A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou ter sido comunicada na manhã desta quinta-feira (19) sobre a operação da Polícia Federal para apurar possíveis desvios na utilização de verbas do Ministério da Saúde na Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) e no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS). Em nota, a instituição afirmou que vai buscar mais informações sobre o caso e está disposta a colaborar com o que for necessário.

O LAIS, por sua vez, reforçou que todos os projetos e ações realizadas pelo Laboratório são de conhecimento público. “O LAIS reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de ações direcionadas para a qualidade da saúde pública, com ética e responsabilidade, ratificando a inexistência de ilicitudes”, diz a nota.

De acordo com as apurações da PF, ao longo da execução do projeto “Sífilis Não”, notadamente na meta relacionada às ações de publicidade e propaganda, envolvendo recursos da ordem de R$ 50 milhões, foram verificados indícios da prática de diversos tipos de delitos, como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, havendo a atuação direta de inúmeras empresas do segmento publicitário, além de possível envolvimento de servidores públicos.

Diante da confirmação dos primeiros casos da variante ômicron do coronavírus no Estado, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Lais/UFRN) emitiu uma nova recomendação para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, com ampliação das medidas de segurança. Em relatório publicado na última sexta-feira (7), o Lais/UFRN defende que eventos de massa públicos ou privados exijam dos participantes não apenas o comprovante de vacinação contra a Covid-19, mas também um teste negativo de Covid para os que não receberam ainda a dose de reforço e estão, portanto, com o ciclo vacinal incompleto (3ª dose). Esse teste, pela recomendação do Lais, pode ser do tipo RT-PCR (realizado até 72 horas antes) ou de antígeno (até 48 horas antes). Os dois são do tipo swab, com coleta de secreção nasal.

Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta quinta-feira(17), o professor Ricardo Valentim, que coordena o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), disse que o Rio Grande do Norte pode ser um dos primeiros estados a declarar fim da pandemia, ‘mas ainda não é hora de relaxar’.

Valentim assim disse:

“Pelo que estamos vendo de dados, o Rio Grande do Norte tem tudo para ser um dos primeiros estados do Brasil a declarar que está saindo dessa pandemia. Eu acredito que a gente vai ter um ano de 2022 muito promissor, mas precisamos fazer o dever de casa”.

A declaração do coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ressalta que, apesar do otimismo, o estado ainda vive um momento crítico e que “ainda não é hora de relaxar” as medidas de prevenção.

Foto: Arthur Barbalho/Lais/UFRN

Sobra a expectativa, Valentim pontua:
“Essa redução que a gente está observando no número de novos casos tem relação primeiro com a imunização. Nós temos mais de 800 mil pessoas que tomaram pelo menos uma dose e mais de 400 mil que tomaram as duas doses – e quanto mais a gente vai se imunizando, maior vai ser o impacto na rede assistencial. Deve entrar em conta também a população que foi contaminada e se recuperou da doença”, considera.

Ainda na entrevista, o professor apontou que a proporção de idosos internados com Covid-19 caiu de 75% no meio de 2020 e está abaixo de 30%. Junto com os trabalhadores da saúde, esse público foi o primeiro a ser imunizado no estado. A mesma tendência deverá se estender ao restante da população com o avanço da vacinação, que já vem apresentando resultados no público geral, de acordo com ele.
“Tivemos em maio mais de 30 mil novos casos, porém, o número de internações começa a cair no final do mês. Há uma redução do número de novos casos, transmissibilidade e adoecimento e também analisamos redução nos pedidos de internação. Por mais de 16 dias esses pedidos vêm reduzindo”, ponderou.

Os cientistas do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) – alguns integram também o comitê científico do RN – recomendaram nessa segunda-feira (29) que o governo do Rio Grande do Norte prorrogue até o próximo domingo (4) o atual decreto de isolamento social rígido que tem validade até o dia 2 de abril. A íntegra do documento pode ser conferida AQUI.

No documento, os cientistas ainda recomendam que se faça um toque de recolher integral de 48 horas – das 5h do sábado (3) até 5h da segunda-feira (5). A intenção dos especialistas com as medidas é evitar aglomerações durante o feriadão da Semana Santa em todo o Rio Grande do Norte.

“Esse toque de recolher de 48 horas é a circulação zero de pessoas em todo o RN, como nós já vimos em outro momento, que aumentou de maneira expressiva a taxa de isolamento social de todo o estado”, explicou o diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim.

No relatório, os cientistas indicam que março tem sido um dos piores meses desde o início da pandemia e que isso exigiu medidas mais duras, já que houve recorde de internações e o terceiro maior número de mortes e também o terceiro maior número de casos confirmados durante o mês.

As recomendações do LAIS

O atual decreto do estado deve ser mantido até o final da semana da Páscoa (04/04/2021).

Implantar, no sábado e no domingo de Páscoa, toque de recolher de 48 horas, iniciando-se às 5h da manhã do sábado (03/04/2021) até às 05h da segunda-feira (05/04/2021).

Após a Páscoa, deve ser iniciado o retorno às aulas em formato híbrido com 50% da capacidade para as atividades presenciais.

O Governo do Estado e os municípios devem apresentar um plano de retomada gradual das atividades econômicas.

Os educadores físicos, por serem profissionais de saúde, devem ser incluídos na lista de vacinação já nas fases prioritárias, pois esses têm um papel social importante e muitos deles estão expostos em academias e também porque trabalham com a população considerada de risco.

As Pessoas com Síndrome de Down devem ser priorizadas na vacinação, pois há comprovação científica de que estes fazem parte do grupo de risco, logo não é possível negligenciar essa população.

Os gestores públicos não devem investir recursos públicos em fármacos sem autorização da Anvisa, cuja bula do medicamento não conste explicitamente a indicação clínica para covid-19. Ao contrário, todos devem unir esforços em prol da

É altamente recomendado que as autoridades públicas do estado e dos municípios invistam em pesquisas clínicas para o enfrentamento a covid-19.

As autoridades sanitárias do estado devem alertar a população que a prescrição off-label de medicamentos sem autorização da ANVISA para a covid-19 é algo desaconselhado pela Associação Médica Brasileira. Caso a indicação clínica não conste na bula do medicamento, o paciente deve ser informado de que se trata de um método terapêutico experimental, uma vez que não há evidências científicas de que o mesmo tenha ação profilática e/ou terapêutica contra a covid-19. Além disso, o paciente deverá ser informado de que é preciso manter o distanciamento social adequado, usar máscaras, fazer higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%.

Diante dos resultados apresentados em estudos científicos amplamente divulgados e revisados por pares sobre o uso indiscriminado e da automedicação utilizando Ivermectina, Cloroquina e Hidroxicloroquina, é fundamental que o Governo do Estado e demais municípios elaborem um plano de comunicação voltado para população em geral alertando sobre os riscos do uso desses medicamentos.

O Estado e todos os municípios precisam, urgentemente, discutir o retorno às aulas das escolas públicas, pois essas são as mais afetadas durante todo o curso da pandemia. As crianças e os adolescentes mais pobres do estado já foram bastante impactados pela falta das aulas presenciais, aspecto esse que poderá ampliar ainda mais a desigualdade social no RN.

O Rio Grande do Norte teve 81 municípios que registraram mais casos de Covid-19 no mês de novembro em comparação com o mês de outubro. Os dados estão na plataforma de monitoramento do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS)Natal foi quem mais cresceu no número de casos registrados, com um aumento de 141%. Em outubro, foram 1.434 casos confirmados na capital. Já em novembro, esse número saltou para 3.469 – uma diferença de 2.035 casos.

Outro crescimento relevante aconteceu em Parnamirim, que registrou 831 casos a mais em novembro (1.315) que em outubro (484). Jucurutu, que tem uma população estimada pelo IBGE em cerca de 18 mil habitantes teve 177 casos a mais em novembro (259) que em outubro (82). Caicó, que já tinha registrado 322 casos em outubro, teve 473 confirmados em novembro – 151 a mais.
O município de Macaíba, na Região Metropolitana, que tinha registrado 41 casos em outubro, teve 167 confirmados em novembro – 126 a mais. Situação semelhante a de São Gonçalo do Amarante, que teve 105 casos a mais em novembro (160) que em outubro (55).

Via Tribuna do Norte 

Os medidores de distanciamento social para conter o coronavírus, registrados pela plataforma InLoco, indicam que o Rio Grande do Norte não tem adesão de aproximadamente 50% da população em dias de semana pelo menos desde o dia 25 de março. A partir dessa data, o índice de cumprimento das medidas alcançou metade da população somente em feriados e finais de semana, quando normalmente parte dos serviços fecham e o movimento nas cidades diminui. O percentual é classificado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) como o mínimo de cumprimento esperado a partir dos decretos estaduais em vigor. O ideal é considerado 60%, que nunca foi alcançado.

Os dados do InLoco, uma empresa que trabalha a partir da geolocalização dos celulares, são divulgados pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) diariamente. A última vez que o Rio Grande do Norte ficou acima dos 50% de isolamento social foi no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes. Desde então, mesmo nos finais de semana e no feriado do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, o índice ficou abaixo. Na quarta-feira, 13, última data compilada, o percentual de cumprimento foi de 42,07%.

Para o físico Rafael Chaves, pesquisador do Instituto Internacional de Física (IIF) da UFRN, os índices de isolamento social entre 50% e 40% são insuficientes para evitar o colapso dos leitos de saúde no Brasil. O pesquisador aplicou cálculos matemáticos, em um trabalho feito em parceria com outros dois pesquisadores do IIF, hospitais e outros centros de pesquisa, para fazer uma análise do cenário nacional e chegou à conclusão de que o percentual necessário para evitar o colapso é de 70%.

“O distanciamento feito até agora, de 50%, em média, no Brasil, foi muito eficiente para diminuir o número de infectados e mortos. Hoje estamos na casa dos 12 mil mortos, mas se não tivesse sido feito nada já estaríamos nas centenas de milhares, seria algo muito catastrófico. Mas esses 50% não são suficientes. A gente realizou o cálculo em meados de abril e viu que se a gente continuasse em 50% já estaríamos vendo o sistema de colapso de saúde na primeira semana de maio. É justamente o que está acontecendo em vários Estados”, afirmou Chaves.

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