O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou nesta quarta-feira (22), em entrevista à rádio Itatiaia, sobre a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro ocorrida pela manhã. Ribeiro foi detido preventivamente, em Santos (SP), no âmbito de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada hoje.

“O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estava, estaria com a conversa meio informal demais com algumas pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo. E o que aconteceu? Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal que a Polícia Federal está agindo”, disse em entrevista na manhã desta quarta-feira à rádio Itatiaia.

Reprodução

“Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum. Mas, se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando, é um sinal que eu não interfiro na PF, porque isso aí vai respigar em mim, obviamente”, declarou.

O presidente afirmou não ter como controlar tudo o que acontece em seu governo. “Eu tenho 23 ministros, tenho mais de uma centena de secretários, mais de 20 mil cargos em comissão. Se alguém faz algo de errado, pô, vai botar a culpa em mim? Vinte mil pessoas. Logicamente, a minha responsabilidade é afastar e colaborar com a investigação. Pode ter certeza que essa investigação, além da PF, não interfiro, deve ter Controladoria-Geral da União, aí sim é um ministério meu, etc. E ajudando para elucidar o caso”, disse.

Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro ainda disse que, se seu ex-ministro for considerado culpado, “vai pagar”. “Lamento, a imprensa vai dizer que está ligado a mim, etc., paciência. Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se for inocente, sem problemas. Se for culpado, vai pagar. O governo colabora com a investigação. A gente não compactua com nada disso. Agora, não sei qual a profundidade dessa investigação. No meu entender, não é aquela orgânica, porque nós temos os compliances nos ministérios. E qualquer contrato, qualquer negócio, não passa”, afirmou.

CNN Brasil

O governo anunciou, hoje, em edição extra do “Diário Oficial da União”, a saída do cargo de , quarto ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro a deixar o posto. Pastor presbiteriano e professor, Ribeiro estava desde julho do ano passado no comando do MEC e pediu exoneração nesta segunda após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informou pela manhã o blog de Valdo Cruz, antes da reunião, Bolsonaro já tinha sido convencido por aliados a remover o ministro em razão do desgaste político para o governo em um ano eleitoral.

A saída de Milton Ribeiro se deu uma semana após revelação pelo jornal “Folha de S.Paulo” de uma gravação na qual o ministro diz repassar verbas do ministério para municípios indicados por dois pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Os pastores a que o ministro se refere no áudio são Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos (Conimadb), e Arilton Moura, ligado à Assembleia de Deus.

Eles não têm cargo no governo, mas nos últimos anos participaram de várias reuniões com autoridades e tiveram encontros com Bolsonaro. Milton Ribeiro afirmou que Bolsonaro não pediu atendimento preferencial aos pedidos dos pastores e negou favorecimento aos religiosos.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgou uma nota de esclarecimento nesta terça-feira, 22, e negou que tenha favorecido cidades indicadas por pastores na liberação de recursos.

“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, afirmou.

Nos últimos dias, reportagens publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo apontaram a existência de um suposto esquema no qual os líderes religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura atuaram para intermediar a liberação de verbas para prefeituras aliadas.

Em um áudio divulgado pela Folha, Ribeiro afirma que a prioridade para as demandas dos pastores era “um pedido especial” do presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, segundo a nota divulgada pelo titular do MEC, “o presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem”.

“Da mesma forma, recebo pleitos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas. Todos os pedidos são encaminhados para avaliação das respectivas áreas técnicas, de acordo com legislação e baseada nos princípios da legalidade e impessoalidade”, seguiu a nota.

No comunicado divulgado à imprensa, o ministro da Educação diz, ainda, que o Painel de Investimentos do MEC “está disponível a qualquer cidadão que deseja acompanhar os recursos de seu município”.

Em outro trecho, o titular da pasta afirma que o fato de ser evangélico não influencia a forma como ele comanda o ministério. “Independentemente de minha formação religiosa, que é de conhecimento de todos, reafirmo meu compromisso com a laicidade do Estado, compromisso esse firmado por ocasião do meu discurso de posse à frente do Ministério da Educação. Ressalto que não há qualquer hipótese e nenhuma previsão orçamentária que possibilite a alocação de recursos para igrejas de qualquer denominação religiosa”, finaliza.

Jovem Pan

Via Correio Braziliense

Foto: Reprodução

A novela sobre o próximo ministro da Educação (MEC) ganhou novo nome e sobrenome na lista de cotados ao posto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mencionou que um candidato de São Paulo era o favorito para ser o próximo ministro da pasta, na terça-feira (7/7), durante o anúncio de que estava com covid-19. Mas não citou nomes. Trata-se do pastor da Igreja Presbiteriana Milton Ribeiro, segundo apurou o Globo.

O evangélico é membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, é ligado à Universidade Mackenzie e apresenta no currículo doutorado em Educação. Pastor na Igreja Presbiteriana de Santos, Milton Ribeiro teria conversado com Bolsonaro sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Educação (MEC) na terça-feira.

Outro que entrou na lista dos cotados para comandar o MEC na última semana foi o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). Bolsonaro disse que o parlamentar seria uma opção de “reserva” ao pastor Milton Ribeiro. Também existe a expectativa de que o chefe do Executivo converse com Anderson Correia, atual reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), nesta quarta-feira.

Bolsonaro estaria sendo orientado a buscar alguém conservador, alinhado com suas pautas. Mas, ao mesmo tempo, moderado, que saiba debater e não cause polêmicas a todo momento – como era o caso de Weintraub. 

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