Extinta há mais de 30 anos junto com o fim do bipartidarismo no Brasil, a Aliança Renovadora Nacional (Arena) pode voltar à ativa nas mãos de jovens e com uma cara “nova”. Mais do que resgatar o nome e a sigla da agremiação que deu sustentação ao regime militar (cujos crimes são investigados pela Comissão da Verdade), um grupo de 144 pessoas, espalhados por 15 estados do país, quer promover o retorno da “verdadeira direita” ao cenário político brasileiro.

O projeto é coordenado pela gaúcha Cibele Bumbel Baginski, 23 anos, estudante de Direito da Universidade de Caxias do Sul (UCS), sediada no município de mesmo nome. É ela quem assina como presidente provisória do partido o estatuto e o programa da nova Arena, publicado no Diário Oficial da União na última terça-feira (13).

O ato, que surpreendeu muitos leitores da imprensa oficial, é um dos passos burocráticos para a criação do partido. Após a sigla adquirir personalidade jurídica, os fundadores irão pleitear o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para isso, devem reunir 491 mil assinaturas de eleitores (0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados) de pelo menos nove estados (um terço do total) – o grupo já tem de 40 a 50 mil, segundo Cibele.(G1)