Via  G1

Políticos e autoridades brasileiras se manifestaram nesta quarta-feira, dia 6, a favor da democracia e contra a invasão do Congresso dos Estados Unidos por apoiadores do presidente republicano Donald Trump, que não aceitam o resultado da eleição da qual saiu vencedor o democrata Joe Biden.

Os invasores entraram no Capitólio, em Washington, durante a contagem oficial dos votos das eleições presidenciais e queriam impedir a confirmação da vitória de Biden – ele ganhou no Colégio Eleitoral por 306 votos contra 232. Horas depois da invasão à sede do Congresso, Trump pediu aos manifestantes que deixassem o local, mas voltou a dizer que a eleição foi roubada.

O QUE DISSERAM OS BRASILEIROS:

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral – “No triste episódio nos EUA, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face: antidemocrática e truculenta. Pessoas de bem, independentemente de ideologia, não apóiam a barbárie. Espero que a sociedade e as instituições americanas reajam com vigor a essa ameaça à democracia.”

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado e do Congresso Nacional – “As imagens vistas de invasão ao Congresso Nacional americano, na tarde dessa quarta-feira (6), em uma tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo, são inaceitáveis em qualquer democracia e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade. O Senado Federal brasileiro acompanha atentamente o desenrolar desses acontecimentos, enviando aos congressistas e ao povo americano nossa solidariedade e nosso apoio. Defendo, como sempre defendi, que a democracia deve ser respeitada e que a vontade da maioria deve prevalecer.”

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados – “A invasão do Congresso norte-americano por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições. Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição.”

Baleia Rossi, deputado federal (MDB-SP) – “São chocantes as cenas da invasão do Congresso nos Estados Unidos por quem não aceita o resultado da eleição. Democracia não se faz na violência. Se faz no debate de ideias, no respeito às diferenças, à vontade do povo e à Constituição.”

O Palácio Itamaraty deu aval e o presidente Jair Bolsonaro determinou que o governo brasileiro reconheça a vitória de Joe Biden nas eleições americanas.

Em nota, o presidente brasileiro reconheceu a vitória de Biden nas eleições dos Estados Unidos. Veja a mensagem:

“Cumprimentos do Presidente Jair Bolsonaro ao Presidente-Eleito dos EUA Joe Biden

O Presidente Jair Bolsonaro transmite a seguinte mensagem ao Presidente-Eleito Joe Biden após o anúncio dos resultados da votação no Colégio Eleitoral dos EUA:

– Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo “a terra dos livres e o lar dos corajosos”.

– Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos.”

A avaliação na diplomacia brasileira foi a de que, com a vitória de Biden no colégio eleitoral e a conclusão da judicialização promovida por Donald Trump –com resultado negativo para ele— é inevitável o reconhecimento.

Junto com o reconhecimento, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já determinou à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos que comece a reconstrução de pontes com 0o governo americano. O motivo é que chegou a ele informações de que os democratas passaram de uma situação de incômodo com o não-reconhecimento para um estágio de indiferença com o governo brasileiro.

CNN Brasil

Via Agência Brasil

O democrata Joe Biden ganhou a Presidência dos Estados Unidos neste sábado (7), após uma dura campanha eleitoral, e prometeu que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com o presidente Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.

A vitória de Biden no estado da Pensilvânia colocou-o além dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para conquistar a Presidência, encerrando quatro dias de suspense e levando seus apoiadores para comemorações às ruas das principais cidades.

“As pessoas desta nação falaram. Elas nos deram uma vitória clara, uma vitória convincente”, disse Biden aos partidários em um estacionamento durante seu discurso de vitória, em sua cidade, Wilmington, Delaware.

“Prometo ser um presidente que não busca dividir, mas unificar”, disse ele, dirigindo-se diretamente aos apoiadores de Trump.

“Agora, vamos dar uma chance um ao outro. É hora de colocar de lado a retórica dura, baixar a temperatura, nos vermos novamente, nos ouvirmos de novo”, declarou. “Esta é a hora de curar na América.”

Ele foi apresentado por sua companheira de chapa, a senadora norte-americana Kamala Harris, que será a primeira mulher, a primeira negra americana e a primeira americana de ascendência asiática a servir como vice-presidente.

Felicitações vieram de várias partes do mundo, incluindo do conservador primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e da chanceler alemã, Angela Merkel, tornando difícil para Trump manter suas repetidas afirmações, sem evidências, de que a eleição foi fraudada.

Trump, que estava jogando golfe quando as principais redes de televisão projetaram que seu rival havia vencido, imediatamente acusou Biden de “se apressar em fingir que é o vencedor”.

“Esta eleição está longe de terminar”, disse ele em um comunicado.

Trump entrou com uma série de ações judiciais para contestar os resultados, mas as autoridades eleitorais em estados de todo o país dizem que não há evidências de fraudes significativas, e especialistas jurídicos dizem que os esforços de Trump provavelmente não terão sucesso.

A CNN americana acaba de anunciar que, segundo as suas projeções, o candidato democrata Joe Biden conseguiu os 270 votos para ser eleito presidente dos EUA no colégio eleitoral. Mas agora deve começar o processo legal de recontagem de votos impetrado pelo presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

De acordo com as apurações parciais em estados-chave, além de cálculos estatísticos e demográficos sobre a proporção de urnas ainda não apuradas, já não é mais possível para o presidente Donald Trump chegar a 270 delegados no colégio eleitoral.

Biden conquistou a vitória em Michigan e Wisconsin, dois estados cruciais para chegar à vitória, na tarde de quarta-feira (4). Em ambos estados, a apuração está praticamente concluída. Nesta sexta (6), Biden ultrapassou Trump na Geórgia e na Pensilvânia.

A indefinição deve se arrastar para os tribunais. Ao longo da semana, o presidente Donald Trump apresentou ações judiciais em diversas instâncias da Justiça americana questionando a contagem e acusando fraude na contabilidade de votos enviados pelo correio.

Há ainda a hipótese legal de recontagem em parte dos estados onde a margem entre os candidatos for inferior a um percentual pré-definida. Na Geórgia, a recontagem é provável diante da perspectiva de vitória de Biden por menos de 0,5 ponto percentual.

A litigância da parte de Trump ainda deve aumentar. Na noite desta sexta-feira, o presidente foi às redes sociais dizer que o adversário não deveria se autoproclamar presidente uma vez que “os processos estão só começando”.

CNN Brasil

dólar comercial fechou em queda nesta sexta-feira, pelo terceiro pregão consecutivo, com a vantagem de Joe Biden sobre Donald Trump na eleição americana e maior geração de emprego nos EUA.

A moeda americana terminou a sessão com recuo de 2,78%, a R$ 5,392, menor valor desde 18 de setembro. Na semana, a divisa americana acumulou queda de 6,01% contra o real. Já no mercado acionário, o Ibovespa (referência da B3) encerrou a sexta com leve alta de 0,17%, aos 100.925 pontos. Assim, na semana, acumulou ganho de 7,42%.

A expectativa do mercado segue a de que, diante dos dados preliminares, o democrata Biden vai levar a Casa Branca e sua gestão será menos conflituosa, tanto interna quanto externamente, gerando mais previsibilidade para os investidores.

Em Nova York, os índices Dow Jones e S&P recuaram, respectivamente, 0,24% e 0,03%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve leve alta de 0,04%. Os analistas explicam que o recuo ocorre porque os investidores estão embolsando os lucros da semana antes do fim de semana.

— A palavra-chave que a possível eleição de Biden traz é “previsibilidade”. O mundo precisa que o líder da maior democracia seja uma pessoa menos conflituosa, que trate melhor seus aliados, que respeite a ciência e entenda a importância do comércio internacional. Os mercados comemoram essa eminência de mais previsibilidade a partir de 2021 — avalia Mauricio Pedrosa, gestor da Áfira.

O GLOBO

De acordo com a correspondente da GloboNews em Washington, Raquel Krähenbühl, o governo brasileiro procurou mais de uma vez o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, apesar da proximidade do presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump, hoje chefe do Executivo estadunidense e que disputa a reeleição.

“Governo Bolsonaro tentou entrar em contato com campanha de Joe Biden mais de uma vez. Campanha democrata recusou contato porque não fala com governos estrangeiros no período eleitoral”, escreveu a jornalista, ontem, em sua conta oficial no Twitter. A eleição presidencial dos EUA ocorre na próxima terça-feira (3).

abr 19
sexta-feira
06 45
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
74 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.953.525 VISITAS