19
jun

Opinião : Assim é, mas nem parece

Postado às 13:33 Hs

Por Carlos Brickmann

Renan é aliado e companheiro de Temer, ambos unidos no PMDB, certo? Como presidente do Senado, Renan foi um dos comandantes da luta pelo impeachment, que levou Temer à Presidência da República, não é?  Não, não é. Em política o que parece verdadeiro nem sempre é real. Renan tentou evitar o impeachment (gosta de Dilma, disse). Talvez por isso o procurador Janot tenha centrado fogo em Eduardo Cunha, defensor do impeachment, e dado certa paz a Renan. Mas paremos aqui: o impeachment avançou, Renan já não é necessário, e é contra ele que avança o procurador. Amigos? Político não tem amigos, tem momentos de amizade.

A guerra entre Janot e Renan deve movimentar a semana. Janot pediu ao Supremo a prisão de Renan e outros, mas foi longe demais e o pedido foi rejeitado. Perdeu no Supremo; agora Renan é que tem a iniciativa de tocar ou não em frente um pedido de impeachment de Janot. Renan disse que na próxima semana decide o que fazer. Renan é frio, calculista, letal (atenção: em Brasília, isso é elogio). E tem forte apoio no Senado, em parte por sua liderança, em parte porque os senadores já não aguentam as pressões para que lhes tirem direitos e prerrogativas, tratem-nos como cidadãos de segunda classe, esquecendo que foram eleitos, e os botem na cadeia. E quando Renan diz que nunca esteve tão próximo de Temer, pode ser verdade: um punhal nunca deixa de ser curtinho, curtinho.

Talvez Renan prefira deixar o caso do impeachment de Janot para seu vice Jorge Viana, do PT. Ajuda a compartilhar a crise com os adversários.

18
Maio

* * * Quentinhas… * * *

Postado às 19:29 Hs

* * * Um dos principais integrantes da “tropa de choque” do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado André Moura (PSC-SE) anunciou nesta quarta-feira (18) que ocupará o posto de líder do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados. O parlamentar de Sergipe foi alçado à liderança do governo com o apoio de 13 partidos, entre os quais PMDB, PSD, PP e PR. Antes mesmo de anunciar que assumiria o posto, Moura se apresentou como líder do governo durante reunião dos líderes partidários com o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Logo após a reunião, o novo líder do governo confirmou, em entrevista coletiva, que aceitou o convite de Temer em uma reunião realizada na noite desta terça (17). O líder atua como um porta-voz do Executivo na Câmara e tem a tarefa de negociar com os demais partidos a aprovação de matérias de interesse do Palácio do Planalto. “Tivemos uma reunião ontem com o presidente [em exercício] Michel Temer e aceitamos o convite para assumir a importante missão de liderar o governo aqui na Câmara”, disse Moura em entrevista coletiva nesta quarta. Nesta terça, os líderes dessas 13 legendas se reuniram com o presidente da República em exercício para apresentar o nome de André Moura como sugestão para ocupar a liderança do governo na Câmara. Como forma de pressionar Temer, os líderes argumentaram que o grupo soma cerca de 280 deputados, número que já dá maioria dos parlamentares na Câmara. O encontro, o primeiro de Temer com os líderes dos partidos, ocorreu no Palácio do Planalto. Além de Temer, também participou da reunião com o grupo de deputados o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. O apoio ao nome de André Moura foi unânime no grupo apelidado de “Centrão” e que é formado por PMDB, PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL. * * *

* * * O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu em recriar o Ministério da Cultura (MinC) por emenda no Congresso Nacional. Ele sugeriu ao presidente em exercício, Michel Temer, que a pasta “é muito grande para ser reduzida a uma questão contábil”. Por ora, as atividades do MinC estão incorporadas ao Ministério da Educação, o que vem sendo motivo de protestos por parte de servidores e da classe artística em todo o País. “Reconheço a importância do Ministério da Cultura. Seu custo para o Orçamento é muito pequeno. Se não tivermos o Ministério, isso vai quebrar o Brasil, por tudo o que ele representa”, declarou Renan no início da tarde de hoje. Segundo o presidente do Senado, Temer disse que iria “pensar sobre o assunto”.* * *

* * * O presidente interino Michel Temer programa um pronunciamento à nação para “contar” à população a real situação do governo que encontrou ao assumir a Presidência da República. O formato ainda não está definido, mas o peemedebista quer mostrar, por exemplo, que o rombo das contas públicas deixado pela presidente afastada Dilma Rousseff é muito pior do que o previsto inicialmente. Segundo assessores, a fala pode ser um pronunciamento ou uma entrevista à imprensa, na qual Temer pretende falar não só de questões econômicas, mas também de outras áreas, como a social, com alguns programas sem recursos necessários para pagar despesas. O tema foi discutido nesta manhã de quarta-feira (18) em reunião com senadores aliados. Durante a conversa, Temer ponderou que sua fala deve ocorrer depois de receber todo levantamento de dados de sua equipe econômica sobre a situação fiscal do país. Em alguns cenários, o rombo das contas públicas levantado pela nova equipe econômica pode superar R$ 150 bilhões. O número exato será levado ao presidente interino entre quinta (19) e sexta-feira (20), quando o novo governo vai definir sua previsão de déficit para este ano. A equipe da presidente afastada deixou uma previsão de déficit de R$ 96,7 bilhões em 2016, mas este número já está defasado. Nos primeiros cálculos recebidos pela equipe de Romero Jucá (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda), o rombo poderia superar R$ 120 bilhões. * * *

Por Folha de S.Paulo – Daniela Lima

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou a aliados que não vê chances de a presidente Dilma Rousseff retomar o poder após ter sido afastada. A avaliação foi feita pelo senador repetidas vezes desde o desfecho da votação no Senado que sacramentou o afastamento de Dilma, na semana passada. Para Renan, mesmo uma gestão tortuosa do presidente interino, Michel Temer (PMDB), não seria suficiente para reerguer a petista politicamente.

O presidente do Senado sempre foi visto como o “último bastião” da governabilidade de Dilma. Ele só se afastou da petista nos últimos capítulos do impeachment. À derrocada da gestão petista se seguiu uma discreta reaproximação entre Renan e Temer. Desafetos históricos dentro do PMDB, os dois passaram a se reunir com mais frequência. Nesta terça (17), Renan foi pela primeira vez ao Planalto para uma reunião com Temer. O presidente interino precisará da colaboração do presidente do Senado para aprovar medidas importantes para a economia.

A mais urgente delas, a mudança na meta fiscal, precisa ser votada pelo Congresso até o dia 22, ou o governo será obrigado a fazer um corte emergencial de gastos, comprometendo até o pagamento de luz e telefone. A mudança da meta de superavit deve ser feita em sessão do Congresso, que só pode ser convocada por Renan, o que deve ocorrer na próxima semana. A avaliação é que esse pequeno atraso no calendário não chegará a afetar, na prática, o pagamento das despesas do governo.

Portal UOL

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, há pouco, que está mantida para a próxima quarta-feira (11) a votação no plenário do Senado sobre o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

O processo de impeachment foi aprovado em votação realizada pela Câmara dos Deputados no dia 17 de abril. Entretanto, o presidente em exercício da casa, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou ainda nesta segunda-feira a anulação da votação dos deputados, alegando – entre outras coisas – que os líderes dos partidos não poderiam orientar cada deputado como votar. Caso a determinação de Maranhão prevalecesse, o pedido seria novamente apreciado pelos deputados. “Essa decisão agora do presidente em exercício da Câmara é absolutamente intempestiva”, criticou Renan.

“Não poderia a formalidade tornar nulo o ato prévio”, disse Renan Calheiros. “O Senado já está com este assunto há várias semanas. Já houve leitura da autorização no plenário, indicação pelos líderes, eleição dos membros aqui no Senado, instalação da Comissão Especial, que fez nove reuniões presididas pelo senador Raimundo Lira, apresentação, defesa, acusação e votação de seu parecer”, completou.

Em seu pronunciamento, o presidente do Senado relembrou o processo de impeachment de Fernando Collor (1992), quando o Senado também foi comunicado a respeito de uma possível anulação. Na ocasião, a casa não acatou a anulação.

Renan, porém, fez duras críticas à lei de impeachment, que abre margem a “todos os presidentes eleitos” no Brasil. “Independente do desfecho deste processo atual, caberá uma revisão urgente da lei”, declarou. “É importante ressaltar que a Lei de Impeachment de 1950 é, por si só, é um fator de desestabilização política. Da edição da lei para cá, todos os presidentes eleitos sofreram esse tipo de assédio. Todos, sem exceção”, completou.

Em entrevista à BandNews antes do pronunciamento, a senadora Ana Amélia (PP-RS) classificou a anulação como “inaceitável”. “A decisão (na Câmara) foi por 367 votos favoráveis à admissibilidade do processo”, disse ela, criticando a decisão de seu colega de sigla. “Este cargo (vice-presidência da Câmara) é do partido, não é dele”, completou.

O presidente da Comissão Especial no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB) já havia afirmado que a votação da admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff no plenário da casa seria mantida. Para Lira, a decisão de Maranhão após a votação na Câmara não tem efeito prático.

A liderança do PT no Senado indicou, hoje, – último dia do prazo concedido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) – os nomes do bloco do partido para a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com a indicação, a composição do colegiado, que terá 21 integrantes, está completa. Os nomes apresentados pelos partidos precisam ser ratificados pelo plenário do Senado, em eleição marcada para a próxima segunda-feira (25). A distribuição das cadeiras na comissão é feita conforme o tamanho das bancadas dos blocos partidários. O Bloco de Apoio ao Governo, formado por PT e PDT, terá quatro titulares e quatro suplentes. Os senadores indicados pelo partido de Dilma e pelo PDT para serem membros titulares da comissão são: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR). Os suplentes são: Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

Via Agência Senado

O  presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu, nesta segunda-feira, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), esteve reunido com Renan na tarde de hoje. As 12.044 páginas do processo foram entregues pela Câmara à Secretaria-Geral da Mesa do Senado. Renan ainda irá se encontrar com a presidente Dilma logo em seguida. E, no final da tarde, terá reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

A leitura será feita na sessão de terça-feira e, no dia seguinte, deve ser instalada a comissão especial com a eleição dos 21 membros para analisar se Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, além da escolha de relator e presidente.

Hoje, os partidos começam a analisar os nomes da comissão. O presidente da comissão deve ser o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). Já o relator será indicado pelo PMDB, maior bancada. O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), defende que o partido ceda a vaga de relator a um senador de outro partido. Um dos nomes defendidos é da senadora Ana Amélia (PP-RS).

O presidente do Senado Renan Calheiros informou que a autorização dada pela Câmara para abertura do processo de impeachment será lida na Ordem do Dia da sessão de terça-feira.Renan Calheiros convocou para 11h desta terça-feira uma reunião de líderes para tratar de prazos e da proporcionalidade partidária da composição da comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.

Ano de eleições, 2016 começa de fato na próxima segunda-feira num cenário de tremendas incertezas no plano nacional. Interrompida pelo recesso do Congresso e as férias de janeiro, a crise da Lava jato, o maior escândalo dos últimos 30 anos, responsável pela quebradeira na Petrobras, terá duros reflexos na disputa municipal. O futuro de Dilma e do seu Governo ainda é de incertezas.

Embora o Supremo Tribunal Federal tenha amortecido o processo de impeachment, tirando poderes da Câmara dos Deputados e transferindo-os para o Senado, onde o Governo tem maior poder de controle, a certeza de que acabará o seu mandato ainda é uma grande incógnita para Dilma. Mais complicado está o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Este deve ser cassado. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), denunciado também na operação Lava Jato, está se complicando. Dilma tentou criar uma agenda positiva nos últimos 60 dias, mas não conseguiu superar a crise nem tampouco evitar que o Tribunal Superior Eleitoral avance em outro processo de cassação do seu mandato por contas de campanha mal-assombradas.

Na denúncia que apresentou ao TSE, o PSDB diz que a chapa que a elegeu deve ser impugnada porque a campanha da então candidata recebeu dinheiro de propina da Petrobras, omitiu a divulgação de dados para facilitar a sua reeleição e usou cadeia nacional de rádio e televisão para se promover — práticas, todas elas, vedadas pela Lei Eleitoral.

João Otávio de Noronha, relator do caso no TSE, pediu que o STF compartilhe as provas que estão naquele Tribunal, especialmente as apresentadas por Ricardo Pessoa, dono da UTC, que diz ter repassado à campanha da petista R$ 7,5 milhões depois de pressionado por Edinho Silva, então tesoureiro e hoje ministro da Comunicação Social. A doação está registrada na Justiça Eleitoral.

Um tribunal eleitoral não cassa um mandato sem a prova inequívoca. Se as provas forem consistentes, ela não cai só. Temer dança junto. Se isso acontecer, marcam-se novas eleições num prazo de 90 dias. Se ocorrer nos dois anos seguintes, o Congresso elege presidente e vice em 30 dias. Em qualquer dos dois casos, completa-se o que falta do mandato e se realizam eleições em 2018.

Fonte: Blog do Magno Martins

11
fev

A república dos encalacrados

Postado às 7:33 Hs

Editorial do Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar uma denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República em 2013 contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O parlamentar é acusado de peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica – tudo isso por conta de um constrangedor escândalo que envolveu Renan, sua ex-amante e uma empreiteira camarada.

Se o Supremo transformar o senador em réu, o Congresso Nacional, já suficientemente desmoralizado, se verá na desconfortável situação de ter os presidentes de suas duas Casas – Renan Calheiros no Senado e Eduardo Cunha na Câmara – prestando contas à Justiça.

A notícia de que o ministro do STF Luiz Edson Fachin resolveu dar andamento ao processo tirou o sossego de Renan no momento em que o senador se julgava a salvo do escândalo do Petrolão – no qual também está envolvido – graças a seus conchavos com a presidente Dilma Rousseff, de quem se tornou o principal aliado na expectativa de ser blindado.

19
dez

Opinião : Dilma nas mãos de Renan

Postado às 18:14 Hs

A quinta-feira passada foi um dia de importantes vitórias para a presidente Dilma Rousseff. O processo de impeachment ganhou novos e sólidos obstáculos no Supremo Tribunal Federal e no Congresso. Além disso, o PMDB rachou de vez, exatamente como Dilma queria, fragilizando o grupo do vice-presidente Michel Temer, herdeiro de seu cargo em caso de impeachment. Acuada por uma imensa crise que expõe a cada dia sua incapacidade de permanecer na Presidência, Dilma deve ter mandado soltar rojões e abrir champanhe para comemorar o raro triunfo. No entanto, sem querer azedar a festa da presidente, é preciso dizer que o único resultado concreto dos acontecimentos da quinta-feira é que a presidente, na prática, se tornou de vez refém do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Alvo de seis inquéritos no âmbito da Lava Jato e com um currículo que inclui uma renúncia à presidência do Senado para escapar da cassação, Renan passou a ser o principal avalista de Dilma no Congresso. É evidente que o senador alagoano tem todo interesse em proteger a presidente, pois espera reciprocidade. Se esse arranjo vai funcionar ou não, é impossível saber, mas há coincidências que ajudam a traçar algumas perspectivas.O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo especialmente célere e duro no que diz respeito ao processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
18
dez

* * * Quentinhas … * * *

Postado às 9:13 Hs

* * *  Dilma Rousseff conversou pessoalmente com Hélder Barbalho e exigiu que ele conseguisse os votos de sua mãe, Elcione Barbalho, e de Simone Morgado, atual mulher de seu pai, Jader, para que Leonardo Picciani reconquistasse a liderança da bancada, perdida na semana passada para Leonardo Quintão. A estratégia deu certo. As duas assinaram a nova lista de apoio que devolveu o poder a Picciani. A nova lista traz, inclusive, a assinatura de Aníbal Gomes, o que mostra que Renan Calheiros também se empenhou na recondução de Picciani. Por fim, quem também se empenhou no processo foi o governador Fernando Pimentel. Ele conseguiu o voto de Silas Brasileiro ameaçando lhe tirar da Câmara caso não apoiasse Picciani. Como é suplente , ele só está no mandato devido ao fato de Pimentel ter colocado em seu secretariado deputados eleitos para a Câmara. (Vera Magalhães – Veja) * * *

* * * A Operação Lava Jato está no centro da discórdia entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Michel Temer. Calheiros está convencido de que o vice-presidente tentou ajudar políticos com quem tem estreita ligação a se livrarem das investigações, pouco se importando com o destino do próprio senador. De acordo com interlocutores credenciados tanto de Michel Temer quanto de Renan Calheiros, o desentendimento começou quando o vice-presidente teve conversa reservada com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda no ano passado. Temer teria questionado Janot sobre políticos como Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que depois assumiu o Ministério do Turismo, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na época, Calheiros afirmou a interlocutores que Temer pressionou Janot para que Cunha e Alves fossem excluídos das investigações. As declarações do senador vieram a público e jamais foram desmentidas por ele. Assessores e amigos de Temer dizem que ele apenas pediu informações a Janot, sem tentar interferir nos processos contra Cunha e Henrique Eduardo Alves. Tanto é assim que os dois seguem investigados e inclusive foram alvo das operações de busca e apreensão que a Polícia Federal fez nesta semana. E Temer pretende tirar alguns dias de férias.(Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo) * * *

* * * Blog do Kennedy /    O STF (Supremo Tribunal Federal) comete um grave erro ao jogar para fevereiro a decisão sobre eventual afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e do cargo de deputado federal. A assessoria do STF informou que o tema será discutido em fevereiro. No pedido procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estão descritos os elementos que justificariam uma decisão em caráter emergencial. Ao empurrar tamanho problema com a barriga, o STF virá sócio da elite política que conduz o Brasil ao abismo. É inacreditável que no dia 17 de dezembro a maior corte de Justiça do Brasil diga que só vai tratar do pedido de Janot em fevereiro. O Supremo tinha a obrigação de decidir rapidamente sobre um assunto tão delicado. Quando precisou agir rápido, como no caso da prisão do senador Delcídio Amaral, o Supremo atuou nesse sentido. Hoje, por exemplo, já houve decisão de manter Delcídio preso e de soltar o banqueiro André Esteves. Mas talvez suas excelências precisem do peru de Natal, do espumante do Ano Novo e da praia em janeiro para recompor as energias e avaliar se Eduardo Cunha atrapalha ou não investigações a respeito dele. Para dar mais tempo hábil aos magistrados, vai uma sugestão: melhor deixar para julgar esse pedido depois do Carnaval. Interromper a folia seria uma… deixa pra lá. Que papelão!

Apontado pelo Ministério Público como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, o lobista Fernando ‘Baiano’ Soares negou, em acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ter atuado como arrecadador de propina em nome do partido, mas voltou a admitir que atuou em “repasses pontuais” aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Polícia Federal pediu que Baiano e Costa ficassem frente a frente para esclarecer pontos sobre o propinoduto instalado na Petrobras. Ambos são delatores da Operação Lava Jato.

Baiano diz que, embora não atuasse como operador do PMDB, repassou propina a integrantes do partido relativa à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de contratos de sondas. “[Baiano] realizou apenas alguns repasses pontuais envolvendo o PMDB, dentre eles o relacionado a Eduardo Cunha e a Renan Calheiros, quanto a este sempre por meio de Jorge Luz”, diz trecho da acareação. Luz é uma espécie de lobista histórico da Petrobras.

Em acordo de delação premiada, conforme revelou VEJA, Baiano contou que o esquema de corrupção na área internacional da Petrobras começou em 2006, no governo Lula, e envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB) e o ex-ministro Silas Rondeau, que, após o mensalão, substituiu Dilma Rousseff na pasta de Minas e Energia. Todos negam as acusações.

Na acareação, Paulo Roberto Costa disse que os repasses ao PMDB eram feitos de forma pontual, e “não de forma sistemática, como em relação ao PP”, e afirmou não saber de repasses a Eduardo Cunha. (Veja)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (8) que “a primeira coisa a se fazer é cortar despesa”. A declaração foi dada após ele ser questionado sobre a afirmação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que Imposto de Renda maior “pode ser um caminho” em busca do equilíbrio das contas públicas.

“Aqui no Congresso não se discutiu nada com relação à elevação da carga tributária. Continuo achando que a primeira coisa a se fazer é cortar despesa”, afirmou o presidente do Senado na tarde desta terça-feira.Mais cedo, em Paris, Levy disse que um aumento no Imposto de Renda é uma possibilidade em estudo dentro do governo para ajudar no equilíbrio das contas públicas e viabilizar “uma ponte fiscal sustentável”.

Questionado sobre a possibilidade de elevar outros tributos, Renan também afirmou que os parlamentares não discutem elevação da carga tributária.“Qualquer iniciativa do governo é uma iniciativa do governo. Continuo achando que primeiro é preciso cortar despesas, reduzir ministérios. Esse é o dever de casa e, em seguida, discute-se o que fazer com déficit fiscal”, afirmou. (G1)

Em disputa mais acirrada que já enfrentou, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito presidente do Senado. Numa disputa inédita contra outro colega de partido, o peemedebista obteve 49 votos votos contra Luiz Henrique, que conquistou 31 – ainda teve um voto nulo. Esta é a quarta vez que Renan se elege para o cargo, igualando o recorde do seu antecessor, o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP).

A eleição, em votação secreta, foi a mais acirrada que enfrentou desde que, em 2007, reelegeu-se pela primeira vez com 51 votos contra 28 do senador potiguar do DEM Agripino Maia. Na sua eleição passada, em 2013, com 56 votos a favor contra 18 para o ex-senador Pedro Taques (PDT-MT).

Renan Calheiros foi forçado a mudar de estratégia de campanha depois que Luiz Henrique lançou-se na terça-feira candidato em caráter “irreversível”. A intenção dele era colocar seu nome apenas no domingo, horas antes da eleição. A bancada do PMDB reuniu-se na sexta-feira à tarde e, por 15 votos dos 19, indicou Renan.

O peemedebista não pretendia ficar na “vitrine” desde que o Estado revelou, no início de setembro, que ele foi um dos citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada. Contou com o respaldo do Palácio do Planalto para essa operação, uma vez que foi um dos principais fiadores da presidente Dilma Rousseff no Congresso durante o primeiro mandato. Após o lançamento de Luiz Henrique, ministros começaram a trabalhar pela reeleição de Renan. (Agências)

 

 

 

30
abr

* * * Quentinhas… * * *

Postado às 9:23 Hs

* * * Tic-tac. O prazo para declarar o Imposto de Renda está acabando: termina às 23h59 desta quarta-feira (30). Se você deixou para a última hora, como muitos brasileiros, é hora de correr. Mesmo não tendo todas as informações necessárias em mãos, os especialistas recomendam que os contribuintes mandem a declaração ainda hoje para evitar a multa do Fisco – que varia de R$ 165,74 a 20% do imposto devido. Depois, em posse de todos os documentos e informações necessárias, o contribuinte deve fazer uma declaração retificadora para evitar a malha fina do Leão. * * *

* * * Em reunião com líderes do PSDB e do DEM, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assumiu o compromisso de pedir a todos os partidos que indiquem os seus representantes na CPI mista da Petrobras, que será integrada por 13 senadores e 13 deputados. Mais cedo, Renan solicitara aos líderes partidários que fizessem “imediatamente” apenas as indicações para a CPI do Senado, sem a presença de deputados. Após rebelião dos deputados, que não admitiram ser excluídos da investigação, Renan recebeu em seu gabinete os líderes do PSDB e do DEM na Câmara e no Senado. Em conversa de uma hora e meia, testemunhada por Eduardo Braga (PMDB-AM), líder de Dilma Rousseff no Senado, Renan concordou em levantar os obstáculos que atravessara no caminho da comissão mista. Na conversa noturna, Renan declarou que usará o encontro de terça para informar aos líderes sobre sua decisão de estender à CPI mista a mesma solicitação de indicações que fizera para a CPI do Senado. Na prática, Renan transferirá para os partidos a incumbência de definir qual das duas CPIs vai funcionar.(Do blog de Josias de Souza) * * *

* * * Na mansão do empresário João Doria Jr., em São Paulo, o pré-candidato do PSB à presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, recebeu longo aplauso do empresariado presente da noite de ontem (segunda-feira 28). É o segundo encontro de um presidenciável com empresários na casa de Doria. O primeiro foi em torno do pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, no dia 31 de março.Ao deixar o jantar, por volta da meia noite, Campos já se despedia dos últimos convidados quando respondeu que não acredita na possibilidade da candidatura do ex-presidente Lula, em substituição à presidente Dilma. “Não acho que isso vai adiante. Mas se for, saberemos em 60 dias se ele será candidato.” Acompanhado no jantar por Marina Silva, vice da chapa, Campos sentou-se com os dois principais banqueiros do país. Roberto Setubal, presidente do Itaú, e Luiz Carlos Trabucco, do Bradesco. Jorge Gerdau e Constantino Jr, da Gol, compuseram a mesa. Convidados naturalmente compararam o jantar com o mesmo oferecido a Aécio. “Este tem um Itaú de diferença”, brincou um deles. A alusão era à presença de Setubal, que não estava presente ao jantar de Aécio. Neca Setubal, irmã do banqueiro, é braço direito de Marina Silva na campanha e também estava lá. Em compensação, o banqueiro André Esteves, que até fez perguntas no jantar de Aécio Neves, não foi ao jantar. ( Isto é)

A aprovação da proposta que cria o passe livre para estudantes foi defendida nesta terça-feira (29) pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pretende votar a matéria na Casa até o fim do ano. Em quase todo o país, os estudantes ainda pagam meia passagem nos transportes coletivos. “É um assunto inevitável. Não tem sentido que quem estuda pague [pelo transporte]. Todo país que está à frente do Brasil já resolveu o problema. Em janeiro haverá aumento das tarifas e o assunto vai engrossar as ruas novamente. O poder público tem que ter responsabilidade de resolver a questão”, avaliou Renan. De acordo com o senador, o benefício tem custo estimado de R$ 7 bilhões. Questionado sobre como essa isenção seria financiada, Renan foi direto: “Esse dinheiro terá que vir do Orçamento”.
05
set

@ @ É NOTÍCIA … @ @

Postado às 9:27 Hs

  • Nem R$ 678 (valor atual), nem R$ 722,90 (valor previsto para 2014). Para o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.685,47. O número equivale a 3,96 vezes a cifra em vigor hoje e corresponde ao valor necessário para atender as despesas dos trabalhadores e de suas famílias com vestuário, higiene, transporte, lazer, previdência, alimentação, moradia e educação. O valor é calculado mensalmente pelo Dieese com base no custo da cesta básica pesquisado em 18 capitais do país. Em agosto, 13 locais tiveram redução no conjunto de produtos considerado na conta.
  • O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (4) que a Casa colocará em votação na próxima semana a proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada nesta terça na Câmara, que acaba com o voto secreto no Congresso. Ele informou, no entanto, que o texto deverá ser promulgado parcialmente, de maneira a que o voto aberto tenha validade apenas para os casos de cassação de mandato. A PEC que acaba com todos os votos secretos do Legislativo foi colocada em votação na Câmara uma semana depois da sessão que, em votação secreta, livrou da cassação do deputado Natan Donadon (sem partido-RO). Logo após a votação na Câmara, Renan Calheiros se manifestou contra a proposta e defendeu que fosse votada primeiro a PEC de autoria do Senado Federal que já está com a tramitação adiantada na Câmara. A PEC abre o voto apenas nos casos de cassação.
  • O empresário Jorge Paulo Lemann é o único brasileiro na lista dos 50 mais influentes do mundo financeiro, segundo a Bloomberg. Lemann também é o brasileiro mais rico com patrimônio de US$ 20,5 bilhões, segundo a Bloomberg. No ranking de bilionários o investidor controlador da Anheuser-Busch InBev, e o banqueiro José Safra são os únicos brasileiros que figuram entre as 100 maiores fortunas do mundo, de acordo com dados desta quarta. O empresário está na 31ª posição e Safra na 83ª posição, com patrimônio avaliado em US$ 12 bilhões. Dono do fundo 3eG Capital, comprou a fábrica de catchup Heinz em parceria com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet. O megainvestidor, que também está na lista dos mais influentes no mundo, disse que estava disposto a pagar mais pela Heinz por causa de dos “gestores extraordinários” do 3G Capital, segundo a Bloomberg.
  • O PPS resolveu não mais esperar por José Serra (PSDB), que foi convidado a entrar no partido e disputar a Presidência no ano que vem. Como só restam 30 dias para a filiação partidária de quem quiser se candidatar a qualquer cargo em 2014, e Serra não se decidiu, o PPS prepara um plano B, C ou D, mantendo o caminho da oposição, afirmou nesta quarta-feira, 4, o presidente da legenda, deputado Roberto Freire (SP). “Esperamos o Serra até agora. Ele disse que decidiria até o final de agosto. Não decidiu. Então, vamos debater outro caminho no campo da oposição. Vamos procurar candidatos viáveis eleitoralmente, e eles são Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva”, disse Roberto Freire ao Estadão
  • O deputado estadual Leonardo Nogueira, DEM, anunciou, em entrevista ao jornal Gazeta do Oeste, edição desta quinta-feira, 5, que a ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, voltará ao PMDB. Ao mesmo tempo, o marido da ex-prefeita, anuncia que ela disputará uma cadeira na Câmara Federal nas eleições de 2014. Leonardo Nogueira destaca que na próxima semana, possivelmente, na segunda-feira, haverá uma reunião do comando estadual do PMDB, com as lideranças locais do partido, para definição dos detalhes do ato de reingresso de Fafá. Destacando que Fafá volta ao PMDB com propósito de fortalecer o partido, Leonardo Nogueira lembra que o perfil da ex-prefeita é o de unir.
27
jun

Ritmo frenético…

Postado às 13:00 Hs

Em marcha forçada pela pressão das ruas, Câmara e Senado adotaram um ritmo frenético de votações ontem e aprovaram várias propostas – algumas em tramitação há décadas – que surgiram na pauta de reivindicação da sociedade nas manifestações dos últimos dias. Nesse compasso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a proposta de emenda constitucional (PEC) que institui o voto aberto para processos de cassação de mandato de parlamentar por falta de decoro e por condenação criminal, que ficou quase seis anos no limbo das votações. O Senado concluiu a votação, relâmpago, da lei que regulamenta a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) com uma cláusula de proteção aos Estados. O Congresso deveria ter deliberado sobre as regras de distribuição do fundo em 1991. Tanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quanto o da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convidaram representantes de movimentos e jovens ativistas que ocupam as ruas para reuniões no Parlamento com o propósito de conhecer a pauta de reivindicações.

 

Depois de a presidente Dilma Rousseff ter lançado sua “resposta às ruas” na segunda-feira – entre as propostas, a ideia desastrada de convocar um plebiscito e uma constituinte para tratar da questão específica da reforma política – a terça-feira foi o dia em que os representantes dos outros dois poderes da República, o Legislativo e o Judiciário, desfiaram um rosário de soluções para a crise.

Os presidentes do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se encontraram com Dilma e depois divulgaram suas receitas para o Brasil. Renan anunciou que vai cancelar o recesso parlamentar para que o Congresso possa apreciar, nos próximos quinze dias, uma longa pauta de temas – muito deles, objeto de propostas adormecidas há anos nas gavetas da Câmara e do Senado. A oposição não ficou atrás, e também trouxe à luz suas sugestões.

Fonte: Veja

abr 24
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