Apesar de, em média, os juros no Brasil terem atingido o menor patamar do ano, em 24,1% em setembro, algumas modalidades de crédito oferecidas pelos bancos ficaram mais caras para os consumidores no mês. De acordo com o Banco Central (BC), as cobranças do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial para pessoa física. Nas duas modalidades, as taxas passaram de 307,2% ao ano para 307,8% e de 306,9% para 307,6%, respectivamente.

A alta do cheque especial ocorre após dois meses de queda, no momento em que a taxa básica de juros, Selic, se encontra no menor patamar histórico, 5,5% ao ano. No acumulado do ano, o rotativo do cartão de crédito atingiu 285,4% ao ano, alta de 22,4 pontos percentuais. A taxa do cheque especial, por outro lado, recuou cinco pontos percentuais, atingindo 312,6% ao ano.

A taxa de juros do cheque especial subiu 1,3 ponto percentual em junho, comparada a maio, e chegou a 322,2% ao ano. Em 2019, os juros do cheque especial já subiram 9,6 pontos percentuais. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central. A taxa média do rotativo subiu 0,3 ponto percentual em relação a maio, chegando a 300,1% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes. No caso do correntista adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 277,2 % ao ano em junho, recuo de 2,7 pontos percentuais em relação a maio. A taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 2,4 pontos percentuais, indo para 316,4% ao ano.

Por Vicente Nunes / Correio Braziliense

O Banco Central identificou que há instituições financeiras menores, desconhecidas do grande público, mas que acabam sendo alternativas para muita gente que não consegue acesso aos maiores bancos, cobrando juros de 1.358,48% no rotativo do cartão de crédito. É o caso da financeira Avista, que se apresenta como administradora de cartões. A Avista atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Fundada em 2001, atende, principalmente, as classes C, D e E, justamente as que não têm acesso facilitado junto aos bancos de maior porte. A financeira diz que detém mais de cinco milhões de cartões ativos e mantém parceria com mais de 10 mil lojistas.

A Avista afirma, ainda, que é líder no mercado de cartões private label, que são ofertados por supermercados, redes de varejo, farmácias e postos de gasolina. Para os especialistas, justamente por oferecer facilidades e pelo desconhecimento do público atendido, a financeira extrapola todos os limites na cobrança de juros.

TAXAS ABUSIVAS – Outras instituições menores também metem a mão no bolso dos consumidores cobrando juros extorsivos. Na lista elaborada pelo Banco Central estão a Dacasa Financeira, com taxa média de 791% ao ano; o Banco Triângulo, com juros de 789,47%; O Omni Financeira, com 720,63%; e o Banco Cetelem, com 675,58%.  A dica dos especialistas é para os consumidores passarem bem longe dos balcões de atendimento dessas instituições. Quem for fisgado por elas e cair no rotativo do cartão de crédito só terá um destino: a inadimplência.

Os juros do rotativo do cartão de crédito serão “reduzidos pela metade”, anunciou o presidente Michel Temer nesta quinta-feira (22). O anúncio foi feito em café da manhã com jornalistas. Há uma semana, o presidente já havia afirmado que o governo estudava formas de baixar os juros do cartão, mas ainda não havia anunciado o tamanho do corte esperado.

Juros do cartão estão entre os mais altos

Os juros médios do cartão de crédito estão entre os mais altos do mercado. A taxa chegou a 459,53% ao ano em novembro, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Os juros do rotativo do cartão de crédito são cobrados quando o cliente não paga o valor total da fatura. Atualmente, o cliente tem a opção de pagar apenas uma parte do valor da fatura, o chamado valor mínimo (15%) e deixar o saldo restante para o próximo mês. Essa operação é chamada crédito rotativo.

Essa operação, ao lado do uso do cheque especial, envolve a cobrança dos juros mais altos do mercado. Por esse motivo, deve ser sempre evitada. Os juros são definidos pela instituição financeira e cobrados sobre a quantia que deixou de ser paga.

O governo vem anunciando propostas para tentar estimular a economia e tirar o país da crise. Muitas dessas medidas ainda estão em estudo e não têm prazo determinado para entrar em vigor. O desempenho da economia continuou ruim no segundo semestre deste ano, o que colocou em xeque o otimismo visto com a mudança de governo (Michel Temer assumiu interinamente a Presidência em 12 de maio).

 

16
set

Guido Mantega fala sobre…

Postado às 16:11 Hs

Combustíveis:

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou novos aumentos nos combustíveis no curto prazo para aliviar a situação da Petrobrás. “Esse ano já teve dois reajustes do diesel e da gasolina. Não dá para ficar pensando toda hora em reajuste”, disse. Mantega é presidente do conselho de administração da estatal. A seguir trechos da entrevista ao Estadao.

O senhor reduziu a sua projeção do PIB para 2%, mais pessimista que os 2,5% do Banco Central. Quais foram os motivos dessa revisão?

É preciso fazer a leitura correta dessa revisão, que contabiliza a média do ano. Somos obrigados a fazer isso no relatório que mandamos para o Congresso e tem implicações orçamentárias. Dá a falsa ideia de que estamos em desaceleração. Em relação a uma estimativa antiga, reduzimos o crescimento. Mas isso não altera a minha projeção de que a economia vai virar o ano crescendo 4%. Quando interpretarem esse dado, não esqueçam da segunda parte.

Juros do cartão de crédito:

Ele afirmou que os bancos estão cobrando taxas “escorchantes” no cartão de crédito, que são injustificáveis. “Esses disparates têm de desaparecer”, afirmou, em entrevista ao ‘Estado’, na sexta-feira à tarde, em seu escritório em São Paulo. “Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem.”

Os spreads bancários se tornaram uma das principais brigas do governo Dilma Rousseff, que quer ver chegar ao consumidor o efeito do forte corte promovido na taxa Selic, utilizada como referência para os empréstimos no País. Normalmente comedido ao falar dos rumos da Selic, Mantega, dessa vez, foi categórico. “Não há necessidade de alta de juros”, disse.

O ministro está seguro de que os preços vão se manter sob controle no ano que vem, apesar da recuperação da economia e ao contrário do que projetam consultorias renomadas. Não só a crise global vai elevar a oferta de produtos internamente a preços baixos, diz o ministro, como também as medidas adotadas pelo governo vão ajudar.

 

Para o titular da Fazenda, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do custo da energia e o corte de IPI para carros colaboram para manter os preços estáveis. “E também não pode levar em consideração choque de oferta”, frisou, referindo-se ao aumento do preço dos grãos, provocado pela quebra da safra americana. “Não adianta elevar juro para diminuir preço nos Estados Unidos.

mar 29
sexta-feira
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