Via : Diário do Poder

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectou o vírus da zika em mosquitos Culex quinquefasciatus – conhecidos popularmente como pernilongos – coletados na cidade do Recife, capital do Pernambuco. Segundo informações da Agência Fiocruz, o estudo, divulgado nesta quinta-feira, 21, confirma que a espécie é um potencial vetor do vírus causador da infecção.

Para realizar o teste, foram coletados mosquitos na Região Metropolitana do Recife. Culex infectados naturalmente pelo vírus da zika foram identificados em três dos 80 grupos de pernilongos analisados. Em duas amostras, os pernilongos não estavam alimentados – o que indica que o vírus não foi contraído pelo mosquito após picada recente em um hospedeiro contaminado.

Segundo a Agência Fiocruz, na região onde a pesquisa foi realizada, a população do pernilongo é cerca de vinte vezes maior do que a de Aedes aegypti – mosquito considerado o principal vetor do vírus. Pernambuco é o Estado brasileiro com maior número de casos confirmados de microcefalia, má-formação associada à infecção pelo vírus da zika.

A Secretaria Municipal de Saúde apresentou a sua experiência nas ações de combate ao Aedes aegypti a 14 municípios do RN na manhã desta terça-feira, 12. O encontro aconteceu na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e reuniu profissionais do Mais Médicos e do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica- PROVAB. De acordo com a médica Jacira Arlene, o momento foi importante para compartilhar informações sobre o mosquito que transmite o vírus da Zika, causador da microcefalia. “Nós buscamos uma experiência exitosa no combate ao Aedes e a Secretaria de Saúde de Mossoró possui um trabalho interessante nas atividades de mobilização contra o mosquito, que pode ser compartilhado com outros municípios”, afirmou.

Segundo a coordenadora dos agentes de endemias, Tereza Cristina, um projeto exitoso da pasta que não traz custos aos municípios é o Programa Reunião nas Calçadas, apresentado na palestra desta terça. “Os moradores, unidos aos agentes se reúnem para conversar sobre a adoção e permanência das ações de combate ao mosquito, como a eliminação de recipientes que acumulem água parada. A partir daí, são feitas vistorias nas casas para destruir criadouros do vetor”, orientou.

O objetivo do encontro foi reunir profissionais de saúde para buscar experiências exitosas no combate ao Aedes aegypti e discutir políticas relativas às gestantes e crianças com microcefalia. A Secretaria de Saúde de Mossoró ficou responsável por apresentar sua experiência nas medidas de prevenção e combate ao vetor.

Por: G1

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou hoje um relatório atualizado sobre a situação de disseminação do vírus da zika pelo mundo e já confirma casos de transmissão local do patógeno em 34 países, 27 dos quais na América Latina e Caribe. Já há seis nações-ilha fora do Caribe com transmissão autóctone — quatro no Pacífico, uma no Índico e uma no Atlântico. A Tailândia, onde o governo só relatava casos importados, já possui casos de contaminação interna.

Além das áreas com transmissão do zika via mosquito confirmada, há cinco países onde existe suspeita de circulação do vírus: Malásia, Filipinas, Indonésia, Fiji e Gabão. Cinco arquipélagos do Pacífico que relataram casos de zika entre 2007 e 2014 conseguiram controlar os surtos, antes de a Pandemia ter explodido na América Latina, afirma a OMS. Essas nações, porém, estão em meio a outras que tem registrados casos na epidemia atual.

A OMS não está divulgando casos de zika não autóctones (exportados de um país para outro). Autoridades regionais, porém, já confirmam ao menos 14 casos de passageiros infectados com zika desembarcando em países de clima temperado, sendo dez deles na Europa. Nos Estados Unidos, só há casos importados, mas a OMS ainda investiga se uma suspeita de transmissão do vírus por sexo realmente ocorreu dessa forma.Ao todo, há 46 países que registraram ao menos um caso de infecção pelo vírus desde 2007.

Identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015, o vírus da zika tem um poder de disseminação muito maior que o vírus da dengue, segundo o vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rodrigo Stabile. “Se a gente comparar os índices de espalhamento das duas doença, vê que o que o vírus da zika se espalha muito rapidamente”, disse Stabile nesta segunda-feira (8), em Ribeirão Preto (SP),cidade que possui mais de 800 casos suspeitos da zika em 2016 e que vive epidemia de dengue.

A comparação feita pelo pesquisador é baseada no tempo de propagação de epidemias desse tipo de doença no território brasileiro.“A gente teve a primeira epidemia de dengue no Rio de Janeiro e a gente levou um ciclo de 5 anos para poder atingir todo o país, e vemos o vírus da zika atingindo o mesmo patamar em menos de um ano”, afirmou.

De acordo com o vice-presidente da Fiocruz, um dos motivos para a disseminação mais rápida da doença é a fácil adaptação do vírus.“É bastante adaptado ao ser humano e um vírus bastante adaptado ao seu vetor de transmissão, o Aedes aegypti, mostrando que ele se transmite de forma rápida”, disse Stabil.  Na sexta-feira (5), a Fiocruz anunciou que que o vírus da zika foi encontrado de forma ativa na urina e na saliva de pacientes com sintomas compatíveis ao da doença. Isso comprova a atividade viral, segundo os cientistas. Ainda assim, pesquisas aprofundadas serão necessárias para comprovar se necessariamente haverá infecção através de fluidos. (G1)

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