Pesquisas dos partidos indicam queda de Marina
A “onda Marina” está prestes a recuar. É o que apontam pesquisas internas do PT, da presidente Dilma Rousseff, e do PSDB, de Aécio Neves. Segundo o colunista do BR 247, Bernardo Mello Franco, as sondagens encomendadas pelas siglas, que anteciparam a estabilização de Marina na semana passada, passaram a indicar os primeiros sinais de queda da adversária. Na semana passada, a ex-senadora parou de crescer nas enquetes do Datafolha e do Ibope, mas ainda ameaça a reeleição da presidente Dilma.
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[ Ponto de Vista ] Giannetti, outro assessor, vê Marina ao lado de Lula e FHC
Postado às 10:58 Hs
Em 12 dias, quase 18 milhões de brasileiros manifestaram intenção de votar em Marina Silva. Um verdadeiro vendaval de votos que deixou tucanos atônitos e agora começa a tirar o sono dos petistas. O empate de Marina Silva com a até aqui favorita na disputa, a presidente Dilma Rousseff, vai levar a ajustes nas campanhas de PT e PSDB. A pergunta é: quem vai bater em Marina e qual brecha há para isso?
Marina Silva segue seu roteiro com real perspectiva de vitória. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, ela abre vantagem de dez por pontos sobre Dilma na simulação de segundo turno.
Essa velocidade do crescimento provoca no PSB duas reações antagônicas. Uma, positiva, que é a possibilidade de se pensar em vitória no primeiro turno. A segunda, que causa preocupação, é que o crescimento rápido faltando mais de 30 dias para a eleição pode provocar reações fortes dos adversários.
Segundo articuladores do PSB, em vez de usar números e propostas, Marina vai continuar falando ao sentimento dos eleitores. Para ela, o que está movendo sua campanha é a expectativa de mudar a política, mais do que propostas mirabolantes. É nesta tecla que ela vai continuar batendo. Sempre considerando que, daqui em diante, a perspectiva de governar o Brasil é real. Por isso, precisa olhar também para o dia de amanhã: a governabilidade.
De uma coisa os socialistas estão certos. Se vencer, Marina não vai buscar maioria na forma clássica, atraindo partidos para cargos no governo. Ela terá de fazer maiorias em torno dos projetos. ( Cristiana Lôbo – G1 )
William Bonner anunciou na edição de quinta-feira do Jornal nacional que Marina Silva será entrevistada por ele e Patrícia Poeta na edição do JN da próxima quarta-feira dia 27. Será uma oportunidade para que a candidata do PSB possasesclarecer contradições que envolvem sua plataforma eleitoral e seu relacionamento com o próprio PSB, pois excluiu de sua cogitação as sessões regionais de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, afastando-se dessa forma da totalidade de compromissos assumidos por Eduardo Campos.
Deverá também ser indagada sobre o relacionamento de sua campanha com o agronegócio, uma vez que o vice Beto Albuquerque é ligado a esse setor produtivo. Vamos ver o que acontece.
- Recém-confirmada como candidata à Presidência na coligação liderada pelo PSB, a ex-ministra Marina Silva poderá fazer campanha normalmente até que o pedido de registro da sua candidatura seja julgado, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O PSB informou que deve entregar ainda hoje o pedido de renúncia dela como vice na chapa antes encabeçada por Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada, e o de registro da nova chapa, com Marina e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) de vice. O prazo termina amanhã. Depois, o pedido ainda precisará ser julgado pela Corte, que pode aceitar ou rejeitar a candidatura, o que não tem data para acontecer. Enquanto isso, porém, Marina poderá participar de atos de campanha e do horário eleitoral gratuito como candidata à Presidência.A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, pretende ficar apenas quatro anos se for eleita presidente nas eleições do dia 5 de outubro.
- A campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, pretende reforçar a agenda em São Paulo e no Rio de Janeiro, temendo o efeito da candidatura de Marina Silva pelo PSB. Na avaliação dos aliados, esses seriam os estados mais suscetíveis a sofrer um eventual impacto com a entrada da ex-senadora na disputa ao Planalto. Em São Paulo, o plano é intensificar a presença de Aécio ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 55% das intenções de voto. No Rio, onde foi criada a chapa “Aezão” pelos dissidentes do PMDB que não concordam com o apoio à presidente Dilma Rousseff no âmbito nacional, a campanha trabalha para colocar mais pessoas na rua e casar os materiais de Aécio com candidatos a deputados. A cúpula do PSDB se reuniu ontem na capital paulista para discutir o novo cenário eleitoral, após a reviravolta com a morte de Eduardo Campos e a candidatura de Marina Silva. Os tucanos avaliam que a ex-ministra deve crescer nas próximas pesquisas eleitorais, mas que Aécio tem todas as condições de chegar ao segundo turno.
- Os servidores do Poder Judiciário Federal deflagraram greve na manhã de ontem, 21, durante ato público realizado em frente à sede do Tribunal Regional Eleitoral, na zona Leste de Natal. Apesar disso, os três tribunais – TRE/RN, TRT/RN e Justiça Federal – não registraram atrasos na prestação de serviços. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte (Sintrajurn) prometeu cumprir os procedimentos legais da paralisação, mantendo os 30% do efetivo trabalhando.
- A direção nacional do PSB escolheu na noite desta quinta-feira a deputada federal Luiza Erundina (SP) para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência. O partido avaliava se o candidato a vice-presidente, Beto Albuquerque, que havia se oferecido para ocupar a coordenação interinamente, conseguiria conciliar a função com os compromissos de campanha. O nome de Erundina foi anunciado por meio de nota divulgada pelo PSB, que afirma que a ex-prefeita de São Paulo foi designada pelo presidente nacional do partido, Roberto Amaral.
- O jornal espanhol El País lembra que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) terminou seu segundo mandato, em 2002, o governo brasileiro era composto por 24 ministérios. Hoje, 12 anos depois, são 39. A gestão Lula-Dilma criou 15 novas pastas em pouco mais de uma década. A justificativa era valorizar assuntos que ficavam em segundo plano e dar-lhes caráter estratégico. Era o caso do Ministério da Pesca, criado em 2009, que se justificaria pelo fato de o país ter 8.000 quilômetros de costa marítima. Ou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, criada pela presidenta Dilma Rousseff (PT), há dois anos. O novo órgão tem status ministerial e teria a função de valorizar os pequenos negócios.
Escolha do Vice
A cúpula do PSB está colocando algumas diretrizes para que Marina Silva seja a candidata do partido, entretanto a acreana arretada também, uma delas é que o vice seja do grupo de Eduardo Campos, alguém de sua confiança e que tenha trânsito entre o PT e o PSDB. Alguns nomes foram citados como Beto Albuquerque (PSB-RS), Júlio Delgado (PSB-MG) e Maurício Rands (PSB-PE).
A novidade é Marina ter pensado em Renata Campos, que é economista, servidora do Tribunal de Contas e entende de administração e política, além de agregar a história do marido na chapa presidencial. É difícil, pois Renata, mesmo consciente de sua importância neste momento, deve se voltar aos cinco filhos que precisarão da presença da mãe.
O nome de Antônio Campos (Tonca, para os pernambucanos) surgiu após sua nota de apoio a Marina. Tentaram descredibilizar, dizendo que ele fez a defesa pensando em ser o vice. Não faz o perfil de Antônio Campos, um homem digno e inteligente usar estes artifícios. Mas o seu nome acabou entrando no processo, e com boa aceitação.
Outros nomes foram citados, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) e o presidente em exercício da legenda, Roberto Amaral. Mas este não tem agradado a gregos e troianos, estava afastado da campanha de Eduardo e é próximo do governo.
Tem também Roberto Freire (PPS-SP). Acho que está nas mãos de Renata, caso queira ser. Depois vai para a decisão do partido, aí apostaria entre Beto Albuquerque, por sua aproximação a Marina, ou Maurício Rands, representando o grupo político pernambucano liderado por Eduardo Campos. Maurício tem referências em Brasília, foi lider do governo do PT, tem bom diálogo com diversos setores, inclusive patronais e sindicais, e era o coordenador do Programa de Governo de Eduardo/Marina.
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A viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, chama para si a responsabilidade de manter unidos o PSB e a Frente Popular. Apesar da dor pela morte do marido, decidiu, após se reunir com a família no final da manhã deste sábado (16), convocar líderes políticos e a militância de todos os partidos da Frente Popular para um encontro na segunda, na Blue Angel do Derby, às 10h. Como líder natural e herdeira do legado do ex-governador, Renata deve pedir aos correligionários que continuem o projeto de Eduardo e assumam a missão de eleger em Pernambuco, Paulo Câmara, candidato a governador, e apoiar Marina Silva na corrida pela Presidência da República. O pronunciamento de Renata, ao lado dos filhos, ocorrerá um dia após enterrar o marido e na data em que comemora 47 anos de idade.
Fonte: Blog de Ronaldo César
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Cronicas & Dicas : Morte de Eduardo Campos, com a volta de Marina Silva, é um tsunami na sucessão
Postado às 15:03 Hs