Após uma semana marcada por definições na composição da Esplanada para o próximo ano, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também encaminhou quem serão os parlamentares escolhidos para ocupar a liderança do governo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A única indefinição de momento segue sendo quem será o líder do governo no Congresso Nacional.

Metrópoles apurou com parlamentares próximos ao petista que o líder do governo no Senado será o senador Jaques Wagner (PT-BA). O baiano teve atuação fundamental nos bastidores para criar um clima de apoio em torno da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que viabilizou o cumprimento de promessas feitas por Lula em campanha.

Outro motivo que levou Lula a escolher Wagner para o posto foi a recusa do senador em assumir o comando de um ministério. O baiano já viveu a experiência de ser ministro dos governos petistas de Lula e de Dilma Roussef, tendo ocupado o comando dos ministérios do Trabalho, de Relações Institucionais, da Defesa e da Casa Civil.

Na Câmara, o escolhido de Lula para o cargo de liderança do governo é o deputado federal José Guimarães (PT-CE). Atuante durante toda campanha do petista à Presidência, Guimarães também teve participação ativa ao longo das negociações da PEC na Casa.

Antes disso, o deputado foi coordenador da campanha do petista a presidente em 1989 e 2002. O parlamentar também teve papel fundamental na Câmara durante o governo Dilma. Coube a Guimarães relatar a medida provisória que resultou na criação do Regime Diferenciado de Contratações para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Lula ainda quebra a cabeça para escolher quem será o líder do governo no Congresso Nacional. Hoje, os favoritos são o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e o atual líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar mineiro leva certa vantagem sobre o senador na disputa.

Randolfe prefere Congresso

Durante as negociações para a aprovação da PEC da Transição sobre a nova Esplanada, Lula esteve com o senador Randolfe Rodrigues. O teor da conversa, segundo aliados, era a respeito de sua atuação em prol do petista no próximo ano. Na ocasião, o parlamentar afirmou ao presidente eleito que se sentiria mais “útil” no Congresso.

Líder da oposição na última legislatura, Randolfe foi um dos principais opositores a Jair Bolsonaro no Senado, sendo também um dos articuladores para a instalação da CPI da Covid na Casa Alta. A comissão investigou a suposta negligência do governo Bolsonaro durante a pandemia.

Atuação de Jaques Wagner na PEC

Sugerida para sanar as promessas de campanha do novo governo, a PEC foi o primeiro desafio de Lula no Congresso. A minuta da emenda à Constituição chegou aos parlamentares no valor total de R$ 198 bi, sendo R$ 175 bi a mais no teto de gastos para o bolsa família em 2023 e R$ 23 bi fora do teto, a serem liberados ainda neste ano.

A PEC, como de costume, teve de ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de chegar ao plenário. No colegiado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) foi o articulador da proposição e conseguiu negociar com o governo eleito a redução de R$ 30 bilhões na fatura da proposta. A queda do valor foi um dos pontos-chaves para que o texto fosse aprovado tanto na CCJ quanto no plenário pelos senadores.

26
ago

[ Ponto de Vista ] Cai mais um arauto

Postado às 8:23 Hs

Vestais na politica enganam hoje, amanhã, mas não a vida inteira. Um dos casos mais simbólicos nos últimos anos foi o do ex-senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Enquanto no exercício do mandato, ninguém escapou da sua metralhadora giratória: nas sessões do Congresso, nas comissões temáticas e até em CPIs apontava o seu dedo incriminando atores políticos. Apresentava-se como o verdadeiro arauto da moralidade. Com o passar do tempo, o mundo desabou sobre a sua cabeça, envolvido com um doleiro corrupto, Carlinhos Cachoeira. Perdeu o mandato e virou réu pelos crimes de corrupção passiva. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás, de junho de 2009 a fevereiro de 2012, Demóstenes se beneficiou de favores de Cachoeira e recebeu benefícios e vantagens do bicheiro, como viagens em aeronaves particulares e pagamentos em dinheiro.

À frente da articulação para formar um bloco de oposição ao próximo governo no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se encontrou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na segunda (12).

A ideia de Randolfe, que já iniciou conversas com o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), é atrair o PSDB para o grupo, que também reuniria PSB e PPS.

Uma possibilidade seria o bloco lançar Tasso Jereissati (PSDB-CE) na disputa pela presidência do Senado em fevereiro, caso Renan Calheiros (MDB-AL) seja candidato ao posto.

(Folha)

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