Imagem: reprodução

Via Diário de Pernambuco

Após ser exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Maurício Valeixo deixou uma carta agradecendo aos colegas que atuaram durante sua gestão à frente da PF e afirmando que deixa a função “com a certeza de que a Polícia Federal segue forte, unida e alinhada aos princípios republicanos mais nobres”.

Valeixo foi demitido nesta sexta-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro. O episódio culminou na saída do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro do governo. O agora ex-ministro acusou o presidente da República de atuar politicamente no trabalho da Polícia Federal. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ex-ministro teria usado a saída de Valeixo como moeda de troca para indicação ao STF.

Confira a carta na íntegra:

“Prezados policiais federais, servidores administrativos, servidores contratados, colaboradores, colegas,

Na oportunidade em que deixo a função de Diretor-%u200B%u200BGeral da nossa Polícia Federal, venho expressar minha mais profunda gratidão a todos que fizeram parte e colaboraram com a gestão que ora se encerra.

Nos meus 23 anos de atividade nesta instituição, sempre pautei minha conduta pelo trabalho e profissionalismo, e tive a felicidade de atingir o posto mais alto reservado a um policial federal.

Ao chegar à Direção Geral pude reafirmar minhas convicções sobre as virtudes do órgão, ao encontrar uma organização com sólidos valores éticos e institucionais, construídos por décadas de atuação dedicada e firme dos que me antecederam.

A nossas PF de hoje é a soma do esforço diário de cada um dos valorosos servidores que por aqui passaram nesses longos 76 anos de história, não importando seus cargos, funções ou lotações, pois o que nos faz fortes é o conjunto, é a unidade de ideais e de objetivos.

Neste momento, meus sentimentos não poderiam ser outros do que gratidão e reconhecimento.

Obrigado pelo apoio que recebi de todos no enfrentamento das mais diversas batalhas, não importando de onde viessem os desafios e os perigos inerentes a nossa árdua atividade.

Deixo o cargo com a certeza de que a Polícia Federal segue forte, unida e alinhada aos princípios republicanos mais nobres.

Recebi essa missão com grande entusiasmo e expectativa, e encerro esse ciclo com orgulho de ter feito parte dessa trajetória.

Sigamos fortes e em frente em nome da nossa Polícia Federal.

Muito obrigado.

Maurício Leite Valeixo
Delegado de Polícia Federal”

Na manhã desta 6ª feira (24.abr.2020) são estes os nomes para a mexida ministerial, caso Sergio Moro confirme ao longo do dia sua saída da pasta Justiça:

Jorge Oliveira – deve ir para a vaga de ministro da Justiça e deixaria assim o cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência da República. Correm por fora para ficar no lugar de Moro os ministros André Mendonça (Advocacia Geral da União) e Wagner Rosário (Controladoria Geral da União).

Almirante Rocha – o oficial da Marinha Flávio Augusto Viana Rocha é hoje secretário especial de Assuntos Estratégicos. Desde fevereiro, a SAE deixou de ser uma seção da Secretaria-Geral da Presidência e passou a ser ligada diretamente ao presidente Jair Bolsonaro. O almirante Rocha pode virar ministro da Secretaria Geral, caso Jorge Oliveira vá para a Justiça.

Na Polícia Federal é dado como certo no Palácio do Planalto que o substituto de Maurício Valeixo seja mesmo outro delegado da PF, Alexandre Ramagem (que assumiu a segurança direta de Jair Bolsonaro depois que o presidente sofreu 1 atentado a faca em setembro de 2018).

Jorge Antônio de Oliveira Francisco tem 45 anos. Formou-se em 1992 no Colégio Militar de Brasília. Serviu por mais de 20 anos na Academia de Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele também é formado em Direito. Em 2013, foi transferido para a reserva onde começou a atuar como advogado.

Atuou no Congresso Nacional desde 2003 como assessor parlamentar da PMDF, assessor jurídico no gabinete de Jair Bolsonaro. Também foi chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Jorge mantém perfil no Twitter, onde relata suas atividades dentro do governo. Flávio Augusto Viana Rocha, o almirante Rocha, foi comandante do 1° Distrito Naval, que é sede da Marinha e abrange os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. Rocha também foi chefe do Gabinete do Comandante da Marinha e diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha.

Poder 360

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informa na manhã desta sexta-feira(24), através das redes sociais, que a exoneração de Maurício Valeixo da Polícia Federal se deu A PEDIDO do próprio.

“Ao contrário do que parte da imprensa está noticiando, a exoneração do sr. Maurício Valeixo se deu A PEDIDO do próprio. Contra fake news, busque sempre a fonte primária da informação”.

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