Por: Diário do Poder

Uma das linhas de defesa planejada para Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é a renúncia da Presidência da Câmara, mas mantendo o mandato de deputado federal. Segundo essa tese, o afastamento da presidência esvaziaria a alegação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que Cunha usa o cargo para prejudicar o processo de cassação no Conselho de Ética e as investigações da Operação Lava Jato. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O diagnóstico é que a situação de Cunha piorou no Conselho de Ética mas que, exercendo o mandato, talvez consiga se manter na Casa. A renúncia foi discutida com Eduardo Cunha na Residência Oficial por aliados e advogados. Deputados até o consultaram sobre um sucessor. Consultado sobre seu sucessor na presidência da Câmara, Eduardo Cunha se irritou e reiterou que não renunciará “de jeito nenhum”.

05
Maio

Renúncia ronda o Planalto

Postado às 8:05 Hs

Apesar das negativas de Dilma e da sua equipe, não se fala em outra coisa em Brasília que não seja seu gesto extremo da renúncia ao cargo. Na sexta-feira, antes da votação do relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment, ela faria um pronunciamento à Nação comunicando a decisão. Dilma não é de renunciar, a palavra renúncia não existe em seu dicionário, sustentam aliados mais próximos. Mas diante do afunilamento do processo, sem a menor chance de escapar em nenhuma instância, nem na comissão nem muito menos no plenário do Senado, a presidente pode rever conceitos, mudar estratégia, adotar outro rumo. Para o historiador Marco Antônio Villa, comentarista do jornal da Cultura, o governo Dilma derreteu. “Com uma situação de impopularidade nunca antes vista na história do Brasil e envolvido em um escândalo gigante da magnitude da Petrobrás, o Governo de Dilma caminha para uma única saída, a renúncia”, diz Villa. Uma das jornalistas mais bem informadas do Pais, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo,
15
dez

Em Brasília

Postado às 21:35 Hs

Eduardo Cunha diz que não renuncia e ataca PT

Alvo da Operação Lava Jato desta terça-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje que não está “nem um pouco preocupado” com os mandados de busca e apreensão cumpridos em suas residências do Rio e de Brasília, mas acusou o governo de praticar “revanchismo” contra ele e considerou “muito estranho” que a operação tenha ocorrido no dia da sessão do Conselho de Ética e às vésperas de o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciar sobre o rito do impeachment. Ele também criticou o fato de políticos do PT não terem sido alvo desta operação da Polícia Federal, e de a PF ter concentrado sua operação em quadros do PMDB.

“Uma operação concentrada no PMDB, e a gente sabe que o PT é o responsável por assaltar o país. Isso causa estranheza, tem alguma coisa estranha no ar. Não tenho absolutamente nada a reclamar. Só é suspeito a operação até agora não atingir aqueles que não são do PMDB”, atacou o presidente da Câmara em declaração a’O Globo. Ele foi questionado sobre a prisão do senador Delcídio Amaral, do PT: “Delcídio foi preso em flagrante. Qualquer um poderia ser. Não houve uma operação, nem foi uma consequência de ação do MP. O que houve é que ele foi flagrado. Então causa muita estranheza (a operação desta terça-feira)”.

Afastamento 

Parlamentares do PSOL, do PT, a Rede, do PSB e do PPS entregaram hoje (15) uma carta aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O apelo foi distribuído aos 11 ministros da Corte e não tem valor jurídico. No documento, os partidos alegam que Cunha usa o cargo de presidente da Câmara para se defender de acusações privadas. “No intuito de lhes conferir base factual plena, relatamos situações concretas que revelam que a presidência da Câmara dos Deputados tem sido exercida para benefício privado, autoproteção em investigações e usufrutos inconstitucionais. Como fiscal da estrutura fundamental dos poderes instituídos e do devido processo legislativo, é indispensável que o Supremo resgate a dimensão democrática desta função”, afirmam os partidos. Mais cedo, após ser alvo de busca e apreensão em mais uma fase da Operação Lava Jato, Cunha disse que estranhou as ações da Polícia Federal (PF) contra ele e líderes do PMDB exatamente no dia de votação do parecer preliminar no Conselho de Ética.

21
set

Repercutindo…

Postado às 9:37 Hs

Se não cair, o País arrebenta

A pergunta que mais me fazem nos últimos dias é se Dilma resiste até dezembro. Respondo que não, a não ser que haja um milagre. Por impeachment ou renúncia? Com aulas de guerrilha em Cuba, a presidente, que já participou de assalto a um banco e defendeu a luta armada, não tem cultura para jogar a toalha.Sendo assim, cairá pelo impeachment, como Collor. Fanáticos e delirantes petistas recorrem ao discurso do golpe quando se fala em cassação do seu mandato pelo Congresso. Alegam que ela não cometeu crime e que não há provas de envolvimento na roubalheira da Petrobras. Não há, ainda, uma Elba, a prova do crime contra Collor.

Mas Dilma quebrou o País. O Brasil chegou ao estágio da ingovernabilidade, sangra feito peru esfolado. Os empregos voam pelas janelas, a recessão fecha indústrias, a incompetência faz chegar ao Congresso um orçamento com um rombo de R$ 30 bilhões e com isso o País é rebaixado internacionalmente.No desespero, sobrevivendo feito uma barata tonta, Dilma manda ao Congresso um pacote que desagrada a gregos e troianos, desde os servidores públicos, que prometem greve por tempo indeterminado até a fina flor do PIB, que enxerga mais recessão nas medidas. Impeachment se dá por outros motivos e não apenas pela comprovação de que o acusado meteu a mão no dinheiro alheio.

Quebrar um País é crime inafiançável, portanto com pena que resulta na perda de mandato. Quebrar uma potência como a Petrobras, assaltada por uma quadrilha na qual fez vista grossa e até compactuou com a compra de uma refinaria falida dos Estados Unidos, é crime de lesa-pátria. O que o Congresso, que tem as armas nas mãos para livrar o País de uma tragédia maior, quer mais? Quanto ao argumento de golpe, que é falso e fantasioso, golpe na verdade é trair todos os princípios, é rasgar o que prometeu em praça pública fazendo tudo ao contrário, como o aumento da energia, dos impostos, dos juros, do gás, dos combustíveis, enfim, de rebaixar o País perante os credores internacionais.

Golpe é levar milhares de trabalhadores ao desemprego, meter a mão em direitos sagrados de trabalhadores, cortar programas sociais como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida. Golpe é mentir de forma escancarada, enganar, camuflar, passar a mão na cabeça de corruptos.O Brasil cansou de Dilma. Ela não chega até dezembro. Se chegar, contrariando analistas, juristas e pessoas de bom senso, que querem o melhor para o País, o Brasil entrará num poço com um fundo tão grande que não conseguirá mais sair dele. Nossos vizinhos quebrados, como a Argentina, zombarão de nós e serão vistos como uma potência perante um Brasil cambaleante.

Por Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco / IstoÉ

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff apresentou ao País um conjunto de propostas fiscais indecentes, em que combinou aumento de impostos com medidas para eliminar despesas recheadas de esperteza política. Mas não foi necessário destrinchar o improvisado plano para perceber logo de cara quem a presidente havia escolhido para pagar a conta da irresponsabilidade fiscal que ela e a fracassada gestão petista legaram ao Brasil: você, o contribuinte.

Com a recriação da famigerada CPMF, o governo planejou arrecadar R$ 32 bilhões – quase metade do pacote fiscal – a partir da cobrança de 0,2%  sobre cada transação bancária do brasileiro. Numa espécie de barganha com o dinheiro alheio, Dilma teve a ousadia de propor ainda o aumento da alíquota do imposto para 0,38%, em negociação com os governadores. Ao tungar o bolso do cidadão e, ao mesmo tempo, suspender o repasse de verbas para programas sociais, sem qualquer vestígio de corte mais profundo na própria carne, a petista conseguiu a proeza de desagradar ainda mais a população, indignar a base social do PT e enfurecer o empresariado.

SEM SUSTENTAÇÃO

Os últimos pilares de sustentação de seu mandato foram ao chão. Hoje, quase todos os atores políticos anseiam pela sua saída do cargo, incluindo o PT lulista, para quem a única chance de êxito eleitoral em 2018 passaria pela conversão de Lula à oposição de um governo pós-Dilma. Com o cerco se fechando e a cada dia com menos condições de governabilidade, Dilma poderia relembrar o seu discurso de posse da primeira eleição em 2010. Nele, mencionou um trecho da obra de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

FALTA CORAGEM

Agora, mais do que nunca, a vida exige coragem da presidente Dilma. Coragem para admitir que não reúne mais condições de conduzir o País. Coragem para reconhecer sua incapacidade de levar o Brasil para um caminho que o afaste do caos econômico completo e irremediável capaz de comprometer o futuro de gerações de brasileiros.

Na atual circunstância política, não há muita margem de manobra. Se a renúncia não estiver em seu horizonte, já não restam mais dúvidas de que o Congresso porá em marcha um processo que pode culminar com o seu afastamento e a consequente perda de direitos políticos. A batalha do impeachment já começou.

QUESTÃO DE ORDEM

Na noite de terça-feira 15, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) apresentou no plenário da Câmara uma questão de ordem, cobrando do presidente da Casa, Eduardo Cunha, esclarecimentos de natureza legal, regimental e constitucional para a análise dos pedidos para apear Dilma do cargo.

Consumou-se a largada para seu impedimento. Aguarda-se agora uma manifestação de Cunha sobre o rito do processo. Mas os próximos passos já estão na praça. Pelo acerto de bastidor, Cunha deve rejeitar os pedidos de impeachment para não figurar como seu principal mentor. Em seguida, a oposição recorrerá da decisão. Se reunir maioria simples, o relógio começa a correr contra a chefe do Executivo.

BICUDO E REALE

Na quinta-feira 17, um dia depois do registro num cartório de São Paulo, os juristas Hélio Bicudo, fundador do PT, e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça de FHC, protocolaram na Câmara o pedido que será utilizado pelo movimento Pró-impeachment para dar prosseguimento à liturgia do afastamento de Dilma.

No documento subscrito por Bicudo e Reale são mencionadas as “pedaladas fiscais”, a Operação Lava Jato e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, para atestar que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

mar 28
quinta-feira
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