Sebrae traça ações para inserir melão potiguar no mercado chileno
A produção de melão do Rio Grande do Norte deverá contar com um novo destino nas próximas safras. Após a abertura do mercado do Chile, via publicação do protocolo que estabelece os requisitos fitossanitários da importação do produto brasileiro, o Sebrae no Rio Grande do Norte prepara ações voltadas para a inserção de produtores potiguares no novo mercado. Uma delas é a Rodada de Negócios, que acontecerá dentro da programação da edição 2014 da Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit), que acontece entre os dias 24 e 26 de setembro, em Mossoró.
A ideia é aproximar de compradores chilenos, fruticultores potiguares com perfil exportador durante os encontros de negócios. Até então, o mercado do Chile importava melão apenas dos Estados Unidos e do Peru. O melão brasileiro já é vendido para 21 países, especialmente da Europa.
O selo de Indicação Geográfica concedido ao melão da Região de Mossoró, que atesta a qualidade e a procedência do produto, deve contribuir para que aumentem as exportações do Rio Grande para o Chile. “Estamos muito otimistas com esta abertura do mercado chileno, e por isso vamos oferecer uma programação que busque a inserção dos produtores potiguares neste novo mercado que surge. E o fato de contar com Indicação Geográfica deve favorecer novos negócios entre os dois países”, acredita Franco Marinho, gestor de Fruticultura do Sebrae-RN.
Ainda de acordo com o gestor de Fruticultura, o melão potiguar tem as condições necessárias para a comercialização, especialmente por a produção estar em área livre da mosca minadora. “Além da qualidade reconhecida, as questões fitossanitárias do melão do Rio Grande do Norte ajudam muito na busca por novos mercados, tendo além de outras condições favoráveis, a área de produção livre da mosca minadora”, explica.
Além de destinar atenção para o mercado chileno, as atividades desenvolvidas pelo Sebrae-RN durante a Expofruit 2014 se voltam também para o mercado nacional e norte americano, com foco nos Estados Unidos. No caso do mercado interno, serão identificados possíveis compradores da produção de produtores familiares, principalmente redes supermercadistas da Região Nordeste. A proximidade favorece a logística.
Fonte: Assessoria
A produção de melão na região de Mossoró passa a contar, oficialmente, com mais um diferencial na busca pela expansão no mercado. O certificado de Indicação Geográfica de Procedência, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) será entregue nesta terça-feira (5), ao Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX). A solenidade acontece às 11h, no auditório do escritório regional do SEBRAE na Região Oeste, em Mossoró. De posse do certificado, produtores inseridos nos treze municípios que integram a área contemplada poderão solicitar o direito de utilização do selo.
A cerimônia de entrega contará com a presença do chefe da Regional Nordeste do INPI, Alberto Moreira da Rocha, entidade responsável pela concessão do certificado. A expectativa é de que o selo de certificação de origem já possa beneficiar os produtores na atual safra.
“Estamos muito otimistas com os resultados que a certificação em Indicação Geográfica poderá trazer para os produtores da região. É um diferencial de mercado importante, que agregará valor ao produto e trará ainda mais reconhecimento ao melão da região”, estima Franco Marinho, gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN.
A conclusão do processo de IG ocorre cinco anos após o início das pesquisas e estudos, realizadas pelo Sebrae no Rio Grande do Norte junto com o Coex. A indicação Geográfica de Procedência foi concedida no último dia 17 de setembro.
A Indicação Geográfica representa um avanço para o melão produzido na Região de Mossoró. Além de agregar valor ao produto, o selo atuará também como barreira protetora para a economia regional. Na prática, significa que produtos semelhantes, mas sem os mesmos padrões do produto potiguar, deixarão de ser comercializados como se fossem produzidos na região de Mossoró.
Fonte: Assessoria
Ctarn participa da elaboração do Indicador Geográfico
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) teve papel decisivo na elaboração do Selo de Procedência Geográfica do Melão de Mossoró, que será entregue pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nesta terça-feira, na sede do órgão, em Mossoró.
O Relatório que serviu de base junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial para a análise dos aspectos técnicos foi produzido em parceria entre o Sebrae e o Centro Tecnológico do Negócio Rural do RN (Ctarn). O documento evidencia todo o conhecimento científico acumulado nos 30 anos de agricultura irrigada na denominada Grande Região Jaguaribe – Apodi, especialmente, para a cultura do melão.
Com uma síntese do potencial da região para o cultivo do melão, a pesquisa apresenta desde os aspectos da qualidade do solo, até o desenvolvimento da logística para a colocação dos produtos (principais tipos de melão) nos mercados regional, nacional, Mercosul, Europa, Estados Unidos e Asiático.
Os primeiros trabalhos feitos com a cultura do melão na região foram conduzidos pelos docentes e técnicos dos antigos departamentos de Fitotecnica, Solos, Química e Tecnologia, Irrigação e Drenagem e Fitossanidade da Escola Superior de Agricultura de Mossoró – Esam.
“A Ufersa é a instituição de desenvolvimento tecnológico do Semiárido que acumula a maior competência científica com a cultura do melão, o que justificou a elaboração desse relatório”, comenta o professor Josivan Barbosa, membro do projeto Imagens do Semiárido.
fonte: Assessoria