O presidente eleito Javier Milei (LLA) tomou posse como novo mandatário da Argentina, neste domingo (10/12), ao lado da vice, Victoria Villarruel. Às 11h em Buenos Aires — mesmo horário de Brasília —, os dois eleitos chegaram ao Congresso da Nação Argentina. O agora ex-chefe de Estado Alberto Fernández passou a faixa e o bastão presidenciais para Javier Milei, pouco antes das 12h, após o ultraliberal fazer o juramento à nação.

Em seguida, sob gritos de “liberdade, liberdade”, Milei assinou o termo de posse e se tornou oficialmente presidente da Argentina.

Logo depois, iniciou o primeiro discurso como chefe do Executivo. Milei falou da inflação que assola o país, apresentou dados sobre a economia, criticou antecessores e prometeu uma “nova era” no país.Ao lado do presidente empossado, Victoria Villarruel também fez o juramento à nação e assumiu o cargo de vice-presidente do país.

Na tarde deste domingo, está previsto o juramento dos ministros, que começa por volta das 17h30 na Casa Rosada. A transição do governo estará concluída com um evento de gala no Teatro Colón. Depois, haverá uma cerimônia na Catedral de Buenos Aires.

Quem representou o governo brasileiro no evento foi o ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. Compareceram à posse, ainda, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Jorginho Mello.

Metrópoles

Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo; Agustin Marcarian/Reuters

A cerimônia de posse do novo presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, vai marcar a primeira vez em quatro décadas que o Brasil não será representado por seu presidente ou por seu vice. Trata-se de uma situação inédita após a redemocratização nos dois países, processo que se deu nos anos 1980. A última vez que um presidente brasileiro ou seu vice não foi a Buenos Aires para celebrar o início de um governo eleito no país vizinho foi na posse de Raúl Alfonsín, em 1983.

Javier Milei toma posse neste domingo (10), em meio a um clima de turbulência e desconfiança do lado brasileiro. Isso porque o então candidato atacou em seus discursos acordos e instituições que são caros ao Brasil, como o Mercosul, além de ter adotado uma retórica hostil contra o presidente Lula (PT).

Milei disse na campanha que não negociaria com o líder brasileiro e o chamou de “corrupto” e “comunista”. Após a eleição, o argentino baixou o tom. O maior gesto de conciliação aconteceu quando Milei enviou a futura chanceler argentina, Diana Mondino, a Brasília para entregar um convite para que o brasileiro comparecesse à posse.

Mesmo com o gesto, Lula decidiu que o representante brasileiro seria o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A escolha se deu após a avaliação de que o clima ainda será hostil ao brasileiro, além de colocar num mesmo ambiente o petista e o seu antecessor e rival, Jair Bolsonaro (PL) –que foi convidado por Milei para a cerimônia e já está em Buenos Aires.

A decisão de enviar Mauro Vieira também visa enviar um recado ao novo governo, de que uma relação pragmática é possível, mas deixando claro o desconforto do Brasil com a situação. Em termos diplomáticos, a presença de um chefe de Estado ou mesmo de seu vice em cerimônias de posse de um país estrangeiro dá uma sinalização da importância para a relação entre as nações.

Folhapress

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, convidou o presidente Lula (PT) para sua posse por meio de um acarva enviada ao petista neste domingo (26). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, no texto, Milei fala em “trabalho frutífero” e “construção de laços”.

“Sei que o senhor conhece e valoriza cabalmente o que significa este momento de transição para o processo histórico da Argentina, seu povo, e naturalmente para mim e minha equipe de colaboradores que me acompanharão na próxima gestão do governo”, diz Milei no documento.

“Em ambas as nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam.”

“Em ambas as nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam.”

Na carta, Milei também diz esperar que a atuação conjunta entre os dois países se traduza em “crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros”. O presidente eleito encerra o documento com saudações de “estima e respeito” a Lula, esperando vê-lo na posse.

“Sabemos que nossos países estão estreitamente ligados pela geografia e história e, a partir disso, desejamos seguir compartilhando áreas complementares, a nível de integração física, comércio e presença internacional, que permitam que todo esta atuação conjunta se traduza, de ambos os lados, em crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros”, afirma.

“Desejo que o tempo em comum como presidentes e chefes de governo seja uma etapa de trabalho frutífero e construção de laços que consolidem o papel que a Argentina e o Brasil podem e devem cumprir na Conferência das Nações.”

De acordo com a Folha, a carta foi entregue pela futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Mondino se encontrou neste domingo com Vieira e os embaixadores dos dois países no Itamaraty.

“Foi uma grande ocasião e um gesto dela de querer ser portadora pessoal dessa carta do presidente. Foi uma reunião produtiva em que discutimos vários temas e ela já está de regresso”, disse Vieira à imprensa após a agenda.

Poder360.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que irá à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, mesmo depois de o libertário afirmar, ontem, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “será bem recebido” se comparecer à cerimônia. O evento será realizado em 10 de dezembro, em Buenos Aires.

“Nada muda. Para mim, o Lula não existe. Ele faz a parte dele lá, eu faço a minha. Não vou brigar com ninguém”, afirmou Bolsonaro à Folha de S. Paulo em entrevista publicada nesta 5ª feira (23.nov.2023). “Agora, se o Lula for lá [na posse], vai ser vaiado. Ele tem que se mancar”, completou. As informações são do Poder360.

O convite a Lula só foi confirmado pela equipe de Milei na 4ª feira (22.nov). “O Brasil e a Argentina sempre estiveram juntos e sempre trabalharão juntos”, disse a futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, em entrevista.

Para Bolsonaro, convidar o chefe do Executivo “faz parte do protocolo”. Ele relacionou o petista com regimes autocráticos da América Latina ao questionar se Lula iria a Buenos Aires: “Mas será que o Lula vai? Ele gosta de lugares em que estão o [presidente da Venezuela] Nicolás Maduro, o [presidente da Nicarágua, Daniel] Ortega”.

Já o convite a Bolsonaro foi feito em uma chamada de vídeo na 2ª feira (20.nov). Segundo o ex-presidente, “as passagens [para a Argentina] já estão sendo compradas. Vamos com governadores e 30 parlamentares”. O grupo deve ser recebido por Milei “por uns 30 ou 40 minutos” para um café da manhã ou jantar, afirmou. “Eu ajudei na eleição dele. Discretamente, mas ajudei, fiz discurso. E o Milei gosta muito do [deputado federal] Eduardo [Bolsonaro (PL-SP)]”, completou.

Durante sua campanha eleitoral, Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”. Também o acusou de interferir na campanha e de financiar parte dela. Em entrevista ao Globo publicada na 2ª feira (20.nov), o assessor-especial da Presidência, Celso Amorim, disse achar “muito difícil” que Lula vá à posse de Milei, mas afirmou que o país será representado no evento.

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Lula decidiu não comparecer à posse do recém-presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, marcada para 10 de dezembro, em Buenos Aires. Lula, entretanto, vai enviar representante do governo brasileiro. Ele avalia dois possíveis nomes para a missão: o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ou o chanceler Mauro Vieira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu a sua preferência para sucessão na Casa Rosada. Sem citar diretamente o ministro da Economia, Sergio Massa, ele declarou durante a semana que a Argentina precisa de alguém que “goste do Mercosul” e esse alguém não poderia ser o libertário Javier Milei, que já se posicionou publicamente contra o bloco. Apesar do apoio brasileiro, no entanto, o candidato do peronismo saiu derrotado.

O resultado de domingo, 19, é a pior derrota sofrida pelo peronismo em 40 anos de democracia e, pelo kirchnerismo, desde 2003, quando se firmou na política argentina. Mais do que a derrota de um aliado, abre questões sobre a relação entre o Brasil de Lula e a Argentina de Milei. As informações são do Estadão.

O presidente eleito da Argentina já chamou o petista de “corrupto” e, questionado em entrevista, respondeu que não se encontraria com Lula. Durante a campanha, Milei recebeu apoio do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e do filho Eduardo, que foi a Buenos Aires no primeiro turno.

As declarações oficiais dão a tônica: Lula desejou “sorte e êxito ao novo governo” e acrescentou que o “Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, mas não mencionou o nome do libertário. Já Bolsonaro, declarou que a “a esperança volta a brilhar na América do Sul”.

Analistas ouvidos pelo Estadão, no entanto, acreditam que o pragmatismo deve ser mais forte que a animosidade. “O Brasil olha com muita cautela a vitória de Javier Milei e deve adotar uma postura pragmática”, disse o professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em negócios internacionais Roberto Uebel. “É claro que, naturalmente, haverá um afastamento político capitaneado não pelo Brasil, mas pela Argentina se o Milei levar adiante (sua retórica). Mas Milei é economista, eu prefiro acreditar que ele entende a importância do Brasil, da China e do próprio Mercosul para economia argentina”, acrescenta.

O peso da troca comercial entre os dois países também foi destacado pelo professor de relações internacionais do IBMEC, Christopher Mendonça. “A relação entre Brasil e Argentina deve ter algum ruído nos próximos anos, mas isso não será inédito. Bolsonaro também não tinha tanta interlocução com o presidente (peronista) Alberto Fernández”, lembrou ele. “Mas existe a institucionalidade, os dois países são parceiros comerciais importantes e tem uma relação histórica, que certamente será preservada apesar dos eventuais ruídos entre os presidentes”, pondera.

Esses “ruídos”, afirma Mendonça, podem ser alimentados pela influência brasileira na eleição, que virou foco de discussão no último debate antes do segundo turno. A presença de marqueteiros ligados ao PT apareceu logo no primeiro bloco, quando Milei respondia às perguntas de Massa sobre economia. “Sugiro que vejam os vídeos completos e não os editados pelos brasileiros para fazer campanha negativa”, disse.

No mesmo debate, Massa acusou Milei de querer romper com os principais parceiros comerciais da Argentina, o Brasil e a China. O libertário rebateu que era “mentira” já que, na visão dele, “o Estado não deve se meter no mercado privado”, mas questionou: “que problema tem se eu falar ou deixar de falar com Lula?”

Pode citar “em entrevista ao Vodcast Dois Pontos, do Estadão, o cientista político Oliver Stuenkel destaca essa retórica de Milei contra os governos de esquerda ao apontar a vitória como um “fracasso” para o atual governo brasileiro. “Foi uma candidatura que, em parte, utilizou um sentimento anti-Brasil para se mobilizar, atacou governo americano, chinês, chileno, brasileiro… É uma forma de utilizar a política externa para mobilizar seguidores mais radicais que vai complicar, do mesmo jeito que complicou no passado no Brasil, as relações desses países”, diz ele.

Relação com o Mercosul

No meio do embate, também sobraram críticas ao Mercosul, que Milei chamou de “estorvo”. Apesar das ameaças de retirar a Argentina do bloco, o rompimento é considerado improvável porque requer aval do Congresso e o presidente eleito deve focar os seus esforços nas questões domésticas, como a grave crise econômica no país onde a inflação anual passa de 140%. No entanto, ele poderia seguir o que já faz o Uruguai, que deu sinais de afastamento no último ano, sem deixar o Mercosul. “O próprio bloco já está enfraquecido”, afirma Uebel.

É nesse contexto de esvaziamento, que o Mercosul tenta finalizar o acordo comercial com a União Europeia. A negociação que se arrasta há mais de vinte anos enfrenta resistências de ambos os lados e parece cada vez mais distante. Os governos europeus, pressionados pelo setor agrícola, cobram compromissos ambientais dos sul-americanos.

O próprio governo Lula também já expressou suas reservas e tem dito que não abre mão das compras governamentais. O impasse é que, pelo acordo, prestadores estrangeiros de bens e serviços poderão participar de licitações públicas aqui no Brasil. O governo, no entanto, considera que essas compras são uma ferramenta de fomento da economia local e quer preservar o direito de priorizar os brasileiros. Sem isso, já disse Lula, “não tem acordo”.

“Não sou otimista em relação ao acordo”, afirma Christopher Mendonça. “Os europeus são muito protecionistas, especialmente no agronegócio, que é exatamente o forte de países como Argentina e Brasil. E essa demora para conclusão do acordo pode gerar um abandono. O Paraguai já sinalizou que se o negócio não for fechado ainda este ano, vai priorizar acordos bilaterais. E o Milei pode seguir essa perspectiva e não ficar insistindo no acordo com a União Europeia”, conclui.

O instituto de pesquisa Atlas Intel projeta vitória de Javier Milei no segundo turno nas eleições da Argentina com 52% dos votos válidos contra 48% de Sergio Massa. A margem de erro é de 1.7 ponto percentual.

Segundo Andrei Roman, presidente do instituto, a diferença entre os dois está diminuindo e já chegou a sete pontos em pesquisas internas anteriores. O Atlas foi o único instituto de pesquisa que previu a vitória de Massa no primeiro turno. As informações são da CNN.

“Não é o mais provável por conta da polarização, mas pode virar até a eleição. A diferença a favor de Milei é pequena o suficiente para o Massa ganhar por uma margem estreita”, disse Roman.

Segundo ele, a liderança de Milei é explicada pelo mau desempenho do governo peronista, que representa um desastre econômico. Massa é o ministro da economia. A campanha dele, no entanto, vem desconstruindo a figura de Milei, mostrando o candidato como descontrolado psicologicamente.

Conforme a pesquisa da Atlas, os argentinos apontam Milei como o candidato mais preparado para combater a violência, reduzir a corrupção e gerar emprego.

Já Massa é o mais capaz de defender as instituições democráticas e os direitos humanos – até por conta das polêmicas declarações de Milei em defesa da ditadura militar da Argentina

Terceira colocada na eleição presidencial argentina, Patricia Bullrich (foto) declarou nesta quarta-feira, 25, apoio a Javier Milei no segundo turno contra o peronista Sergio Massa.

“A urgência nos desafia a não sermos neutros. Ratificamos os valores da mudança e da liberdade”, disse a ex-ministra da Segurança, que se reuniu com Milei e com o ex-presidente Mauricio Macri na véspera.

“Há 20 anos que Cristina Kirchner, Alberto Fernández, Sergio Massa e muitos outros nos mergulharam nesta decadência. A Argentina, do nosso ponto de vista, não pode reiniciar um novo ciclo kirchnerista liderado por Sergio Massa. Isso implicaria para o nosso país, para o nosso povo, um anova etapa histórica sob o domínio de um populismo corrupto, que condenaria a Argentina a sua decadência final”, acrescentou.

Ao lado de Luis Petri, candidato a vice na chapa, Bullrich reconheceu ter diferenças com Milei. Contudo, a presidenciável argentina afirmou que “tudo é permitido” quando o país está em “perigo”.

“Com Milei temos diferenças, por isso competimos. Nós não as escondemos. A maioria dos argentinos optou por uma mudança. Representamos uma parte dessa mudança. Não podemos ser neutros. Estamos diante do dilema da mudança ou da máfia. Quando a pátria está em perigo, tudo é permitido”, disse.
No domingo, 22, Bullrich ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial argentina, com 23,83% dos votos. O segundo turno entre Massa e Milei está marcado para acontecer no dia 19 de novembro.

O Antagonista

Os argentinos vão às urnas neste domingo (22) para eleger um novo presidente e vice-presidente, além de deputados, senadores e servidores do Parlasul, o parlamento do Mercosul. O pleito começará às 8h e se estenderá até as 18h (horário de Buenos Aires), quando se inicia a apuração, mas, como o voto presidencial é impresso, o resultado deverá ser revelado na segunda-feira (23).

Com repercussão internacional, a disputa pela Presidência, chama atenção tanto pela relevância da Argentina como parceiro comercial na América Latina quanto pelo favorito para ganhar ou compor o segundo turno: o economista Javier Milei, de extrema-direita. Sergio Massa e Patricia Bullrich travam disputa acirrada contra o adversário.

O economista Javier Milei, conforme o Metrópoles, venceu as eleições primárias, com 30,06%, e revelou admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que endossou a candidatura de Milei. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-mandatário brasileiro, e comitiva vão à Argentina acompanhar as eleições.

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