A direção do PMDB retomou um processo interno para mudar o nome da legenda para MDB (Movimento Democrático Brasileiro), abandonando a denominação de “partido” e retomando a sigla usada durante a ditadura militar.

A cúpula peemedebista se reúne na manhã desta quarta-feira (16) para discutir a convocação de uma convenção partidária para aprovar a mudança. O objetivo é concretizar a alteração até o fim de setembro, segundo dirigentes.

 

A proposta de alteração do nome do PMDB foi avalizada pelo presidente Michel Temer. A decisão faz parte de uma tentativa do comando do partido de amenizar os desgastes sofridos pela legenda com a Lava Jato e com o envolvimento de seus principais integrantes em escândalos de corrupção.

Fonte: Folha de São Paulo

Suponha-se que dê tudo certo na economia, segundo planos e critérios do governo Michel Temer. Ou não. O que pode ser da política, no mês que vem ou em 2018? As ameaças do próprio PMDB de pular do barco dão o que pensar sobre o roteiro do destino até faz pouco tempo risonho e franco do presidente que “aprovava tudo” no Congresso. Um governo “semiparlamentarista”, que teria maioria firme porque loteara os ministérios na medida do tamanho dos partidos de sua coalizão, de resto uma aliança ideologicamente coesa, de conservadora a reacionária. Suponha-se a hipótese “vai dar certo”. Nesse prognóstico, aprovam-se a reforma da Previdência e, ora menos relevante, a trabalhista, que causam medo ou raiva em quase qualquer pessoa com quem se converse na rua. A economia cresceria um minguado mas inesperado 1% neste ano e gordos 4% no ano eleitoral de 2018, com inflação e juros declinantes. Não é chute. São as previsões dos economistas do Itaú, por exemplo. Muito parlamentar do PMDB parece por ora indiferente a esse cenário. Do PMDB de Temer, da “Ponte para o Futuro”, e do “Avança, Brasil”, de Renan Calheiros, programas liberais que encheram a linguiça da coalizão que depôs Dilma Rousseff.

Sob pressão de seu partido, que reivindica mais espaço no governo federal, o presidente Michel Temer pretende escolher para o Ministério da Justiça alguém indicado pelo PMDB. O presidente avalia no momento dois nomes para contemplar a sigla: o ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Beltrame e o deputado federal Osmar Serraglio (PR).

Com a queixa de que foram desprestigiados na última minirreforma ministerial, anunciada na semana passada com ampliação de poder do PSDB, a sigla tem pressionado o presidente pelo comando da pasta, que ficou vaga após a indicação de Alexandre de Moraes para o STF (Supremo Tribunal Federal). O partido de Temer alega ocupar um espaço subdimensionado na Esplanada e cobra o controle da Justiça como contrapartida ao presidente ter entregado ao PSDB a Secretaria de Governo, antes sob o comando de Geddel Vieira Lima (PMDB).

Em conversas reservadas, Temer manifestou a intenção de atender ao partido, mas tem cobrado alguém com formação jurídica e perfil técnico, mesmo que seja filiado à sigla. O discurso é o mesmo de dias antes da indicação de Moraes: não passar a ideia de que o governo quer interferir na Operação Lava Jato. Beltrame é defendido por integrantes da equipe presidencial diante da atual crise penitenciária. Ele tem simpatia da opinião pública. E seria uma maneira de prestigiar a mudança no nome da estrutura, que passou a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Já Serraglio foi professor de direito administrativo e é próximo ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com aliados e assessores, essa seria uma forma de Temer fazer um aceno ao ministro, que se incomodou com a perda de espaço no Palácio do Planalto após a nomeação de Moreira Franco para a Secretaria Geral da Presidência. O nome do ex-ministro do STF Nelson Jobim, do PMDB, chegou a ser cotado, mas sua atuação na advocacia privada poderia inviabilizar a indicação a um cargo público, assim como a do advogado Antonio Mariz, amigo do presidente e que já foi sondado para o posto.

A cúpula do PSDB, por sua vez, também almejava o controle sobre o Ministério da Justiça, mas o Planalto sinalizou que a indicação de Antonio Imbassahy (BA) para a Secretaria de Governo já contemplou o partido. (Blog do Magno)

26
dez

* * * Quentinhas … * * *

Postado às 9:04 Hs

* * * Apesar da dispersão partidária ter caído de maneira recorde desde o impeachment de Dilma Rousseff, dois partidos grandes viram suas taxas de divisão interna aumentarem de lá para cá: PSB e PDT. Para se ter uma ideia, essas duas legendas registram índice de dispersão até cinco vezes maior do que siglas como PMDB, PT e PSDB, por exemplo.* * *

* * * O presidente Michel Temer termina o ano com a maior taxa de governismo já registrada na história recente da Câmara dos Deputados. Segundo dados do Basômetro, do Estadão Dados, os deputados votaram seguindo a orientação do governo em 88% das votações nominais que ocorreram em plenário em seus primeiros sete meses de gestão. No mesmo período do segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, a taxa de governismo média foi de 63%.* * *

* * * Faleceu neste domingo o cantor e compositor inglês George Michael, aos 53 anos. A notícia foi confirmada através de uma nota publicada por seu agente. O texto não revela a causa da morte, mas informa que Michael “morreu em casa, em paz”.O astro, cujo nome de batismo era Georgios Kyriacos Panayiotou (seu pai era um imigrante grego cipriota e a mãe, inglesa) iniciou a carreira como integrante do duo Wham! na década de 1980, emplacando sucessos como “Club Tropicana” e “Last Christmas”, e continuou como artista solo, vendendo mais de 100 milhões de álbuns ao longo de quase quatro décadas.Segundo a polícia londrina, uma ambulância atendeu uma residência na região de Oxfordshire, Sudeste da Inglaterra, na tarde deste domingo. Para o site da “BBC”, as autoridades informaram que não encontraram qualquer “circunstância suspeita” na casa do músico. * * *

 

 

 

 

O PMDB festeja a ruína petista fazendo de conta que não percebeu o tamanho da própria derrota. Perdeu a Prefeitura do Rio e caiu nos últimos metros da corrida em São Paulo. Tinha 1.017 prefeituras, ganhou outras onze, porém perdeu mais de 3,5 milhões de votos.

Michel Temer convive com índices amargos de desemprego, de produção industrial e de popularidade. Ele pode atribuir o desemprego e a contração da indústria a uma herança maldita, mas não pode descarregar em Dilma Rousseff a queda da aprovação de sua maneira de governar (31% em julho, 28% neste mês). As coisas vão mal e ninguém ganha se elas piorarem, mas a charanga do Planalto acredita que o quadro pode mudar trabalhando-se a opinião pública.

Trata-se de uma fantasia de maus antecedentes. Na Disney de Brasília, acredita-se que o presidente ganha prestígio viajando para o exterior. Vai daí, na quinta-feira (13) o doutor Michel embarcará para a Índia e o Japão. Vale lembrar que José Sarney também acreditou nesse xarope-viagem. Foi quando Fernando Henrique Cardoso cometeu uma de suas frases mais ácidas: “A crise viajou”.

Fonte: Elio Gaspari – Folha de S.Paulo

30
ago

Eleições 2016: Em Apodi

Postado às 8:40 Hs

“Vamos trabalhar o presente e olhar para o futuro”, destaca Alan para uma multidão. O candidato a prefeito de Apodi pelo PMDB, Alan Silveira, foi enfático ao dizer para uma multidão que o assistia na noite deste domingo (28), que pretende trabalhar pelo município sem olhar para gestões passadas. As palavras foram uma crítica ao atual prefeito, que costuma falar que os gestores anteriores nada fizeram pela cidade. “Esse negócio de dizer de 20 anos de atraso e que as gestões passadas não fizeram nada. Eles só olham para o retrovisor. Vamos mudar o discurso, temos que trabalhar o presente e olhar para o futuro, fazer o melhor que Apodi precisa”, destacou. Alan discursou por cerca de 12 minutos para uma multidão que o ouvia com atenção, no Centro da cidade. Ele, junto com a sua candidata a vice, Hortência Regalado (PSDB), pregaram a esperança e a renovação como forma de alavancar o município para o desenvolvimento. O candidato citou algumas de suas propostas que estão no seu plano de governo, dentre elas, as políticas de convivência com a seca e o apoio ao agricultor. “Eu acho um absurdo que o nosso município, que distribui água para quase todo o Rio Grande do Norte,
29
jul

Acontece

Postado às 14:22 Hs

CONVENÇÃO MUNICIPAL PMDB

Na condição de presidente do Diretório Municipal do PMDB, em Mossoró, comunico que faremos a nossa convenção, visando o pleito eleitoral que se avizinha, no dia 05 de agosto, próxima sexta-feira, na sala da presidência da Câmara Municipal, com início às 8:00h e término às 17:00h, com a seguinte Ordem do Dia:

. Escolha dos candidatos a vereador

. Apreciação e votação de propostas de coligação com outros partidos

. Assuntos gerais

Atenciosamente,

Fafá Rosado / Presidente

Por Ilimar Franco – O Globo

O centrão vai ficar com o mandato tampão, mas o PSDB e o PMDB já disputam o comando da Câmara (em 2017). A meta dos tucanos, alijados do poder real, é dirigir a Casa. A direção do PSDB já comunicou isso ao presidente interino, Michel Temer, e ao maior partido da Casa, o PMDB. Os tucanos alegam que o PMDB não pode fazer com os aliados o que dizia que o PT fazia com ele.

Os partidos tradicionais — PMDB, PSDB, PT e DEM — não acreditam na sobrevivência do centrão. Avaliam que essa frente, com a perda do poder de Eduardo Cunha, vai se fragmentar. “O centrão é o Eduardo Cunha. Ele foi criado em torno dele”, resume o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB). Na sua condição de maior partido da Câmara, os peemedebistas querem assumir o comando da Casa. Eles perguntam em nome do que a legenda apoiaria um nome de outro aliado. Sustentam que seus deputados vão querer manter a presidência. Mas integrantes da bancada afirmam que Temer quer apoiar um candidato que provoque menos ruído na base aliada.

Via Blog de Cristiana Lôbo

 

Em substituição ao PMDB, que anunciou nesta terça-feira seu desembarque do governo, a presidente Dilma Rousseff deu início a conversas para a formação de um novo bloco na Câmara, formado por PP, PR e PSD que, juntos, somam 129 votos – contra os 69 votos do PMDB. Para isso, a presidente está disposta a abrir mais espaço a esses partidos. O “espólio” do PMDB (sete ministérios e mais de 700 cargos) está sendo disputado: o PP sonha conquistar o Ministério da Saúde; o PR, além do Ministério dos Transportes, que comanda hoje, gostaria de ter também o comando de Portos; e o PSD gostaria de ter também o Ministério dos Esportes.

Com essa reoganização do ministério, a presidente espera reunir pelo menos 172 votos, número necessário para barrar o processo de impeachment em tramitação na Câmara. Se conseguir isso, desempenho considerado difícil no quadro atual, Dilma se disporia a comandar um governo com minoria, mas com base mais estável.

A presidente está sendo aconselhada a definir as mudanças na equipe até a próxima sexta-feira, como anunciou o chefe de Gabinete da Presidência, Jacques Wagner, nesta terça, ao comentar a saída do PMDB do governo. Nesta terça, ela teve conversas com o presidente do PSD, Gilberto Kassab; e com o presidente do PP, Ciro Nogueira. A Kassab foi dito que o partido só ganhará mais espaço se a bancada estiver unida em apoio ao governo. Kassab disse à presidente que não houve a liberação dos votos da bancada – negando, portanto, informação transmitida por deputados.

Para um auxiliar do governo, a união de PP, PR e PSD seria um “novo centrão”, numa referência a um bloco formado na Constituinte reunindo vários partidos que, na ocasião, deu maioria aos conservadores. O “centrão” na Constituinte acabou superando o PMDB, partido que tinha a maior bancada na Câmara e no Senado.

A ideia da presidente, segundo auxiliares, é aguardar uma manifestação dos ministros do PMDB (que marcaram reunião para a noite desta terça na tentativa de buscar uma solução conjunta) e, depois disso, tomar a decisão.Na avaliação do Planalto, se o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani, assegurar votos de 15 a 20 deputados, o partido poderá manter o comando de um ministério – o da Saúde ou o da Ciência e Tecnologia, dependendo das negociações com outros partidos.

Dos ministros senadores, pelo menos Kátia Abreu deve continuar – permanecendo ou não no PMDB. Esse quebra-cabeça foi discutido nesta terça-feira no Palácio da Alvorada, em reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner.

30
mar

Enfim, PMDB na oposição!

Postado às 9:30 Hs

Enfim, PMDB na oposição!

Nunca como antes na história deste País, como diz Lula, o PMDB tomou uma decisão tão rápida. Em menos de três minutos, o diretório nacional oficializou, no início da tarde de ontem, sua saída do Governo. Aos gritos de “Brasil para frente, Temer presidente” e “Fora PT”, uma moção que determina a entrega de todos os cargos no Executivo e a punição de quem desobedecer isso. Vice-presidente nacional da legenda, o senador Romero Jucá (RR) leu a moção, de autoria do diretório regional da Bahia, sustentada na “imediata saída do PMDB do Governo com entrega dos cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal, importando a desobediência a esta decisão em instauração de processo ético contra o filiado”.

A votação ocorreu de forma simbólica. Nos bastidores, foi decidido que não haveria exposição dos peemedebistas que se posicionassem contrários à decisão. Nos bastidores ficou combinado que as cadeiras ocupadas pelo partido na Esplanada dos Ministérios devem ser entregues até 12 de abril. Jucá reiterou que cada caso será avaliado separadamente, podendo inclusive, serem avaliadas as reivindicações de alguns ministros, como Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) de se licenciar do partido.

Temer não estava presente na reunião que oficializou o desembarque. Os ministros peemedebistas também não compareceram. Nomes como José Sarney, Eduardo Paes e Sergio Cabral também não compareceram. No entanto, enviaram aliados para o encontro, como a ex-governadora Roseana Sarney e os secretários do Rio de Janeiro Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral.

A relação do PMDB com o Governo do PT tem se deteriorado nos últimos anos. Quando Dilma se preparava para disputar o segundo mandato, o partido deu mostras claras de que estava rachado quanto ao apoio à petista. Na época, em junho de 2014, a manutenção da aliança foi aprovada pela convenção nacional do PMDB, mas recebeu mais de 40,8% de votos contrários.

A ala dissidente reclamava que o partido não era ouvido pelo Governo Federal e que os ministros da legenda não tinham real poder de comando. Ao longo do primeiro ano do segundo mandato de Dilma, a crise se agravou. O primeiro embate entre PT e PMDB ocorreu na disputa pela presidência da Câmara, quando o governo federal iniciou uma campanha ostensiva para que Arlindo Chinaglia (PT-SP) vencesse a eleição e derrotasse o candidato peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se elegeu em primeiro turno.

Sob o comando Cunha, a Câmara derrotou o Planalto em diversas ocasiões neste ano, com a votação de matérias desfavoráveis ao Governo. Além disso, no ano passado, houve na Casa a instalação da CPI da Petrobras, para investigar o escândalo de corrupção na estatal. Para tentar conter a rebelião na base, a presidente promoveu, em 2015, uma reforma ministerial para ampliar o espaço do PMDB no governo, que chegou a ter sete ministérios.

Fonte: Blog do Magno

 

Via Folha de São Paulo

Em menos de três minutos, o PMDB oficializou, há pouco, sua saída do governo. Aos gritos de “Brasil para frente, Temer presidente” e “Fora PT”, o partido aprovou, em reunião presidida pelo vice-presidente do partido, Romero-Jucá, uma moção que determina a entrega de todos os cargos no Executivo e a punição de quem desobedecer isso. Jucá leu a moção, de autoria do diretório regional da Bahia, assinada por Geddel Vieira Lima. O texto fala em “imediata saída do PMDB do governo com entrega dos cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal, importando a desobediência a esta decisão em instauração de processo ético contra o filiado”.

A votação ocorreu de forma simbólica. Nos bastidores, foi decidido que não haveria exposição dos peemedebistas que se posicionassem contrários à decisão. “A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo em nome do partido do PMDB”, afirmou Jucá.

O ex-ministro Eliseu Padilha frisou, contudo, que o “a partir de hoje” é simbólico. “A moção fala a partir de hoje, mas também não estamos exigindo que eles esvaziem a gaveta agora”. Nos bastidores ficou combinado que as cadeiras ocupadas pelo partido na Esplanada dos Ministérios devem ser entregues até 12 de abril. Jucá reiterou, ao final, que cada caso será avaliado separadamente, podendo inclusive, serem avaliadas as reivindicações de alguns ministros, como Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) de se licenciar do partido.

Temer não estava presente na reunião que oficializou o desembarque. Os ministros peemedebistas também não compareceram. Nomes como José Sarney, Eduardo Paes e Sergio Cabral também não compareceram. No entanto, enviaram aliados para o encontro, como a ex-governadora Roseana Sarney e os secretários do Rio de Janeiro Pedro Paulo e Marco Antonio Cabral.

29
mar

Debandada

Postado às 14:04 Hs

PMDB fortalece Temer e entregará 600 cargos no rompimento com Dilma. Num raro movimento de união partidária na história do partido, o PMDB vai aprovar na tarde desta terça-feira (29) o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff. A decisão, que deve ser tomada por aclamação em convenção partidária e levará à entrega de sete ministérios e outros 600 cargos na máquina pública federal, tem por objetivo fortalecer o vice-presidente e presidente do partido, Michel Temer, beneficiário direto de um eventual impeachment de Dilma. A iniciativa do PMDB, maior partido da Câmara e do Senado e que preside as duas Casas Legislativas, reforça também o isolamento da presidente às vésperas da votação do pedido de abertura de processo de afastamento dela pelos deputados. Na conversa que teve em São Paulo no domingo (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou em vão dissuadir o presidente do partido de comandar um afastamento do partido em relação ao governo. Na ocasião, o vice deixou claro que o partido trabalhará pelo impeachment de Dilma.
29
mar

Opinião: Nem o ouro do poder salva Dilma

Postado às 8:07 Hs

Nem o ouro do poder salva Dilma

 

Na tentativa de se salvar, a presidente Dilma recorreu aos métodos mais condenados e abominados pelo seu partido, o PT, quando oposição: o aliciamento de parlamentares contra o impeachment pela oferta de cargos. Isso ficou muito claro neste último esforço concentrado de fim de semana pela sua tropa de choque, para manter o PMDB na base.

Ao embarcar, ontem, em Fortaleza, rumo a Brasília, o líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, acusou o vice-presidente Michel Temer de ser o comandante da tropa do golpe referindo-se ao PMDB, que deve desembarcar hoje do Governo. Arrogante, o petista chegou a dizer que custava a acreditar que o PMDB viesse a recusar tantos cargos.

Falou em mais de 500 cargos, que estavam na alçada do partido e que não iriam ser desprezados por aqueles sedentos de poder. O tom de Guimarães, esboçado na véspera de uma decisão importante da vida nacional – o posicionamento do PMDB frente à crise e ao Governo – é muito parecido com o da tropa de choque do ex-presidente Fernando Collor.

Tão logo percebeu que sua cabeça estava a prêmio, Collor ofereceu ouro e mirra. Mas, àquela altura, com os caras pintadas já nas ruas, como se observa neste momento, 24 anos depois, não havia milagre nenhum capaz de salvar o caçador de marajás. Qualquer semelhança com Dilma não será mera coincidência.

Fisiológico na sua essência, o PMDB sabe que melhor do que salvar Dilma, com quem convive entre tapas e beijos, é entregar o poder a um aliado de confiança: Michel Temer. O que Dilma teria para oferecer que Temer, em vias de virar presidente, não possa também empenhar a palavra?

Eis a teoria do pragmatismo que levará à derrocada de Dilma e, consequentemente, do PT. Se sem o PMDB os partidos de oposição já contavam com número suficiente para abrir, dar prosseguimento e aprovar o impeachment, com a legenda peemedebista engrossado o coro, será, certamente, muito mais fácil.

Fonte: Blog do Magno

28
mar

A semana promete

Postado às 9:40 Hs

PMDB arrasta Dilma para o poço.

Esta e as três próximas semanas serão decisivas para o desfecho da maior crise dos últimos 50 anos. Até aqui, tudo conspira a favor do impeachment de Dilma, a começar pela opinião pública. Segundo o instituto Datafolha, 70% dos eleitores gostariam que a presidente fosse destituída do cargo. Amanhã, para complicar a sua situação de debilidade e fragilidade no Congresso, onde, na Comissão Especial do Impeachment, só tem 25 dos 65 votos, o PMDB anuncia seu desembarque do Governo. Isso, na verdade, será o começo do fim. Afinal, Dilma precisa reunir pelo menos 172 votos entre os 513 deputados para barrar o impeachment.

Parece pouco, mas agora, sem o PMDB, é quase impossível. O único fator a favor de Dilma, ou que pelo menos atrapalha o seu impedimento, está na qualidade dos políticos envolvidos no processo, a começar pelo vice-presidente Michel Temer, o novo presidente em caso de impeachment. Em breve, estará sujeito a um inquérito. O senador Delcidio do Amaral disse em sua delação que Temer foi padrinho da indicação de Jorge Zelada, para a Diretoria Internacional da Petrobras. Zelada chegou a ser preso no petrolão por coletar propinas de empreiteiras para os peemedebistas.

Outro que ocupa posto central no processo de impeachment, o presidente da Câmara Eduardo Cunha, está mais enrolado do que a presidente Dilma. É réu no STF por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de receber cinco milhões de dólares em propinas do petrolão. Adversário pétreo de Dilma, Cunha tem se empenhado para apressar o processo contra ela, mas cada vez que aparece cumprindo essa tarefa consegue apenas poluir a lisura do impeachment, que é um desejo da maioria da população brasileira, segundo todos os levantamentos nos últimos meses.

Por Daniela Lima, Débora Álvares e Valdo Cruz / Folha

Aliados da presidente Dilma Rousseff temem um “efeito manada” sobre a base do governo caso o PMDB confirme o rompimento com o Planalto em reunião de seu diretório nacional na próxima terça (29). Os mais afetados tendem a ser PP, PR e PSD. O governo dá como certa a saída do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, da base. Nas contas do Planalto, a ala rebelde do partido é agora majoritária e deve sacramentar a ruptura da aliança com o PT.

Juntos, PP, PR e PSD somam 121 deputados. Seus líderes têm dito que não veem sinal de reação de Dilma diante da crise. Dirigentes nacionais dessas siglas têm sido pressionados por parlamentares a deixar o governo.

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) recebeu recados de que sua bancada não está disposta a ir para o sacrifício por Dilma. Segundo seus aliados, ele chegou a informar o Palácio do Planalto sobre esse movimento. O relato é que Nogueira afirmou que poderia reunir cerca de 30 dos 49 votos para Dilma na Câmara, “mas só se fosse para vencer”.

DILMA EM BAIXA

A fala de Nogueira mostra que, com o agravamento progressivo do desgaste do governo, as chances de segurar aliados na base de Dilma Rousseff é cada vez menor.

Outro sinal desse distanciamento é o recente encontro do presidente nacional do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Cidades), com o vice-presidente Michel Temer, principal beneficiário do impeachment de Dilma.

O Planalto recebeu a informação com alarme. O PSD, fundado por Kassab em 2011, nasceu governista, mas já dava sinais de distanciamento no Congresso. Hoje, segundo integrantes do partido, cerca de 70% da bancada são a favor do impeachment.

Dentro do PMDB, a leitura é que a ala que resiste ao afastamento do Planalto perdeu força nos últimos dias, especialmente após a decisão do diretório do Rio de Janeiro de romper com o PT. Até então, esta era a seção da sigla mais próxima de Dilma.

CONVERSAS PESSOAIS

O próprio Planalto admite que, nesse cenário, a “possibilidade de negociação por meio das lideranças partidárias está cada vez mais restrita” e será preciso apostar nas conversas de varejo, cercando individualmente nomes que possam se aliar ao governo contra o impeachment.

Há ainda uma tentativa de atrair siglas nanicas, oferecendo a elas cargos de segundo escalão. Um exemplo dessas tratativas deve ser oficializado na próxima semana, quando um nome do PTN, que tem 13 deputados, deve ser alçado à presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). O cargo ficou vago após a demissão de um afilhado do vice Michel Temer.

Com essa manobra, aliados de Dilma conseguiram uma promessa de que 10 dos 13 deputados do PTN votarão contra o impeachment.

OFERTA DE CARGOS

Apesar da ofensiva, o próprio governo admite que a capacidade de segurar aliados com a oferta de cargos está limitada. Dois fatores contribuem para isso. Primeiro, a perspectiva de poder de Temer, que já discute um futuro governo. Depois, o fato de que Dilma teria que sobreviver pelos próximos dois anos com baixa popularidade e sob pressão das ruas.

O vice-presidente da República, Michel Temer, não compareceu à posse dos novos ministros do governo Dilma Rousseff, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, a ausência do peemedebista é creditada à desobediência do deputado Mauro Lopes, que também será empossado na pasta da Aviação Civil. A assessoria do vice diz que ele não poderia “comparecer à posse de um ministro que afronta a decisão soberana da convenção nacional do PMDB de não ocupar cargos” na administração federal.

A regra mencionada pela equipe do vice foi aprovada no último sábado (12), quando Temer foi reeleito presidente nacional do PMDB. Após a recondução do vice ao comando da legenda, a convenção aprovou uma moção que proibia o ingresso de filiados à sigla no governo federal até que a legenda deliberasse em definitivo sobre a pressão pela ruptura da aliança com o PT. Lopes, que havia negociado o cargo anteriormente, decidiu ignorar a decisão.

À reportagem o novo ministro afirmou nesta quarta (16) que acreditava não ter violado nenhuma regra, já que o convite de Dilma para a pasta foi feito antes da deliberação do PMDB. A legenda, no entanto, viu a nomeação como uma afronta do Planalto à decisão do PMDB e à autoridade da direção nacional da sigla.

Segundo a assessoria do vice, “avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los”. O processo de expulsão do deputado Mauro Lopes será analisado pela legenda a partir de amanhã. (Agências de Notícias )

Há 15 anos à frente do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, foi reconduzido ao cargo pelos próximos dois anos em convenção realizada em Brasília neste sábado (12). Candidato único, Temer recebeu 537 votos favoráveis de um total de 559, segundo a secretaria-executiva do PMDB. 11 votos foram contrários à chapa, 6, em branco, e 5, nulos. Ao todo, 390 convencionais votaram, mas parte deles tem direito a votar mais de uma vez. A recondução de Temer ao cargo ocorre em meio a um momento conturbado na relação entre o Palácio do Planalto e integrantes do partido. Na Câmara, por exemplo, parte da bancada vota de forma contrária aos interesses do governo e defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na convenção do partido neste sábado, os temas que predominaram nos discursos dos peemedebistas foram a defesa do impeachment de Dilma, o rompimento com o governo e um maior protagonismo do PMDB na política nacional. Também foram ouvidos da plateia vários gritos de “Fora, Dilma” e “Temer presidente”.
O PMDB deu início na manhã deste sábado (12) à convenção nacional que deverá reconduzir para um novo mandato na presidência do partido o vice-presidente da República, Michel Temer, candidato único. Segundo a assessoria de Temer, ele deverá chegar por volta das 10h ao local da convenção e fazer um discurso. Em seguida, vai para a residência oficial do Palácio do Jaburu e, entre 15h e 16h, voltará à convenção para acompanhar a conclusão da apuração dos votos A convenção deverá ser o primeiro passo para a saída do PMDB do governo. Os convencionais devem aprovar um “aviso prévio” de 30 dias do partido no governo Dilma Rousseff. Nesse prazo, o diretório nacional a ser eleito neste sábado se reunirá e tomará a decisão final. A tendência é pelo rompimento completo com o Palácio do Planalto, inclusive com a entrega dos cargos que a sigla detém no Executivo. Na chegada à convenção, o vice-presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), disse que a população espera posições “firmes” e “claras” da legenda sobre o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão sobre o possível rompimento deve sair em 30 dias. “O que vamos tirar hoje [sábado] desta convenção é um posicionamento de unidade do PMDB quanto ao pensamento perante a crise. Todos os posicionamentos e propostas de rompimento e afastamento, contudo, vão ser recebidas e levadas em conta com muita responsabilidade, mas somente em 30 dias o diretório nacional vai analisar esses posicionamentos”, declarou.
abr 19
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