Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que o auxílio emergencial de R$ 600 foi responsável por manter a economia ativa durante a pandemia em municípios de menor renda e Produto Interno Bruto (PIB) e alta vulnerabilidade.  Segundo um dos autores do estudo, as regiões Norte e Nordeste tiveram maior impacto com o recebimento do auxílio.

“Se for olhar o impacto sobre o PIB ou sobre a massa de rendimentos das famílias, tem vários municípios de estados do Norte e do Nordeste que se beneficiam bastante, como o Pará e o Maranhão. No estudo, a gente apresenta uma relação desses estados, onde tem [lugar] que o impacto sobre o PIB do estado chega a ser mais de 8% e, em nível de município, tem alguns que chega a ter impacto de 27%”, explicou o professor de economia da UFPE, Ecio Costa.

Valor Menor 

O governo federal estuda prorrogar o pagamento do auxílio emergencial até março de 2021, mas com valor menor. O beneficio de R$ 600, criado devido às consequências econômicas do novo coronavírus, está garantido até agosto e poderá ser reduzido para R$ 200 ou R$ 300 nos próximos meses.

A proposta inicial do governo Bolsonaro era de R$ 200 para os trabalhadores de baixa renda. Após pressão do Legislativo e negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo aceitou aumentar para R$ 600.

A medida ainda precisa passar pela avaliação do Ministério da Economia e deve ser votada pelo Congresso. Segundo avaliação da ala política, o fim do auxílio poderia causar impacto negativo na imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Com a eleição da candidata Dilma Rousseff, o brasileiro vai ter, pela primeira vez, uma mulher ocupando a presidência da República. A partir de agora, é adequar o País à sua nova condição e ao correto uso do substantivo: presidente ou presidenta?

Segundo a professora Nei­­­de Mendonça, do Departamento de Letras da Universidade Católica de Pernambuco, gramaticalmente, o feminino de “presidente” é “presidenta”. “Quem faz a língua é o povo. Eu acredito que vai haver uma rejeição em relação ao feminino do substantivo”, diz a professora. No caso da fra­se: “Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil”, onde o substantivo tem função morfológica de adjetivo no predicado, a regra é que a palavra fique no masculino para qualquer gênero do sujeito. Neide Mendonça explica que o Vocabulário Ortográfico da Lingua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, permite os dois usos.

Já a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Nelly Carvalho, explica que a norma canônica diz que “presidente” é um substantivo uniforme e, sendo assim, não tem variação de gênero. “Como em cliente. Ninguém fala clienta. Não existe a forma ‘presidenta’ dicionarizada”, analisa Nelly.

Mas talvez a explicação mais elucidativa seja: como se trata de um cargo, não há variação de gênero. A professora da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) e doutoranda em Linguística pela UFPE, Ângela Torres, também defende o uso do vocábulo “presidente”. “A norma gramatical permite certas formações de femininos, mas um estudo recente da UFPE mostra que, quando falamos de cargos, não tem que haver variação. Diante disso, é esquisito chamar ‘soldada’, ‘sargenta’. A língua permite, mas pelo perfil da sociedade, melhor optar pelo formato masculino para não haver mudança brusca. Usar ‘a presidente’ vai soar menos mal”, explica. “Estamos em um momento de transição linguística, pode acontecer que haja uma adequação ao uso de ‘presidenta’, mas não podemos garantir”, finaliza Ângela Torres. Seguindo a orientação das especialistas, a Folha de Pernambuco usará a forma no masculino.

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