A agência de classificação de risco Moody’s anunciou hoje que decidiu alterar novamente a perspectiva da nota do Brasil, de estável para negativa, citando o “aumento da incerteza em relação ao momento favorável às reformas após os últimos acontecimentos políticos”.

Em março, a agência tinha mudado a perspectiva do rating do Brasil de negativa para estável, citando sinais de recuperação e a inflação em queda. Em comunicado no último dia 19, entretanto, a Moody´s já apontava que a crise política aberta com a delação de Joesley Batista envolvendo o presidente Michel Temer pode interromper as reformas e prejudicava a perspectiva de crédito do Brasil. Com a nova revisão, a Moody´s passa a sinalizar que não está descartado um novo rebaixamento da nota do Brasil nos próximos meses.

“Independentemente de seu desfecho, a crise política que emergiu no Brasil na última semana provavelmente debilitará a agenda de reformas do governo e comprometerá a aprovação de reformas futuras, incluindo a da Previdência. Isto provavelmente impactará negativamente a confiança do investidor e levará ao aumento da volatilidade nos mercados, ameaçando o momento macroeconômico positivo observado desde o início da agenda de reformas promovida pelo presidente Michel Temer”, afirmou a Moody´s em comunicado.

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do Brasil e tirou o grau de investimento – selo de bom pagador – do país nesta quarta-feira (24), como já era esperado. A nota do país caiu dois degraus de uma vez: passou de Baa3, o último nível dentro do grau de investimento, para Ba2, que é categoria de especulação. A agência também colocou o Brasil em perspectiva negativa, indicando que pode sofrer novo rebaixamento.

Em nota, a Moody’s afirma que o corte da nota foi influenciado pela maior deterioração das métricas de crédito do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com expectativa de que a dívida do governo ultrapasse 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos. A agência também aponta a “dinâmica política desafiadora” vai continuar a complicar os esforços de consolidação fiscal e atrasar as reformas estruturais.

 “A perspectiva negativa reflete a visão de que os riscos são de uma consolidação e uma recuperação ainda mais lentas, ou de que surjam mais choques, o que cria incertezas em relação à magnitude da deterioração do perfil de crédito do Brasil”.

Último a a tirar grau de investimento Entre as três grandes agência internacionais, apenas a Moody’s mantinha o Brasil com grau de investimento. No dia 9 de dezembro, entretanto, a agência colocou a nota do país em revisão para possível rebaixamento, indicando que ela poderia ser reduzida em breve. A primeira a tirar o selo de bom pagador do Brasil foi a Standard and Poor’s (S&P), em setembro do ano passado. Há uma semana, a agência voltou a rebaixar a nota brasileira. Em dezembro, foi a vez da Fitch, que ao mesmo tempo colocou a nota do país em perspectiva negativa, indicando que ela pode voltar a ser rebaixada. (G1)

24
jul

FIQUE SABENDO…

Postado às 11:30 Hs

# PARCELAS DO FIES TERÃO JUROS MAIS ALTOS

Os estudantes que fecharem novos financiamentos pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) pagarão parcelas mais altas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou o reajuste das taxas de juros dos novos contratos de 3,4% para 6,5% ao ano. O reajuste havia sido anunciado no fim do mês passado pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. As novas taxas haviam sido publicadas no edital com as novas regras do Fies, no início do mês, mas precisavam ser regulamentadas pelo CMN para entrar em vigor. O aumento vale apenas para os 61,5 mil contratos previstos para o segundo semestre deste ano. Quem já é beneficiado pelo programa e precisa renovar os financiamentos continuará pagando as taxas atuais, porque os contratos em vigor não podem ser alterados por apenas uma das partes.

# PETROBRAS SE MANTÉM ENTRE AS MAIORES DO MUNDO

Apesar de ser o centro de um dos maiores escândalos de corrupção no País, a Petrobras permanece entre as 500 maiores empresas do mundo. A companhia estatal brasileira de petróleo é a 28ª do ranking anual da revista “Fortune”, com receita de US$ 143,657 bilhões em 2014. Mesmo assim, após mais de um ano de Operação Lava Jato e o longo desdobramento de denúncias originadas em delações premiadas à Justiça, a Petrobras é companhia mais endividada do mundo e busca cortar custos, embarcando num plano para vender US$58 bilhões em ativos até 2018 para financiar o desenvolvimento dos projetos em águas profundas (pré-sal). A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e Federação Única dos Petroleiros (FUP), faz objeção ao Plano de Negócios e Gestão da Petrobras, que inclui a venda de ativos da empresa, divulgado pelo presidente da estatal, Bendine, e decidiram paralisar suas atividades por 24 horas desde meia-noite desta sexta-feira (24). O Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco (Sindipetro-PE) também aderiu à greve nacional.

 

# MERCADO VÊ IMPEACHMENT COMO SAÍDA ‘POSITIVA’

Um relatório divulgado pela consultoria Eurasia no início desta semana passou despercebido – apesar de conter um dado importante. O texto repercutia a última pesquisa CNT/MDA, em que 63% dos entrevistados disseram querer a saída da presidente, e afirmava que o risco de impeachment havia avançado para 30% – o que é considerado alto pelos analistas. O dado curioso revelado pela consultoria é que o comportamento dos investidores com a divulgação desses números foi atípico: em vez de a confusão política assustar, tanto no mercado de dívida quanto o de ações e câmbio reagiram positivamente. “Os dados da pesquisa não eram surpresa, mas o comportamento dos preços de ativos foi revelador: houve uma retomada na Bovespa”, escreveram os analistas da Eurasia. “Esse episódio revela uma premissa entre alguns investidores de que um cenário de impeachment seria positivo para o mercado”. (Veja/Da redação)

# DÓLAR SEGUE EM ALTA NESTA SEXTA-FEIRA E BATE OS R$ 3,34

O dólar abriu em alta nesta sexta-feira e ultrapassou a barreira dos 3,30, ainda pressionado por preocupações com a situação fiscal do país após o corte nas metas do governo. Por volta das 9h50, a moeda subia 0,91%, negociada aos 3,32 reais na venda. Na máxima, no entanto, chegou a atingir os 3,34 reais, maior nível desde 1º de abril de 2003, quando foi a 3,35 reais no intradia. Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de mais de 2% e terminou em R$ 3,29, maior nível em quatro meses. Na quarta-feira, o governo reduziu a meta de superávit primário deste ano para 8,74 bilhões de reais, ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 66,3 bilhões de reais (1,1% do PIB), previstos até então. Após o corte, o mercado teme que o país perca o grau de investimento – selo de bom pagador – dado por agências de classificação de risco. Na classificação das três principais agências internacionais de classificação de risco – Fitch, Moodys e Standard and Poor’s -, o Brasil segue com grau de investimento. No mercado, agentes têm como certa uma redução do rating soberano do Brasil pela Moody’s para o último patamar dentro do grau de investimento, assim como já se situa nas outras duas agências.

28
jun

Bancos brasileiros são rebaixados

Postado às 10:59 Hs

A agência de classificação de risco Moody’s informou nesta quarta-feira (27) que rebaixou a nota de crédito de oito instituições financeiras brasileiras entre um e três graus, como parte de sua revisão global de todos os bancos com ratings mais elevados do que o rating soberano de seu país de origem.

“Nossa análise indicou que há poucas razões para acreditar que esses bancos estariam isolados a partir de uma crise da dívida do governo”, justificou a Moody’s, em comunicado. “Mais especificamente, nós notamos uma significativa exposição direta desses bancos para os títulos do governo brasileiro, equivalente a 167% do capital de nível 1, em média”.

A Moody’s rebaixou Banco do Brasil, Safra, Santander e HSBC Bank Brasil – Banco Múltiplo ao nível do rating de crédito soberano do Brasil, ou seja, o grau de investimento Baa2.

Bradesco, Itaú Unibanco e o banco de investimentos do Banco Itaú BBA foram rebaixados em um grau acima do rating soberano, porque possuem fatores que ajudam a mitigar os riscos, incluindo níveis moderados de diversificação transfronteira e altos níveis de negócios e diversificação de resultados, apesar de, em geral, possuírem altos níveis de participação na dívida soberana.

Banco Votorantim foi rebaixado em um grau abaixo do nível do rating da dívida soberana brasileira para refletir o mau desempenho financeiro do banco, incluindo a fraca qualidade e rentabilidade dos ativos e as perspectivas de desafios constantes para a sua solidez financeira. As informações são da Dow Jones.(G1)

abr 25
quinta-feira
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