelo ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de estar na alça de mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode caracterizar crime de obstrução de Justiça.

 

EMIRADOS ÁRABES – Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai. Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da “lista de Janot”, Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça.

 DA SUÍÇA PARA DUBAI –De acordo com movimentação bancária de Henriquinho, a qual IstoÉ teve acesso, em 30 de março de 2015, três dias após a imprensa noticiar que ele seria indicado para o cargo de ministro do Turismo, Henrique desidratou sua conta no banco Julius Bär (sucessor do Merrill Lynch), na Suíça. Transferiu US$ 733.501,48 para uma conta bancária no Emirates NBD, instituição financeira sediada em Dubai, nos Emirados Árabes. Considerando a cotação do dólar na época, o valor equivalia a cerca de R$ 2,3 milhões. Outra parte do recurso ilegal, um total de USD 137.500,00, cerca de R$ 600 mil na ocasião, já havia sido repassada para um banco no Uruguai em fevereiro.

Com essa manobra, Henrique escapou de ter o dinheiro bloqueado na Suíça, atitude que tem sido adotada pelas autoridades daquele País. A origem desses recursos seria, de acordo com as investigações, pagamentos de propina feitos pela empresa Carioca Engenharia em troca de obter recursos da Caixa Econômica Federal para a obra do Porto Maravilha.

Aberta em 2008, a conta foi fechada logo depois de os valores terem sido transferidos para os Emirados Árabes, ainda no mês de março, segundo relatório do próprio banco Julius Bär. Ainda não se sabe se o banco em Dubai foi o destinatário final dos recursos ou se, de lá, circularam para outros caminhos.

Homem Bomba: Delcídio mete medo, na revista Istoé

Na terça-feira 8, Brasília ainda ardia com os detalhes da carta que Michel Temer enviara à presidente Dilma Rousseff na noite anterior, quando o advogado Antonio Bastos cruzou os portões da sede da Polícia Federal na capital da República. Defensor de personagens chaves do maior escândalo de corrupção que já veio à tona no País, como o doleiro Alberto Youssef e o empresário Ricardo Pessoa, Bastos foi à PF visitar o mais novo e ilustre encarcerado da Operação Lava Jato. Por mais de uma hora o advogado teve uma conversa dura e franca com o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, acusado de tentar sabotar a Lava Jato com um mirabolante plano para tirar do País o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Preso há três semanas em uma sala improvisada na sede da PF, Delcídio capitulou. Decidiu fazer uma delação premiada e escolheu Antônio Bastos como seu estrategista para convencer o Supremo Tribunal Federal a aceitar uma redução de pena com base no que ele tem a contar. A informação de que Delcídio decidiu jogar a toalha causou calafrios em gente graúda no Planalto. E a razão disso não é exatamente porque se trata de um ex-líder do governo no Senado, com trânsito livre com Dilma Rousseff e a cúpula do governo. Os temores, bastante justificáveis, encontram lastro na vasta experiência que Delcídio acumulou na própria Petrobras e seu papel protagonista em alguns dos negócios mais cabeludos envolvendo a estatal nas últimas décadas. Delcídio tem muito a contar.

Em seu extenso currículo de negócios agora suspeitos, o senador do Mato Grosso do Sul, por exemplo, é apontado como um dos padrinhos da indicação de Nestor Cerveró para o cargo de Diretor Internacional da Petrobras. De acordo com investigações da força tarefa da Lava Jato, Delcídio seria um dos beneficiários das gordas propinas distribuídas após a compra da Refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, e poderia descrever uma suposta participação da presidente Dilma no negócio. Apenas ele teria recebido algo como US$ 1,5 milhão. Delcídio do Amaral também é apontado como um dos destinatários de valores desviados de contratos de locação de navios-sonda, uma negociata que também envolveria o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Delcídio é, ainda, o cupido que aproximou o pecuarista José Carlos Bumlai, outro preso pela Lava Jato, do ex-presidente Lula.

Antes mesmo de fechar o acordo de delação, Delcídio já começou a falar. Em depoimentos dados à Polícia Federal, o senador citou a presidente Dilma Rousseff algumas vezes. Afirmou, por exemplo, que Dilma conhecia Cerveró de longa data, desde os tempos em que era secretária de Energia do Rio Grande do Sul, na gestão de Olívio Dutra. Ex-tucano, o senador também teria citado casos de corrupção ocorridos na Petrobras durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando ele comandou a diretoria de Gás e Energia na estatal. De acordo com o próprio Cerveró, Delcídio também tem detalhes da distribuição de propina pela Alstom nos governos tucanos. Como se vê, se Delcídio falar o que sabe não terá muitos problemas em conseguir ir para casa com uma tornozeleira eletrônica.

IstoÉ

A luz vermelha de alerta foi acesa no Planalto. Pela primeira vez, desde o início da crise política, o governo admite que a situação da presidente Dilma Rousseff beira o insustentável. Ninguém mais esconde a gravidade do momento. Isolada, registrando o pior índice de popularidade da redemocratização – míseros 9% -, com sua base política e social em frangalhos, e sob o risco de ser abandonada pelo próprio vice-presidente e por ministros estratégicos do governo, Dilma se depara com o caos à sua volta. Percebe-se fragilizada em quase todas as frentes políticas. Nunca, como agora, as condições para um possível impeachment da presidente da República estiveram tão nitidamente postas.

No TCU, encerra-se na próxima semana o prazo para a presidente se explicar no episódio conhecido como pedaladas fiscais, artifício usado pelo governo para maquiar as contas públicas e simular um resultado fiscal diferente da realidade. O entendimento no tribunal é que dificilmente as contas de 2014 de Dilma serão aprovadas dado o grau de devastação da contabilidade do governo. Fatalmente, a presidente será responsabilizada num processo que pode, se avalizado pelo Congresso, culminar com o seu afastamento por 180 dias para responder por crime de responsabilidade.

CRIME ELEITORAL

No TSE, o cenário é ainda mais sombrio para Dilma, o PT e o Planalto. O tribunal investiga a existência de irregularidades na campanha cujo desfecho pode ser a cassação do diploma de Dilma por abuso de poder político e econômico. Na última semana, os ministros do TSE impuseram uma derrota ao governo por unanimidade numa ação em que o PT tentava barrar a convocação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, pedida pelo PSDB. Graças a esse infortúnio, que expõe a fraqueza do governo num foro decisivo para o destino da presidente da República, no dia 14 de julho, Pessoa irá repetir no TSE o explosivo depoimento dado à Justiça em regime de delação premiada.

Aos procuradores da Lava Jato, Pessoa revelou ter doado à campanha de Dilma à reeleição R$ 7,5 milhões em dinheiro desviado de contratos da Petrobras, depois de pressionado pelo então tesoureiro Edinho Silva, hoje ministro da Comunicação Social. O empreiteiro ainda entregou aos procuradores uma planilha com título autoexplicativo: “Pagamentos ao PT por caixa dois”, numa referência ao repasse ilegal de R$ 15 milhões ao então tesoureiro petista, João Vaccari Neto, e de R$ 750 mil a José Filippi, responsável pelas contas de campanha da presidente em 2010.

SARNEY ACHA QUE DILMA CAI

Em reuniões internas do PMDB, José Sarney, experiente cacique político e interlocutor de Lula durante seus dois mandatos, avaliou, sem meias palavras: “A possibilidade da queda de Dilma é cada vez mais real”. Para Sarney, a escalada de más notícias para o governo não cessa e o cerco se fecha no momento em que a base de sustentação de Dilma no Congresso desaba como um castelo de cartas.

O temor no Planalto é reforçado pelo fato de o doleiro Alberto Yousseff ter feito uma revelação tão grave quanto a de Ricardo Pessoa no mesmo processo no TSE, onde o governo demonstra não dispor de apoios sólidos. Yousseff disse ter sido procurado por um emissário da campanha da presidente Dilma no ano passado para repatriar cerca de R$ 20 milhões depositados no exterior. Ele só não executou a operação porque foi preso em março com a eclosão da Operação Lava Jato.

“Uma pessoa de nome Felipe me procurou para trazer um dinheiro de fora e depois não me procurou mais. Aí aconteceu a questão de prisão e eu nunca mais o vi. Se não me engano, o pai dele tinha uma empreiteira”, disse o doleiro. Questionado se o dinheiro teria como destino a campanha de Dilma, Yousseff foi taxativo: “Sim, mas não aconteceu”. A conversa teria ocorrido 60 dias antes de sua prisão.

OCULTANDO DADOS…

Além de Yousseff, foi ouvido pelo ministro-relator João Otávio Noronha do TSE o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e um personagem pouco conhecido do grande público, mas com potencial para levar ainda mais complicações a presidente. Segundo apurou ISTOÉ, em depoimento sigiloso à Justiça Eleitoral, o ex-diretor de estudos e políticas sociais do IPEA Herton Ellery Araújo contou que foi pressionado pelo governo para não divulgar, durante a campanha, dados que pudessem prejudicar a reeleição da petista. Um desses dados dizia que o número de miseráveis no Brasil havia aumentado entre 2012 e 2013, contrastando com o discurso entoado por Dilma em peças publicitárias na TV e no rádio, e em comícios País afora. Araújo não suportou a interferência e pediu exoneração do cargo.

“Nós não pudemos divulgar os dados da extrema pobreza da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios”, confirmou o ex-diretor em entrevista à ISTOÉ. Para ele, o “governo errou a mão, fez besteira”. “A pessoa não pode fazer o que quer para ganhar eleição”, disse. Além de abuso de poder político, ao impedir a divulgação de dados oficiais negativos, Dilma pode responder por falsidade ideológica. O depoimento de Araújo levou o TSE a convocar Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, a prestar esclarecimentos. O ex-ministro terá de dizer de quem partiu a ordem no Palácio do Planalto para impedir a divulgação da pesquisa.

abr 19
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