Candidato não declarado ao Planalto, o apresentador Luciano Huck, da TV Globo, compara seu projeto presidencial com uma corrida de longa distância. “Ele diz: ‘Tenho que ter cuidado, porque isso é uma maratona”, conta Roberto Freire, presidente do Cidadania, partido que ambiciona a filiação de Huck. Numa maratona, o corredor precisa combinar força física e equilíbrio mental. Quem se deixa levar pela ansiedade, apressando demais o passo na largada, arrisca-se a perder o fôlego antes de cruzar a linha de chegada. “Ele está certo. Faltam três anos para a eleição. Não tem razão para se precipitar”, aprova Freire.
O centro deverá apoiar Luciano Huck na disputa com o PT para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno em 2022, deixando João Doria (PSD) de lado. E o poder real no país pode acabar nas mãos de um primeiro-ministro. As previsões foram feitas por um dos mais experientes observadores da cena política brasileira, o ex-senador catarinense Jorge Bornhausen. Aos 81 anos, ele é um dos principais oráculos ouvidos por atores do centro à direita, mesmo tendo deixado a vida partidária em 2010.

Apesar da negativa de Luciano Huck, o Ibope manterá ele na lista de presidenciáveis se fizer pesquisa até abril. Esse é o mês limite para que os que pretendem se candidatar se filiem a partidos.

Enquanto isso, o TCU (Tribunal de Contas da União) pode investigar o pagamento de honorários a advogados e procuradores que defendem órgãos vinculados ao governo federal. Só entre fevereiro e novembro do ano passado eles receberam R$ 481,2 milhões.

Os ganhos extras levam os advogados a receberem acima do teto salarial estabelecido para os servidores, de cerca de R$ 33 mil. O conselho que cuida do fundo em que são depositados os recursos para os defensores argumenta que o dinheiro não é público. Por esse raciocínio, ele é pago pela parte que perdeu a causa contra a União. A lei que criou os honorários é de 2016.

Para Lucas Furtado, “salta aos olhos” que o teto salarial “deve abarcar toda e qualquer parcela ou vantagem remuneratória”. Nada importa, segundo ele, se o pagamento “se faz com recursos públicos propriamente ditos ou com recursos que, embora de outra natureza, só existam e se prestem a remunerar o servidor em razão de este exercer cargo público integrante da administração”.

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

Cotado para disputar a Presidência da República pelo PPS, o apresentador Luciano Huck enfrenta resistências no partido para eventual candidatura pela sigla. Pelo menos dois grupos são contrários atualmente a uma chapa com ele. Um deles defende o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), enquanto outro prega apoio ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Uma nova rodada de conversas do apresentador com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, está prevista para a próxima semana.

Sem expectativa de manter a unidade dos partidos aliados na eleição, o Palácio do Planalto mudou a estratégia e passou a elogiar o apresentador Luciano Huck, sob o argumento de que ele pode até mesmo ter o apoio do MDB, se for candidato à cadeira do presidente Michel Temer. O movimento foi calculado para reagir às articulações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tentativa de mostrar que o MDB pode desequilibrar o jogo.

Dono do maior tempo de TV na propaganda política, o partido de Temer não pretende avalizar Huck, que hoje flerta com o PPS. Com a nova tática, porém, demarca o território para deixar claro que, se não querem o seu “dote” por medo da impopularidade do presidente, um outsider na política pode levá-lo e sair na frente nessa corrida.

Nos bastidores, auxiliares de Temer dizem que tanto Alckmin quanto Maia fazem discurso público favorável à reforma da Previdência, mas, na prática, lavam as mãos e não ajudam a angariar votos para aprovar a proposta. A avaliação no Planalto é a de que os dois não têm interesse em fortalecer o governo em um ano eleitoral.

Desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, o centro político intensificou as negociações para encontrar um nome que possa herdar votos do petista, caso ele fique inelegível pela Lei da Ficha Limpa. O problema é que, até agora, todos os postulantes desse espectro patinam nas pesquisas de intenção de voto, e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está isolado no segundo lugar, atrás de Lula.

Estadão Conteúdo

Por Flávio Freire / O Globo

Em meio às especulações se disputará ou não a Presidência, o apresentador Luciano Huck tem procurado não fechar as portas dos partidos que pretendem dar a ele a chancela de candidato à sucessão de Michel Temer.

Depois de uma conversa com o líder tucano Fernando Henrique Cardoso na última semana, ao mesmo tempo em que vem se encontrando com representantes do DEM, Huck deixou para depois do Carnaval uma nova rodada de negociação com o PPS. O partido tem declarado interesse no nome do apresentador para a disputa.

CARTA-COMPROMISSO – Nos últimos meses, o PPS tem estreitado relações inclusive com o movimento Agora, do qual Huck faz parte e com quem o partido assinou uma carta-compromisso para um trabalho conjunto no cenário eleitoral. Seria essa, inclusive, uma forma de criar, eventualmente, uma base de sustentação de Huck no Congresso.

“As negociações estão mais do que abertas. Falamos por telefone quando ele estava em Paris e ficamos de falar novamente logo depois do Carnaval “, disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire.

PROTAGONISMO – Freire, no entanto, procurou deixar claro que, até o momento, não há qualquer certeza sobre os rumos do apresentador, ao menos no ambiente eleitoral. “Essa decisão (de ser candidato à Presidência) é muito solitária, mas deixamos claro que ele teria aqui, no partido, protagonismo no processo decisório das eleições”, diz o presidente do partido, para quem tal situação difere das condições no PSDB, onde o governador Geraldo Alckmin tem se mostrado insatisfeito com o “namoro” do partido com o apresentador.

“O Huck tem percebido o quanto o PSDB enfrenta esse problema de falta de unidade em prol de uma candidatura”, disse Freire. Ele e Huck devem se reunir nos dias seguintes ao Carnaval, caso o apresentador mantenha a intenção de concorrer. A ideia do encontro seria, por parte do PPS, traçar uma estratégia para tentar lançar o nome do apresentador o quanto antes.

Incentivado novamente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e mantendo contatos com os economistas Paulo Guedes e Armínio Fraga, ao que tudo indica o apresentador da Rede Globo Luciano Huck está decolando no rumo das urnas da sucessão presidencial de outubro. Seus contatos sinalizam para o lançamento de sua pré-candidatura ao Planalto. Manchete principal da edição deste sábado de O Estado de São Paulo, a reportagem de Gilberto Amêndola e Eduardo Kattah não deixa dúvida sobre a disposição que finalmente Huck revela. Na quinta-feira ele jantou novamente com FHC, ocasião em que o ex-presidente afirmou que ele possui o perfil para o PSDB. Com isso, Fernando Henrique provocou a segunda explosão da candidatura Geraldo Alckmin, apesar de dizer que continua apoiando-o, mas de uma forma curiosa. Um apoio desse tipo qualquer candidato rejeitaria. Na verdade, FHC esvaziou a candidatura do governador de São Paulo.
O apresentador Luciano Huck passou a ser encarado como uma opção do centro político após voltar a avaliar uma possível candidatura à Presidência. Nesta sexta-feira (9), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, que Huck “está considerando a possibilidade” de se candidatar. O apresentador intensificou nos últimos dias as consultas a políticos e empresários sobre a viabilidade de seu nome na disputa presidencial. Na quinta (8), Huck jantou em São Paulo com FHC e ontem tomou café da manhã com o economista Paulo Guedes. O fundador do banco Pactual, que atualmente aconselha o deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi o primeiro a estimular Huck e calcular potencial eleitoral no apresentador da TV Globo. Ambos o incentivaram a manter o projeto.

Via Josias de Souza

Movimentando-se na direção da retomada de uma candidatura presidencial que dizia ter abandonado, Luciano Huck deve se encontrar com o presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso. Informado de que a conversa poderia ocorrer já nesta quinta-feira, em São Paulo, um correligionário do presidenciável tucano Geraldo Alckmin reagiu com um palavrão. Classificou de “sabotagem” o estímulo de FHC às pretensões políticas do apresentador da TV Globo.

Há dois dias, em entrevista à Joven Pan, FHC soou explícito: “É bom ter gente como Luciano, porque precisa arejar, botar em perigo a política tradicional, mesmo que seja do meu partido. É preciso que ela seja desafiada por pessoas portadoras de ideias e processos políticos novos para que o próprio partido possa avançar. Está havendo sinal nessa direção.”

O grão-mestre do tucanato como que antecipou a pauta da reunião: “Eu gosto do Huck. Sou amigo dele e da família. Acho que para o Brasil seria bom. Seria bom ter mais opções. Não quer dizer que esteja apoiando. Mas as pessoas que não têm partido para governar têm muita dificuldade. Ele tem boas intenções. Não sei por qual partido viria. Falam que pelo PPS. Mas o PPS não tem estrutura.”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o possível pré-candidato às urnas de outubro, o apresentador Luciano Huck participaram de um vídeo exibido na sexta-feira para os bolsistas do Renova BR, movimento voltado para capacitar futuros candidatos aos poderes Executivo e Legislativo do país. Reportagem de Gilberto Amêndola, O Estado de São Paulo deste sábado, destaca o episódio da véspera ocorrido na capital paulista. Huck afirmou que o Brasil precisa de gente com capacidade para enfrentar os problemas nacionais. “Na minha geração eu consigo enxergar várias pessoas preparadas que precisam ser incentivadas”, disse. Em seu pronunciamento gravado, FHC adotou postura parecida. Para o pré-candidato e o ex-presidente o desafio a ser enfrentado passa concretamente pela renovação de pessoas, de métodos, de disposição sincera e forte de governar. VOLTA HUCK – A repercussão certamente se fez sentir no quadro partidário, uma vez que o retorno do apresentador de televisão ao tema político deixa na atmosfera sua disposição, de uma forma ou de outra, para participar do processo da sucessão presidencial que tem seu desfecho marcado para outubro.

A candidatura do apresentador Luciano Huck ao Planalto depende hoje exclusivamente dele. Dirigentes do PPS dizem que o cenário ideal está colocado. O ex-presidente Lula está a um passo de ficar fora da disputa; o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), indica que não vai concorrer ao Planalto. E,ainda, o governador Geraldo Alckmin não decolou; as pesquisas animam e os movimentos políticos para construir uma base de apoio para Huck no Congresso começam a se concretizar com integrantes do Agora! e do Livres entrando no PPS para brigar por vagas na Câmara e Senado.

O apresentador desembarca no Brasil no início da próxima semana quando vai retomar as conversas sobre sua participação na campanha. Se não for candidato, promete usar sua influência para ajudar a eleger candidatos do seu grupo ao Congresso. O presidente da sigla, Roberto Freire, diz que esse movimento vai se repetir em todo o País. “A efervescência tende a crescer por conta do Huck.”

Aliados de Luciano Huck já preparam sua pré-campanha à Presidência. Esperam apenas a confirmação do apresentador de TV para definir os rumos a seguir. Segundo a Folha apurou, Huck comemorou, de Paris, o bom posicionamento na pesquisa Datafolha publicada nesta quarta (31). Ele tem 8%, empatado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) no pelotão de segundo lugar na disputa em cenário sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Huck diz não ser candidato. Seus aliados só viam chance de ele voltar atrás na decisão se Lula estivesse inelegível, já que pesquisas mostram que o apresentador apela ao perfil associado ao do eleitor do petista no Datafolha ele herdou 8% desse grupo, mas há ainda um terço dele sem candidato.

O Ibope seguirá colocando o nome de Luciano Huck nas pesquisas presidenciais, “e agora mais do que nunca”, diz o presidente do instituto, Carlos Augusto Montenegro.

Ele acha que o apresentador pode herdar “praticamente todos os votos” de Lula nas classes C, D e E. Ele diz que a recente entrevista do apresentador ao Faustão, na TV Globo, reforçou a ideia de deixar o nome dele na pesquisa.

Interlocutores que questionam Huck sobre a possibilidade de ele se candidatar, apesar de ter anunciado na Folha que estava fora da disputa, saem com a certeza de que ele não enterrou a ideia.

23
jan

Sondado

Postado às 14:00 Hs

Lula e seus asseclas temem a candidatura de Luciano Huck.

Diz o Valor:

“Às vésperas do julgamento que pode tirar Lula da eleição, o ex-presidente e seu círculo mais próximo de amigos ainda encontram tempo para desenhar cenários eleitorais.

Nos últimos dias, cresceu a suspeita do grupo de que está em curso uma articulação para que a escolha do próximo presidente seja à francesa.

Neste desenho, o apresentador Luciano Huck seria a novidade [Emmanuel Macron], Lula o candidato de esquerda correspondente a Jean Luc Mélenchon e Jair Bolsonaro à candidata da extrema direita, Marine Le Pen.

O plano seria a união da centro-direita em torno de Huck, no segundo turno, seja contra Lula, seja para derrotar Bolsonaro.”

O Antagonista

Siga os sinais Integrantes do Planalto viram na participação de Luciano Huck no “Domingão do Faustão” um movimento da Globo. Aliados de Michel Temer dizem que o fato em si é um gesto político e que seria ingênuo acreditar que a direção da emissora não deu aval à programação. A análise é feita sem censura, mas em tom realista. Para os governistas, “do ponto de vista do marketing, a apresentação dele como agente político ali foi muito melhor do que em qualquer programa partidário”.

Tela em branco A repercussão do programa que foi ao ar no domingo (7) fez a TV Globo emitir uma nota na qual reafirma que quadros da emissora que eventualmente forem disputar a eleição são proibidos de aparecer em sua programação.

Tela em branco 2 “A TV Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que se limitará a realizar a cobertura jornalística das eleições de 2018, seguindo as regras de seus princípios editoriais”, diz o texto da empresa.

Curva ascendente A argumentação não convenceu o universo político. Auxiliares de Temer apostam, inclusive, que o impacto social da entrevista com Huck será apontado com clareza nas próximas pesquisas de intenção de voto para o Planalto.

Frio e calculado Duas frases de efeito usadas por Huck no programa do Faustão foram publicadas nas redes sociais do Agora!, grupo encabeçado por ele: “Não existe salvador da pátria na política” e “Construímos muitos muros e poucas pontes”.

Fonte : Painel – Folha de São Paulo

20
dez

Eleições 2018: A volta de Huck

Postado às 8:54 Hs

O que era um comentário lateral de conversas periféricas, mas de atores importantes, vem ganhando corpo entre integrantes do autoproclamado “centro”: a possibilidade de ressurreição de uma candidatura presidencial de Luciano Huck.

O apresentador global se cercou de profissionais ao longo daquilo que disse ser sua não-candidatura. Analisou pesquisas qualitativas e quantitativas, ouviu conselhos e sugestões de nomes de peso no debate público brasileiro -alguns, sem voto, talvez buscando governar por procuração.

De todo modo, as sondagens reservadas indicavam uma chance grande de o nome do apresentador decolar. Não por acaso ele foi desejado por PPS, DEM, Rede e Novo -para não falar no PSDB, onde tem entusiastas na velha guarda do partido. Apesar das objeções óbvias a uma experiência dessas, a conversa deixou de ser mera especulação num dado ponto.

03
dez

O porquê da desistência de Luciano Huck

Postado às 10:55 Hs

Por que Luciano Huck anunciou que não seria candidato, justo quando, segundo o Estadão, crescia seu caldeirão de votos? É provável que nunca tenha tido a real disposição de disputar, a menos que houvesse uma avalanche de adesões. Alguns anos atrás, uma respeitada senhora do Interior paulista, força notável na política da cidade, era pressionada a candidatar-se. Esse colunista, consultado, foi contra: a senhora comandava as principais entidades de classe e era mais poderosa que o prefeito. Para que se candidatar? Perderia o status de unanimidade e entraria no moedor de carne das campanhas eleitorais. Mas que diriam dela, de conduta tão transparente? Insisti: se nada encontrarem, inventam. Mas que poderiam inventar contra ela? Sugeri: vão dizer que o filho dela é pai solteiro. Silêncio na sala: era. Já se faziam os exames. Desistiram da candidatura.

Imagine-se na situação de Huck, astro da maior rede de TV do Brasil, rico por si próprio, rico de família, um ídolo ligado a programas “do bem”. É bem educado, forma um casal de anúncio de margarina com uma moça que também é ídolo. Entrar numa campanha para ser xingado todos os dias, com denúncias, esculachos, armações?

Melhor emprestar seu prestígio a um candidato de sua confiança, para quem contribuirá, a quem referendará.

Carlos Brickmann

Embora em banho-maria, uma ala do PT defende que a eventual candidatura de Luciano Huck à Presidência não deve ser subestimada. Lembram da eleição de 1989: Fernando Collor era desprezado, mas venceu.

Essa ala se preocupa com o apelo de Huck como “o paizão dos pobres”, por causa das atrações que ele exibe na TV, com reformas de casas e carros. A OAB de São Paulo enviou representação ao TRF-4 pedindo a destruição das escutas telefônicas feitas no escritório que defende o ex-presidente Lula.

Na peça, a entidade diz ser “inacreditável que, mais de ano e meio depois de informado que havia 462 conversas interceptadas por equívoco, o TRF as mantenha íntegras”. “Por quê?”, questiona.

Painel – Folha de S.Paulo

abr 18
quinta-feira
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